Novos Ares

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-Ivan – parei o beijo e disse ainda ofegante. - Eu vou tomar um banho e tirar esse vestido, se quiser ligar a TV e bom você ta em casa. – Me levantei antes que ele pudesse dizer algo

-Tudo bem, eu espero aqui. – respirou fundo e respondeu

Fui para o quarto e fechei a porta, assim que me sentei na cama respirei fundo e pensei no que fazer. A cada dia que passava era mais difícil conseguir controlar a vontade de me entregar a ele, mas alguma coisa dentro de mim me fazia travar. Era confuso, nem eu mesma entendia. Fui ao banheiro e liguei o chuveiro, não podia deixar Ivan esperando por muito tempo, mas deixei que a água escorresse sobre meu corpo por alguns minutos, precisava me recompor daquele beijo. Saindo do banho vesti um shortinho e uma camiseta estampada com um Mickey na frente, foi a primeira que vi pela frente, realmente não estava a fim de ficar escolhendo roupa, então só coloquei e voltei para sala.

-Novinha em folha. – eu ri – Não agüentava mais ficar com aquele vestido.

-Continua linda. –ele se virou para que pudesse me ver.

-Tonto. – sorri e sentei ao lado dele.

-Acho que já vou, Ana. –ele olhou no relógio. – Ta ficando tarde e não quero incomodar.

-Você sabe que não incomoda. – eu sorri

Ele retribuiu o sorriso e me deu um beijo no rosto.

-Mesmo assim, você precisa descansar. –ele se levantou.

-Ivan. – segurei sua mão. – Fica, por favor, eu não quero ficar sozinha. – falei sem jeito.

Ele sorriu e me abraçou.

-Vamos fazer o seguinte, que tal você ir comigo pro meu apartamento?

Afastei-me e fiquei sem resposta.

– A gente assiste a um filme, come alguma coisa, depois eu te trago de volta se quiser. – ele acariciou meu rosto.

-Tem certeza? – perguntei.

-Absoluta. – ele sorriu

-Tudo bem. –sorri – Vou trocar de roupa e pegar minhas coisas.

-Vai assim mesmo. – ele me segurou. – Só coloca um casaco por cima, não quero que se resfrie.

-Ok. – eu ri

Como não sabia se voltaria ou não, peguei minha escova de dente, uma roupa e coloquei na minha bolsa. Então seguimos para o apartamento dele, no caminho me perguntei se estava fazendo a coisa certa, no fundo me sentia uma criança com medo de ficar sozinha em casa, mas ao lado dele me sentia tão segura e era tudo que eu precisava naquele momento.

Saímos do elevador em pleno silêncio e o segui até a porta do apartamento.

-Primeiro as damas. – ele sorriu e me deu passagem para que entrasse.

-Obrigada. – sorri e entrei

O seu apartamento era luxuoso e aconchegante.

-Sinta-se em casa, Ana. –ele ligou a TV. - Quer alguma coisa? Água, suco, café?

-Não, obrigada. – agradeci e deixei minhas coisas sobre a mesa da sala.

Por um momento parei e observei melhor o lugar, realmente ele tinha um bom gosto para decoração. Era moderno e arejado, tudo organizado e bem cuidado. Meus olhos pararam em um vaso em cima da mesinha de centro onde tinha algumas orquídeas bem cuidadas.

-Você tem flores aqui. – sorri acariciando as pétalas macias.

-Ah sim, gosto de flores. –ele sorriu. – Sempre mantenho algumas dentro de casa alegram o ambiente.

-Penso o mesmo. Amo ter flores em casa, os fãs sempre me dão alguns buquês quando me vêem. – me endireitei e voltei a andar pela sala.

-Bom, agora que você já explorou um pouco a casa, vou tomar meu banho. – ele riu. – Prometo não demorar.

Enquanto esperava por ele, me sentei no sofá e procurei algo para assistir. Para quem não ia demorar, digamos que sim, ele estava demorando. Até que ouvi alguém vindo para sala, e ao olhar para o corredor, por um momento tudo ficou em câmera lenta, ele vinha em minha direção secando seus cabelos, sem camisa, só com a toalha na cintura. Inconseqüentemente mordi meus lábios e virei o rosto.

-Ana! – ele disse assustado – Me perdoa, eu esqueci que você tava aqui.

-Tudo bem, você ta em casa. – disse ao tentar disfarçar meu desconforto.

Rapidamente ele voltou para o quarto e dessa vez ao voltar para sala já estava devidamente vestido.

-Elas são lindas. –disse ao colocar o retrato com a foto das filhas dele novamente no lugar.

-Puxaram o pai. – ele riu - Você tem vontade de ser mãe? – perguntou

Apenas concordei com a cabeça e sorri.

-Você e o Alejandro, bom, planejavam ter filhos?

-Ivan. – abaixei a cabeça. – Eu não quero falar dele.

-Me desculpa, falei sem pensar. – ele se aproximou e me deu um beijo na testa. – Que filme quer assistir?

-Sei lá. – eu ri. – Escolhe você.

-Grande ajuda hein. – ele me puxou e apertou minha cintura. – Chatinha.

-Para. – disse rindo. – Coloca algum que tiver nas recomendações.

Foi o que ele fez, confesso que nem sabia o nome do filme, naquele momento só queria parar o tempo e ficar ali abraçada com ele, era tudo que importava.

O filme era um romance, confesso que ficava sem jeito a cada beijo do casal, mas estava por piorar quando começou uma cena de sexo. Desconfortável, me afastei dele e levantei.

-Aonde você vai? – perguntou meio confuso

-Preciso de água. – passei a mão pelo cabelo e fui até a cozinha.

Talvez eu devesse ter pedido licença, mas o momento impediu e quando vi já estava ali. E agora, onde teria copos? Me senti envergonhada, não estava em casa e não seria educado mexer nas coisas sem permissão.

-Amor. – falou ao entrar na cozinha

-Amor? – não pude evitar sorrir e o olhar ternamente.

-Quer dizer, Ana. – ele disse sem jeito e me desviou, abrindo a porta do armário pegando um copo. – Aqui.

-Obrigada, amor. – dei um sorriso bobo e me virei, indo até o filtro que estava no balcão atrás de mim.

-Está gostando do filme? – ele se aproximou

-Aham. – respondi e bebi água enquanto ele me observava.

-O que você acha se a gente... – ele envolveu seus braços ao redor da minha cintura, me puxando para si

-Ivan. – suspirei

Ele jogou todo meu cabelo para um lado e começou uma trilha de beijos, desde a minha bochecha até o meu ombro.

Naquela hora meu coração já estava disparado, coloquei o copo na pia e em silêncio me virei para ele, meu olhar fazia o caminho dos seus olhos até sua boca, acariciei seu rosto e fixamente olhei para seus olhos que me pediam permissão para prosseguir, era um convite que não dava pra recusar.

-Não diga nada. – delicadamente encostou seus lábios nos meus. – Só me deixa te amar.

Mordi meus lábios e respirei fundo, entrelaçando meus dedos em seu cabelo e trazendo sua boca até a minha, o beijando apaixonadamente. Sua mão deslizava sobre a lateral do meu corpo, deixando minha respiração ainda mais ofegante. Já não existiam dúvidas, eu queria senti-lo, queria ser sua mulher.


Oi gente! Bom,  espero que vocês estejam gostando, qualquer ideia, critica ou sugestão é só deixar um comentário. Também queria agradecer mais uma vez minha amiga, Lays, que sempre me ajuda quando eu to 'empacada' em algumas partes, obrigada! Até o próxima  

Sonhei que era vocêWhere stories live. Discover now