Capitulo I - Eu não pedi um poder

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Eu odeio admitir mas tenho que falar; ficar sentado em frente ao PC faz doer as pernas, bocejei e quase adormeci, sendo acordado pela voz de meu amigo no fone de ouvido.

- Vai dormir cara?

Disse Leo, eu estava falando com eles pelo skype enquanto jogavamos League of Legends, no total, estava eu, Leo, André, Dark e um conhecido meu, que logo se despediu de todos e saiu da call. Meus olhos não focavam na tela de vitória, que logo sumiu e apareceu os dados da partida, vi que horas são e tentei focar nos pequenos numeros que tinham na tela, eu tinha aula no dia seguinte.

- Ah! Sabe como é, são tipo... 4 DA MANHÃ?!?! FALOU GALERA!!

Disse no grito me levantando da cadeira e deixando o fone sair de meu ouvido e cair no teclado, eu logo falei que ia saie sem ao menos colocar o fone e sai da call, fechando o LoL, desligando o PC e ouvi a porta se abrindo, minha mãe estava ali com um olhar irritado caindo sobre mim, eu tremi um pouco, acham exagero? Meus antigos amigos de rua chamavam minha mãe de Furiosa pois uma vez eles estavam cutucando os meus cães e ela perseguiu eles pela rua com um machete em mãos, depois daquele dia, eles nunca mais me chamaram para brincar na rua.

- VOCÊ TEM AULA DAQUI A 3 HORAS E MEIA!! VAI DORMIR!!

Ela fecho a porta e senti minha alma voltando ao corpo, desligei a energia que permitia o PC continuar funcionando e fui andando para a cama, sim, já havia escovado os dentes após o jantar, pois é como dizem, esteja pteparado para tudo. Me enrolei nas cobertas e tentei dormir, não consegui de jeito nenhum, aos poucos, comecei a senti algo em minha cabeça, algo estranho, me levantei da cama e andei até o banheiro, abri o armario e vi alguns remédios pra dormir, peguei duas capsulas e fui para a cozinha, peguei um copo e enchi com agua da torneira pois estava com preguiça de ligar o bebedouro e esperar 10 minutos para a agua ficar gelada, bebi um pouco da agua para molhar a garganta e coloquei o remédio na boca, engolindo com a agua, vou andando para meu quarto, logo me senti um pouco tonto, esbarro na parede e me apoio nela com a mão direita enquanto a esquerda estava para baixo, por algum motivo ela estava dormente, vou andando dificilmente para meu quarto e apenas me jogo na cama, puxando meu lençol, acabo dormindo.

Sabe, algumas pessoas tem uns sonhos diferentes mas que se situam em um mesmo lugar, eu por exemplo tinha uma que era num penhasco com uma construção de marmore enorme atrapalhando o lugar, era frio e assustador, e meus sonhos eram estranhos, com dragões, batalhas e unicornios montados em humanos vestidos de cueca com imagens de Star Wars, sim, estranho e engraçado. Mas dessa vez meu sonho pegou num ponto sério, a morte.

Basicamete o meu sonho começa comigo andando pela rua de uniforme indo para a casa de Matheus, meu amigo, para irmos juntos ao colégio.

- OOO MARIA CHIQUINHA!! ABRE A PORTA!!

- EU NÃO ABRO NÃO!!

Disse meu amigo na janela com voz feminina.

- ABRE SEU FILHO DA PUTA!

- TO ME ARRUMANDO PORRA!

- PUTZ!

Me sento na calçada, sinto algo em meu gluteo esquerdo, havia sentado num chiclete, tento tirar de minha calça mas ela não saia de modo algum, coloquei a jaqueta na cintura para disfarçar. Um tempo depois escuto o barulho de chaves e do cadeado sendo aberto, olho para traz e lá estava ele, com seu "uniforme", uma calça jeans azul meio gasta, uma blusa vermelha com uma mancha amarela perto da manga e sua chinela, no caso eu tambem estava com meu uniforme, um short laranja com uma regata preta e de chinela.

- Vamos passar na casa da Mary?

- Está bem.

Nós fomos andando, subimos uma rua, descemos outra, quase fomos mordidos por cães porque pisamos na cauda de dois cachorros, mas chegamos na casa de Mary, suados e cansados, eu aperto a campainha e quem atende é a mãe dela, tenho que admitir, ela é bem sexy, com seu rosto de modelo, seu corpo escultural, seu cabelo ruivo e sua pose dramatica, estava acostumado em ver ela, olho para o lado e vejo meu amigo com as mãos no bolso, nem preciso comentar.

- Vocês são os colegas da Mary?

Ela me olha e logo sorri, me abraçando, quase sufoco entre os grandes seios dela.

- OOOWN! CARTER! QUE FOFINHO! VOCÊ VEIO PEGAR MINHA FILHINHA! AIN QUE AMOR!!

A voz de Mary vinha ao fundo, mas veio meio roca seguida de uma tosse, ela dizia algo que eu não entendia, a voz estava ao longe.

- FILHA, NÃO ESTOU TE ENVERGONHANDO!

Estava sim

- Ele é tão fofinho... -Ela aperta minha bochecha.

Ai minhas espinhas.

- Então - interrompe Matheus - ela está doente?

- Sim, parece que pegou uma gripe ou algo do tipo... Algo bem forte sabe, mas não se preocupem que ela logo logo vai voltar pra escola. - Ela dá uma pausa e olha para o pulso - São 6: 43, melhor correrem para não se atrasarem.

E assim ela fecha a porta, apenas sinto um soco no ombro e recuo, eu ia levar um chute no calcanhar mas recuei com a perna.

- Não tenho culpa se ela gostou de mim.

- Melhor correr.

E foi o que fiz, sai correndo, olho no meu relógio, 6:45, alguns não ficam preocupados, mas eu sim, temos que atravessar 15 quadras a pé todo dia, fazendo algumas curvas e subindo uma ladeira imensa, continuo correndo, olho para trás e ele ainda estava me perseguindo, volto a minha frente e vejo a rua com a faixa de pedestres, meio vaga por sinal, um barulho começou a me incomodar de forma crescente, quando eu passava pela calçada, e meu amigo atraz, olho as horas, 6:47, 6:48 em ponto, escuto um barulho alto nas minhas costas e me viro, uma camionete vermelha de para choque platinado e um amassado antigo na lateral perto da roda parou encima da faixa, onde algo estava no capo, uma massa vermelha de carne revirada e com alguns vidros espalhados pelo lugar ao redor, sinto uma vontade de vomitar, e foi o que fiz, senti uma vontade de correr, não fiz. Juntei todas as forças que eu tinha e me aproximei, ao ver o que restava da roupa, com um mancha amarela perto da manga, não me restou dúvidas, era o Jorge.

Acordei em minha cama, suado, nem hesitei em pegar meu celular e ligar para ele, eram 4:40 da manha ainda, como isso era possivel?

- Fala seu porra!

- CARA VOCÊ TÁ BEM?

Gritei, não importava se levava uma chinelada ou não, meu amigo não ia morrer daquela forma.

- Cara... São 4 e 20 da manha, tá fumando o baseado do André?

- Só me responde!

- Sim eu to legal, tava batendo uma aqui e você me atrapalhou, - pausa - gozei com sua voz.

-... Caralho ein cara? Tava vendo quem? Sasha Grey?

- Mia Khalifa

- Mano sai da modinha.

E assim desliguei, eu ainda estava em pânico, as mãos tremendo, a tontura, a vontade de soltar um barro e meter o foda-se e sair correndo sem rumo nem direção.

- Que porra é essa...

NOTA DO AUTOR:
OLÁ, ESSE É MEU 2* LIVRO, ESPERO QUE GOSTEM, CELULAR DEU DEFEITO E POR ISSO NÃO ESTÁ TENDO MAIS CAPITULOS, EU SEI QUE TEM PELO NAVEGADOR MAS EU DIGITO MUITO MAL. ENFIM, ESPERO QUE GOSTEM

Guerra nas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora