Cap. 13

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Nayomi

Estamos agora nós quatro na sala. O Azekel está sentado ao meu lado e segura minha mão.

Eu achei eles dois bem simpáticos, só me espantei um pouco porque nós nos acabamos de mudar e eles já vieram nos dar boas vindas.

- Eu sei que estamos incomodando, mas viemos aqui dar boas vindas. Não vem muita gente nova para cá, sabe? - a senhora fala. Eles são bem alegres e gostam muito de conversar.

Se o Azekel não tivesse aparecido eu nem sei no que nós estaríamos conversando agora.

- trouxemos essa torta aqui. - ela mostra a torta a nós.

- Obrigado. - o Azekel pega meio sem graça.

Esse jeito dele tão retraído é tão fofo. Muito diferente dá expressão fria dele que não demonstra nenhuma emoção.

- Bom, não queremos atrapalhar muito. Só viemos aqui para dar boas vindas. - o senhor fala. Eles se levantam e ele parece se esquecer de algo. - Ah, me chamo Sakamoto e essa é minha mulher, Megumi.

- Prazer, sou a Nayomi e esse é o Azekel, meu namorado. - Nós os comprimentos e os conduzo até a porta.

- Se quiserem saber mais sobre aqui, nossa casa é ao lado. - a senhora fala.

- Obrigado senhora...

- Ah, que isso, me chame só de Megumi. Senhora não combina comigo. - faz um gesto com as mãos.

- Megumi então. Obrigado pela torta, não será disperdiçada. - eles se despedem e ao fechar a porta, me deparo com o Azekel me olhando daquele jeito que só ele sabe. - o que foi?

- Você fica mais linda a cada dia. - porque ele faz isso? Sempre me pegando de surpresa.

- São os seus lindos olhos que estão vendo demais. - ele apenas ri. Vou até ele e lhe dou um beijo.

Ontem a noite foi meio louco. Foi instantâneo, foi só eu soltar a faísca que já estávamos pegando fogo. Estávamos nos beijando e quando me dei conta já estava em uma fazendo amor com ele. Ele faz de um jeito que me deixa louca e ontem quando ele me falou que era só meu, eu pirei de vez.

Ele é só meu e de mais ninguém, assim como eu sou somente sua. Isso já é fato. Não sei como consegui viver esse tempo todo sem ele. Finalmente encontrei aquilo que faltava em mim.

- O que vocês estavam conversando antes de eu chegar? - ele pergunta.

- Nada de importante. Só que no tempo em que eles moram aqui, nunca viram ninguém morar nessa casa, ja até pensavam que ela era abandonada. Eles me fuzilaram de perguntas do tipo de onde nós viemos, porque nós mudamos para cá e se vamos ficar aqui definitivamente. - resumi bastante o que eles tinham falado para mim, porque os assuntos variam. - Aqui é uma cidade pequena e pelo visto vamos ser o assunto mais comentado nessa cidade.

- Ah que ótimo, mas faz parte do pacote. Tudo para te manter segura. - eu não sei para que tanta preocupação, ele sabe o que já passei e sei me defender muito bem sozinha.

- Eu não sou fraca, sei muito bem me defender. Se soubesse do tanto de coisas que consegui escapar, você nem acreditaria. Não sou uma boneca de porcelana. - falo com uma sobrancelha arqueada.

- Eu não estou dizendo que você é, estou apenas cuidando do que é importante para mim, do que é meu. - ele acaricia meu rosto. - Além do mais, sua perna ainda não se recuperou. Assim você fica totalmente vulnerável. Vá que aconteça algo com você e eu não estarei aqui.

- É, tenho que concordar que a minha perna não vai me ajudar em nada se alguma coisa acontecer.

- E espero que não tenha mais nenhum vizinho curioso que queira saber quem somos.

O Amor De Um PsicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora