K A T R I N A
— Katrina, Katrina... O que faz aqui? — George levanta. Antes que eu abrisse a porta do bar, ele já me esperava.
— Soube do que está acontecendo? — Ele abre um sorriso irônico. George era o vampiro mais antigo, um dos primeiros vampiros. Por isso, ele sabia de tudo.
— O que eu não sei?
— Os bruxos estão nos ameaçando, jogando a culpa do assassinato da guardiã em nós.
— E não somos culpados?
— Não seríamos capazes disso. Que raios de pergunta é essa? Foi você que fez essa lei, tenho certeza que nenhum vampiro seria burro demais para ir contra ou que ganharia algo com isso. — Ele dá uma risada.
— Será?
— Não estou aqui para responder perguntas sem fundamento, eu preciso de ajuda.
— Você é a líder. Não é capaz de resolver esse problema? Só lamento, pequena leoa. — Ele suspira, tomando um gole de sua bebida.
— Sabia que era um erro te procurar.
George fica na minha frente, impedindo minha passagem.
— Seus charmes não funcionam comigo. Além disso, eu tenho mais o que fazer. Ao contrário de certas pessoas, eu luto pela minha raça.
— Estava brincando. Eu irei lhe ajudar, meu doce. Não existe ninguém nesse mundo mais interessado em achar o culpado. — Ele segura em meu rosto. — Qual será a minha recompensa?
— Sua vida.
— Só aceito sexo em troca.
— Você é no-jen-to! Saia da frente desta porta, antes que eu quebre a parede.
— Não confie em ninguém, há inimigos entre nós. — Diz baixo. Logo após, ele libera a passagem e saio.
Quando entro no meu carro, escuto gritos, uma multidão de bruxos estavam na rua, pareciam estar fazendo algum tipo de bruxaria.
— ...ambiux shima levi fylik vyel — Uma ventania se instala. Não havia vampiros na rua, apenas bruxas. Minha cabeça começa a doer, parecia que estavam esmagando o meu cérebro.
— Parem! Parem com isso! — Saio do carro, caindo no chão e me contorcendo. — Parem, seus malditos! Alguém me ajuda, por favor!
— Wash mahal nelok yop... — As dores ficavam mais intensas e eu só chorava, não tinha mais força para protestar.
— Ela mandou parar. — Escuto uma voz, mas não vejo nada. A dor já havia passado, mas não conseguia abrir os olhos.
Eu só conseguia ouvir os gritos.***
Abro os olhos com dificuldade, estava no meu quarto. O sol estava batendo no meu rosto e isso incomodava a minha visão. Levanto da cama e desço para a sala, estava me sentindo fraca, como fazia muito tempo que eu não sentia.
— Bom dia, Bela Adormecida dos vampiros! — George se levanta da mesa e todos olham para mim, minha sala estava lotada de vampiros.
— Estavam me esperando para uma reunião?
— Na verdade, já acabou.
— Mas eu sou a líder!
— Sabemos, soberana... Não foi nossa intenção tirar a sua autoridade. Mas eu já te deixei brincar demais de rainha, agora o controle é meu, eu sou o líder agora. — A expressão dele é firme, sabia que não estava brincando, mas eu não posso evitar de rir.
— Você não pode fazer isso, ok?
— Claro que posso! Que eu me lembre, quando eu passei a minha liderança para você, ainda faltavam 100 anos para os meus anos de liderança acabarem. Além disso, eu sou o mais velho e mais recomendado para o caso.
— Quem está de acordo com isso? — Todos levantam a mão, inclusive meus "amigos". Ninguém diz nada. George suspira e sorri, com ar de vencedor.
— Katrina, você está em perigo. Você é uma ótima líder, mas o problema é grave. Deixe que George tome controle da situação, ele é o mais apropriado. — Rachel diz. Sinto minhas forças voltando novamente e por um impulso, dou um soco em uma pilastra da casa, partindo-a em dois.
— Você é um traidor!
— Lembre-se que eu posso acabar com você aqui mesmo, querida. Embora tenhamos uma singela amizade, eu não arriscaria um conflito. — Eu apenas pego as chaves do meu quarto e saio.
— Que seja.
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Katrina
VampireHá 200 anos, um tratado de paz foi feito. Desde então, vampiros e bruxos viviam tranquilamente, sem guerras. Todavia, o assassinato de uma guardiã muda esse cenário, trazendo caos e segredos a tona. Katrina é a líder dos vampiros. Ela precisa salvar...