O Amor De Um Psicopata

Cap. 4

Nayomi

Acordo me sentindo desprotegida. mexo minha perna para sentar na cama e sinto uma dor absurda.

As lembranças da noite passada vem como um turbilhão, e me lembro que quebrei a perna e... Caramba, eu dormi abraçado com ele. Então isso é a razão do porque eu estar me sentindo assim, desprotegida. Estar nos braços dele, fez com que eu me sinta protegida, quando eu deveria sentir o contrário.

Escuto um som de água caindo vindo do banheiro. Ele deve estar banhando.

Tento me movimentar mais uma vez, mas dor me faz permacer imóvel. Que droga, eu sou uma desgraça mesmo. Sempre dou um jeito de fazer piorar mais ainda minha situação. Agora mesmo que nunca sairei daqui.

Vejo a porta do banheiro se abrindo e dou de cara com ele completamente nú.

Puta merda, que calor é esse que estou sentindo? Me veio um frio na barriga agora.

Minha reação foi gritar. Quando se da conta que está nú em minha frente, pega a primeira coisa que vê pela frente para cobrir sua intimidade, que foi o livro que eu tinha jogado nele. Apesar de negro, ele fica completamente vermelho. Se fosse mais claro, com certeza estaria da cor de um tomate.

Com o livro cobrindo apenas a frente, ele corre para o guarda - roupas a procura de algo para se cobrir por completo. Quando ele virou...caramba, que bunda é essa meu deus.

O que eu estou dizendo? Ele é meu sequestrador, a única coisa que tenho que achar dele, é que ele é um monstro e que pode me matar a qualquer momento, não tenho que achar ele atraente. Mas é impossível sentir isso, com ele assim na frente. Tenho que admitir, ele é muito gostoso. Seus braços cheio de músculos, e suas pernas bem torneadas, combinam perfeitamente com seu peitoral largo e sua barriga totalmente sarada, fazendo um contraste perfeito com sua pele da cor de caramelo.

Fico o olhando até ele pegar uma toalha. Tapo meus olhos para fingir que não estava olhando para ele.

- Ai meu deus, me desculpe. Não tive a intenção de te olhar. Caramba que vergonha. - falo constrangida. Vejo ele pegar uma roupa e sair em disparada para fora do banheiro.

Ao fechar a porta, dou um longo suspiro.

O que é que eu tenho? Sou uma louca mesmo. Eu tenho é que arranjar um jeito de sair daqui. Eu posso até não ter para onde ir, mas ficar aqui e esperar a hora em que ele vai me matar é o que eu realmente não farei. Mas agora com a minha perna quebrada vai dificultar ainda mais. Espero que ele não tenha me levado para um lugar no meio do nada.

O pior disso tudo, é que não tem ninguém que esteja a minha procura, ninguém que deva estar sentindo minha falta. Estou sozinha no mundo, se eu morrer ninguém vai sentir minha falta, ninguém vai em meu túmulo chorar por minha perda. Eu realmente não sei para que ainda vivo, se não tenho nenhum objetivo em minha vida. Não tenho nenhum tipo de sonho, não tenho com quem me preocupar. Resumindo, sou solitária.

Suspiro frustada por toda a situação em que me encontro.

Que vida difícil eu tenho, nem eu tenho ideia de para que ou como eu ainda vivo. Talvez eu esteja nesse mundo apenas para sofrer.

Tento me levantar da cama, mas minha perna começa a doer novamente.

Deito na cama de novo e dou um grito gutural, que foi a bafado pelo travesseiro que botei em meio rosto. Esse grito de desespero não foi só pela minha perna e sim pela minha vida. Eu só queria um pouco de alegria em minha vida. Será que isso é pedir demais? Quero ter lembranças de algo que não seja apenas dor e sofrimento em minha vida, um dia em que tudo dará certo, pelo menos um dia.