O Amor De Um Psicopata

Cap. 15

Azekel

- Eu queria que isso fosse verdade, mas não é nada boa a situação. Estamos lidando com uma pessoa que quer me destruir e eu ao menos não sei o porquê. - estou de mãos atadas agora. Não sei qual vai ser seu próximo movimento. - Nayomi, eu preciso que...

- Eu já sei o que vai dizer, e minha resposta é não, eu não irei sair do seu lado. - olho sério para ela.

- Eu não estou te pedindo, não posso por você em risco.

- Eu já disse que não. Se tem uma coisa que sou é persiste, então nem tente. - ela me encara e eu também, ficamos nesse duelo para ver quem vai ceder primeiro, mas infelizmente fui eu a fazer isso.

- Que droga, você sabe que estou fazendo isso para o seu bem.

- Obrigado pela preocupação, mas sei muito bem me virar. - Acho que o me resta é aceitar.

Dou um suspiro frustado.

- Você sabe que não estou nem um pouco feliz com isso, mas respeitarei sua decisão. Mas no primeiro sinal de perigo eu não pensarei duas vezes em fazer de tudo para te proteger, mesmo que seja contra a sua vontade, e você vai aceitar sem reclamar, entendeu? - ela me olha pensativa. - Você vai me prometer que fará o que digo.

Digo olhando em seus olhos. Posso deixar ela se por em risco, dessa vez ela vai ter aceitar assim.

- Sim, eu prometo. - ela fala e eu suspiro de alívio. Ela ceder uma coisa é difícil.

Ontem quando eu estava longe daqui e vi a casa queimada e aquele bilhete, foi meio que desesperador. Eu temia pelo pior e quando cheguei e a vi dormindo foi um grande alívio.

Em parte é bom ela estar ao meu lado, mas temo não poder protegê-la. Já vi que ela é bem teimosa e simples palavras não a farão mudar de ideia.

Tem uma outra coisa que fiz, mas não quero que ela saiba de imediato. É apenas caso aconteça algo comigo. Não sei qual será a reação dela diante disso, mas espero que ela aceite.

- No que você tanto pensa? - ela pergunta com uma expressão interrogativa ao me olhar.

- No que farei agora. Eu não faço a mínima ideia de como e nem quando ele irá aparecer.

- E porque não chamamos a polícia? - ela pergunta. Se fosse tão fácil assim.

- Acho que já dá para ter uma ideia do porque. Uma coisa leva a outra. Então está descartado a ideia de chamar a polícia ou qualquer outro tipo de ajuda. Preciso resolver eu mesmo, ninguém pode se envolver.

- Então, vamos ficar aqui e esperar o que ele vai fazer?

- Devemos fazer o contrário. Temos que tentar despistá-lo. E faremos isso hoje mesmo, nem ele sabe o que iremos fazer, então temos que aproveitar isso. - não vou negar, estou com muito medo. E ela é a razão disso, se fosse em outra ocasião em que eu fosse o que eu era antes, não estaria como estou agora. Para mim não importaria se eu vivesse ou morresse. Mas com ela eu não sei o que eu faria se acontecesse algo. Isso é meio confuso, ter a certeza de mim mesmo, mas não saber como irei reagir se acontecer algo com ela.

Ficamos dentro de casa até a noite cair e ela dormir em meus braços, mas eu não tenho um pingo de sono. A levo em meu colo e a coloco na cama.

A toda hora olho pela janela qualquer movimento estranho na rua. Estou em total alerta. Não consigo pregar o olho de tanta tensão. Maldita hora em que deixei minha arma em casa. Achei que nunca a usaria, e até certo ponto eu não precisava, mas agora que realmente preciso dela não a tenho. Tenho que estar alerta caso algo aconteça e dormir não é uma opção. Preciso ficar acordado.