Cap. 22

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Nayomi

- Eu já disse que você não pode fazer isso. Deixa que eu mesmo faço. - ele fala pela... Meu Deus, já nem sei quantas vezes ele me repreende de fazer alguma coisa.

- Mas eu só ia... - e lá vai ele me interromper. É quase impossível discutir com ele.

- Eu já disse que não. - ele vai até o armário, no qual estou tentando pegar um pote com uma cadeira e pega com bastante facilidade. E depois me desce da cadeira.

Seu cuidado chega a sufocar, mas mesmo assim eu gosto, mesmo não concordando.

Minha barriga já está bem aparente e me sinto muito mudada. Principalmente nas emoções. Minhas emoções mudam como dá água para o vinho. As vezes nem eu sei porque choro ou estou com raiva.

- Você não acha que... Ah deixa pra lá. - não vou nem completar, vai que ele começe com aquele seu discurso de superprotetor. - Obrigada, meu amor.

- Quando tiver algo que tem um certo um risco de fazer, deve me dizer. - tão mandão.

Confesso que esse ar de macho alfa dele me deixa meio que excitada. Outra coisa que tenho em excesso esses meses. Nunca pensei que essa gravidez pudesse me​ mudar tanto.

- E se eu quiser fazer por conta própria? Você não pode me proibir de tudo. - faço isso só para provocá-lo. Sei que ele não gosta de ser contrariado. E ultimamente tenho feito tudo no seu modo.

- Você não tem escolha. Não nessa sua condição agora - ele fala totalmente irredutível. Ele pode ser bem mais persiste que eu quando quer.

- Você está dizendo que eu não sou capaz de fazer nada? - Finjo estar chateada e ele arregá-la os olhos.

- Não... Eu... Não foi isso que eu quis dizer. - ele tenta contornar a situação.

- É isso mesmo que está dizendo. - faço o maior drama mesmo.

- Você sabe que não foi isso que eu quis dizer, meu amor. - ele me abraça. - Eu prometo que vou ser menos chato, tá bom?

- Acho bom mesmo. - finalmente consegui fazer com que minha decisão prevalecesse.

- Que tal sairmos hoje? - olho para ele surpresa.

***

- Ok, qual o motivo pelo qual me trouxe aqui? - estamos, por incrível que pareça, na praia. Ele não me disse para onde íamos.

- Eu só quis mudar um pouco a nossa rotina. Sei que estou cobrando demais de você e quero lhe recompensar por isso. - olho para ele meio que sem graça. Esqueci de dizer um pequeno detalhe... - O que foi?

- Bom... É que. Não que eu não tenha gostado de você ter feito isso... Mas... - odeio estragar as coisas. - Eu sinceramente odeio a praia.

- E posso saber por qual motivo? - ele me olha com uma expressão indecifrável.

- Traumas de infância. Na primeira vez que vim a praia quase morri afogada e fiquei toda queimada de sol. Foi um dos melhores e piores dias porque eram uma das raras vezes que minha mãe me levou para um lugar. Eu gostei dela ter feito isso por mim, só não gostei do lugar onde ela me levou. E desde então evito chegar perto de uma. - sou idiota, eu sei. - Você deve estar me achando uma fresca agora.

- Para falar a verdade eu também não sou muito afim de praia. - ele coça a cabeça meio sem jeito. - Eu pensei que você gostasse, por isso te trouxe.

- Acho que precisamos esclarecer um pouco mais nossos gôstos. - falo e ele concorda.

- Tem mais um lugar onde podemos ir.

O Amor De Um PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora