Be daddy's girl

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Feliz daquele que tem um pai com quem contar.
A ti meu "herói"  que sempre estiveste do meu lado.
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- Dona Odete, eu não me canso de dizer que você é a melhor cozinheira de sempre. - Cameron fala num jeito bajulador. Ele conseguia sempre o que ele queria e isso dava-me cabo dos nervos. E a minha mãe claro derretia-se em cada palavra. Porquê meu Deus?

- Dizes isso todas as vezes, rapaz. - O meu pai. O meu Salvador diz, baixando a "crista" a Cameron.  Sorrio, perfeitamente agradada com aquela observação.  Finalmente, alguém que achava que Cameron não era assim tão charam.

- Então, e por onde anda a Triana? - Pergunto depois de limpar os lábios. 

- Oh, ela coitada. Já está quase nos nove meses de gravidez. E já lhe custa andar de carro. - Coitadinha! Já quase nove meses?

- Gravidez não é doença, Odete. - pumba! Mais um ponto para o Orácio.

- Alguma vez estiveste grávido?  - Ela perguntou visivelmente irritada. - Não pois não?  E sabemos muito bem que se não fosse por ela, não tínhamos herdeiros.

Ok! Essa boca é para mim.  Detesto quando chegamos a este paleio. Eu sei que tenho vinte e cinco anos.  Mas falemos a sério, alguém ainda acredita que as mulheres têm que ser mães? Eu não. Não quero e ponto final. Coço o pescoço,  faço isto sempre que fico nervosa.

Irrita-me o facto de a minha irmã ser sempre a mais perfeita. - A Taylor não tem filhos ainda. - Cameron fala, dando ênfase no ainda. O que é que este parvalhão está a querer dizer? - Ainda não pensamos bem nesse assunto, Dona Odete.  Mas garanto que os nossos filhos serão maravilhosos.

A minha mãe juntou as mãos e suspirou de felicidade. Como se acabasse de saber que era milionária.  Pousei o garfo com força e mandei-lhe um cachaço. - És tão idiota, pah! - Exclamei.

- Querida, eu sei que não querias contar já aos teu pais.  Mas, não podemos esconder o nosso amor para sempre.  - Cameron fala entrecurtado enquanto se esquiva dos meus inúteis movimentos.

- Finalmente! - A minha mãe bate palmas radiante. Enquanto o meu pai assiste a tudo sem sequer comentar nada. - Eu bem que vos vi agarradinhos no elevador.

- Agarradinhos? - O meu pai rompe o silêncio. 

- Eu preferia beijar o cu a um macaco do que voltar a andar com este aqui! - Falei irritada e Cameron riu perante o meu comentário.

- É por isso que não arranjas ninguém,  esse teu mau feitio não te leva a lado nenhum, Taylor! - A dona Odete defensora de Cameron fala fervorosamente.

- Odete, se ela quisesse alguém Ela com certeza arranjava. - O meu pai calmamente afirmou. - Querida, tudo tem o seu tempo. E se não quiseres ter filhos, por mim tudo bem.

- Finalmente alguém me entende! - Exclamei. - E tu mãe não te esqueças que o meu feitio é igual ao teu, e se arranjaste alguém eu também arranjo!

- Pumba! Vês Odete.  Mais uma oportunidade para estares caladinha. - Eu quase podia jurar ver fogo por detrás dos seus olhos, quando o meu pai disse aquilo.

Mas ao contrário do que eu esperava ela não disse nada, nem Cameron. Limitou-se a raspar as sobras dos pratos e levar tudo para a cozinha. Ao fim de um tempo, quando trouxe a sobremesa parecia bem mais calma.

Pudim de chocolate. Gostaria de dizer que era o meu favorito. Mas não, era o de Cameron. Enfim. Já nem vou mais exprimir a minha revolta perante esta situação.  Ele devorou a sua parte num ápice e ainda roubou a minha parte.

- Então é como vai o trabalho? - O meu pai pergunta. Trato de parecer calma, mas obviamente que me custa falar sobre isso. Sempre que penso em contar a verdade entro em pânico.  Quem não entraria? 

- Está bom. - Falo desinteressadamente. Podia ser que a curiosidade terminasse por aqui.

- Sim? Pois. Sempre dizes isso. Mas filha, nunca pensaste em arranjar outro emprego? - Se pensei nisso? Até pensei...

- Pai mas não se arranja um que te paguem tão bem da noite para o dia, sabes? - Respondo, isso era efectivamente verdade.  - Eu gosto do que faço, e isso é suficiente.  Não é?

- Oh querida. Se tu fores feliz, eu também sou feliz. E isso para mim é suficiente.

Quando o almoço está terminado eu e Cameron despedimos-nos. Não sem antes ouvir a minha mãe dizer que eu deveria ser mais como Cameron e apreciar os pais enquanto os tinha. Isto dos nossos pais serem vizinhos, é um grande inconveniente. Mas pronto, sorrio decidida a ignorar qualquer outra crítica.  E parto junto com Cameron no elevador, não sem garantir que lhe dou um puxão de orelhas por tudo o que ocasionou hoje.

Mas é meu amigo, e eu amo-o assim. Justamente como ele é.  O que eu posso fazer?

Sou Puta, E Então? 🔞HOTOnde histórias criam vida. Descubra agora