Capítulo 4

191 12 0
                                    

Levantamo-nos e começamos a correr. Depois de muito correr, pois não queríamos que ninguém nos visse porque o Cal já devia ter dado por nossa falta e o mais certo era já estar á nossa procura, fomos ter a uma pequena praça com imensas pessoas, muitas delas a chorar por causa da tragédia que tinha acontecido.

- Para onde vamos agora Jack?

- Não sei, temos de encontrar um lugar para ficarmos. Ou então ficamos na rua... - digo ironicamente.

- Na rua? Jack, nem pensar!

- Estou a brincar, vamos começar a procurar.

Fomos andando e diverti-me muito com a Ariana mas não havia nem um segundo em que não pensasse na Rose, sentia tanto a sua falta. Já estava a escurecer e estávamos muito cansados e cheios de fome.

- Jack olha, está ali um hostel.

- Não sei se é boa ideia, porque não temos dinheiro.

- Eu sei, mas não custa nada tentar. - segui Ariana, entramos e dirigimo-nos ao senhor que estava ao balcão.

- Bom dia. Pode-nos ajudar? - pergunta ela.

- Sim, claro.

- Nós eramos passageiros do navio Titanic...

- E conseguiram sobreviver? Mas que corajosos! - interrompe.

- Bem, nós não temos onde ficar e estávamos a pensar se o senhor nos podia deixar ficar aqui!- digo eu

- Têm dinheiro?

- Não, perdemos tudo! - diz Ariana com as lágrimas nos olhos.

- Eu não devia fazer isto, mas vou deixar-vos ficar aqui mas só por um tempo!

- A sério? Muito obrigada senhor...

- Stewart!

- Obrigada senhor Stewart! - diz ela.

Ele dá-nos a chave de um quarto, subimos as escadas e entramos. O quarto era pequeno mas espaçoso, muito acolhedor. Tinha uma cama de casal, duas mesinhas de cabeceira, uma janela, um armário, uma porta que dava para uma casa de banho e não deixei de reparar num quadro lindíssimo do Picasso.

- Um quadro do Picasso?! - pergunta ela

- Sim, também gostas do Picasso?

- Eu adoro. É um excelente artista, adoro o trabalho dele. Esperemos que daqui por alguns anos ele seja reconhecido, tem imenso talento. - enquanto ela falava, não consiguia parar de olhar para ela. - Porque me olhas assim?

- Nada, é só que és muito bonita. - digo e ela cora.

- Obrigada Mr. Dawson. Digo o mesmo de si! - diz ela dando-me um beijo na bochecha.

After TitanicOnde histórias criam vida. Descubra agora