O Amor De Um Psicopata

Cap. 11

Nayomi

Abro meus olhos e a visão do Azekel dormindo com um sorriso lindo rosto aparece. Nem acredito no que aconteceu ontem, foi muito mais do que eu achava que seria.

Eu tinha medo de me entregar à alguém por achar que seria doloroso e decepcionante e eu me arrependeria por isso, mas com o Azekel eu me senti nas nuvens.

Doeu muito, mas depois eu comecei a sentir uma sensação gostosa de dor misturada com prazer. Acho que é muito mais gostoso quando fazemos com a pessoa amada. Pelo menos para mim foi como se nossas almas fossem celadas, nos tornando um só.

Quando ele falou que me amava foi uma sensação avassaladora porque descobri que também o amava.

O amor é mesmo imprevisível, não há como negar.

Agora sou sua namorada. Toda vez que alguém me pedia em namoro eu já tinha a resposta na ponta da língua para isso, mas com o Azekel foi espontâneo, não tive motivo algum para recusar, pelo contrário, eu tinha todos os motivos para aceitar. Não tenho como negar que estou completamente apaixonada por esse homem.

Não sei o que vai ser daqui para frente, mas quero estar ao seu lado.

Ele me aperta mais em seus braços e resmunga algo que não consegui entender. Dou um leve beijo em seus lábios e ele abre os olhos lentamente e me fita sorrindo.

- Nunca imaginei que dormir colado fosse tão bom. Me senti completo com você grudada em mim. - ele fala ainda bêbado de sono.

- É impressionante como você sempre tira as palavras da minha boca. - ficamos nós olhando sem dizer uma só palavra. Sempre acontece isso, de nós olharmos tão intensamente sem dizer uma palavra, mas transmitir tudo o que queremos dizer no olhar. Estou amando perdidamente esse homem. Nunca pensei que a sensação de amar e ser amada fosse tão boa. Agora posso dizer que estou completa.

Ele me completa de todas as formas e... Sinto algo ficando duro e olho para ele travessa. Ele me olha completamente sem graça.

- Desculpa, é que não consigo controlar isso com você assim. - ele fala todo vermelho e o que eu faço? Começo a rir, isso mesmo eu começo a rir. Ele fica uma gracinha envergonhado. E como se não bastasse, ele fica mais envergonhado com meu ataque de risos. Dou um leve beijo em seus lábios.

- Desculpa, é que isso foi meio engraçado. - vejo ele olhar para mim confuso.

- Engraçado? Eu? - ele fala totalmente confuso.

- É que você fica uma gracinha assim, todo vermelho. - ele me olha de um modo interrogativo.

- Você tem um conceito de humor diferente. - ele me puxa ficando em cima de mim e me dá um selinho. - acho está na hora de voltarmos, perdi totalmente a noção do tempo aqui com você.

E assim saímos daquele pequeno cômodo, que acho ser algum tipo de abrigo. Ele fez questão de ir me carregando durante todo o percurso, mesmo eu dizendo que tinha condições de ir, com apoio, é claro.

Sabe aquela sensação de que tudo está do jeito que deve estar? É assim que estou. Passei a minha toda sofrendo e derramando lágrimas e construí uma enorme barreira que me privava de qualquer sentimento por alguém, mas o Azekel as derrubou facilmente, nunca pensei que amaria uma pessoa como o amo e essa sensação é muito boa. Só espero que dessa vez nada possa acabar com isso.

Chegamos em frente a casa e ao me soltar ele olha desconfiado ao redor.

- O que foi? - pergunto sem entender nada.

- Alguém esteve aqui. - ele fala totalmente sério com sua típica face fria e calculista.

- E quem mais estaria aqui além de nós? - foi uma pergunta retórica. Pelo tempo que estou aqui e pelo que vi pela mata densa, essa casa deve estar bem longe de uma estrada.