Ivan narrando:
Era tarde, estava no quarto assistindo um programa de TV, ou tentando já que meus pensamentos nos últimos dias tinham nome e sobrenome, Ana Brenda Contreras. Não tinha mais falado com ela desde que saímos do restaurante, mas por algum motivo eu sentia que devia ligar e perguntar como estava. Peguei meu celular e disquei seu número, mas pensei muito antes de chamar, será que ela não estaria dormindo? É claro que eu pensei, mas não resisti, então apertei para concluir a ligação. Tocou, tocou e ninguém atendeu. Será mesmo que ela está dormindo? Tentei outra vez, mas dessa vez parecia que havia mandado para caixa postal. Então resolvi tentar uma última vez, já que às vezes o problema era com a rede. Foi quando alguém atendeu.
-Ana? – perguntei – Ana? – perguntei outra vez já que não obtive respostas.
-Quem te liga essa hora? É seu amante não é? - ouvi uma voz vinda de longe enquanto escutei o barulho que parecia ser o celular caindo do chão.
-Ana? – falei outra vez preocupado.
- Alejandro, sai daqui. – ouvi a voz dela desesperada.
-Eu não acredito que você me trocou. – ouvi aquela voz dessa vez mais alta e clara.
-Eu não tenho ninguém, ninguém. – Ana disse chorando.
Não entendia o que estava acontecendo, mas não pensei duas vezes. Vesti-me, peguei a chave do carro e fui até o seu apartamento, chegando lá, assim que sai do elevador ouvi um grito.
-Alejandro, ta me machucando, me solta!
A porta estava aberta, fazendo com que eu pudesse entrar no apartamento sem dificuldade. Foi quando me deparei com aquela cena, um homem segurava a Ana pelo braço e tentava beijá-la.
-Larga ela desgraçado! – falei alto
-E você, quem é? – perguntou ele em tom agressivo enquanto a empurrou fazendo com que ela caísse no chão.
-Ana! – corri até ela e a levantei. – Você está bem? – não deu tempo de ouvir sua resposta, já que senti aquele homem me puxando pela camisa.
-Some daqui! – disse alto dando um soco na cara dele assim que me virei.
-Ivan! – senti Ana envolver seus braços em minha volta tentando me segurar.
-Vagabunda! É isso que você é, Ana Brenda. – gritou
-Abaixa o tom e cala a sua boca. O único vagabundo aqui é você, que tentou agarrar uma mulher a força – disse furioso.
-Ela é minha mulher. Quem não deveria estar aqui é você – disse ele tentando me dar um soco, mas segurei seu pulso fazendo com que ele se afastasse.
-Eu não sou mais sua mulher Alejandro, tua mulher é aquela que você trouxe pra nossa casa, pra nossa cama quando você dizia que me amava. – Ana disse em meio a lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
-Vagabunda! – ele repetiu.
-Eu mandei você calar a boca. – disse enquanto segurei-o pelo braço e o coloquei pra fora do apartamento. – Não se atreva colocar os pés aqui outra vez.
-Me aguarde. – ele disse apontando para Ana.
Assim que fechei a porta corri até a Ana envolvendo meus braços a sua volta e a abraçando com toda força.
- Ta tudo bem, ninguém nunca vai encostar um dedo em você. – dei um beijo em sua testa tentando fazer com que ela se acalmasse.
Ainda com meus braços em sua volta a guiei até o sofá, fazendo com que ela se sentasse. Fui até a cozinha e lhe trouxe um copo de água, ainda soluçando entreguei na sua mão, sem dizer nada bebeu um gole, mas as lágrimas que escorriam pelo seu rosto pareciam não ter fim. A dor de vê-la tão frágil, naquele estado, eu só queria protegê-la, então peguei o copo novamente e deixei sobre o balcão.
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Sonhei que era você
Fiksi PenggemarAna Brenda, 27 anos, reside na Cidade do México, segue carreira como atriz e cantora. Divorciada, vem tentando superar o término de seu casamento. Prestes a estrear uma nova novela como protagonista, não entende o significado dos sonhos que vem tend...