Capítulo 18 ✔

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Hayes POV's:
{Los Angeles, terça-feira, 08 de Março de 2017, 14:00}

Ontem depois que Alexia me mandou mensagem eu não consegui dormir, fiquei muito preocupado com ela ou com o que tenha acontecido, às 07 horas da manhã eu queria ir para lá ver ela, mas Nash me impediu e ligou no orfanato para perguntar o horário da visita.

Eu combinei com a mulher de levar Alexia para sair um pouco, imagino que a cabeça dela esteja um turbilhão, falta da mãe, longe das melhores amigas, sozinha, praticamente, naquele lugar. Como eu sei que ela adora andar de moto, eu fui com a minha, estacionei na frente do orfanato e desci.

Aquele lugar me dava arrepios. Como esse pode ser chamado de "Melhor orfanato da cidade"? Esse lugar deve ter pelo menos um 80 anos. Respirei fundo e caminhei até a porta, toquei a campainha e a porta logo foi aberta e uma senhora de aproximadamente 50 anos.

- Olá meu jovem, em que posso ajudá-lo - Ela era tão baixinha, que dava vontade de aperta, ok, isso foi muito gay

- Eu vim ver a Alexia.

- Oh sim, claro, entre - Eu entrei e foi possível ver algumas poucas pessoas sentadas no sofá - Fique a vontade eu vou chamá-la - Eu agradeci e ela subiu as escadas, eu não gosto de imaginar a minha garota sozinha nesse lugar.

- Oi Gatinho - Uma garota disse, a olhei com cara de tédio - O que faz aqui?

- Vim ver minha namorada - Eu sorri ao falar "Namorada" isso soa tão bem. Vi o sorriso da garota se fechar, e por um segundo eu pensei em Alexia a chamando de oferecida. Eu a amo tanto.

Ouvi vozes vindas da escadas e logo deduzi ser Alexia. A olhei e a mesma abriu um pequeno sorriso, infelizmente o sorriso que eu tanto amo foi apagado por causa dos obstáculos que a vida impõe. Ela usava uma calça legging preta, um cropped cinza, um tênis alto cinza e um cardigã rosa. É incrível como ela fica linda com tão pouco.

- Você veio - Ela disse assim que chegou perto de mim

- Eu cumpro minhas promessas. - Eu a abracei forte e ela suspirou, me afastei um pouco para olhar seu rosto

- Está bem? - Sussurei por conta da proximidade

- Agora sim - Ela disse e eu sorri, dei um selinho demorado nela e me afastei

- Vamos?

-Ue, onde? - Ela perguntou confusa - Tenho que falar com a diretora primeiro

- Relaxa, eu já falei - Ela pareceu surpresa - Quero te mostrar um lugar.

(...)
{Los Angeles, quarta-feira, 08 de Março de 2017, 15:00}

Nós acabamos de chegar no letreiro de Hollywood. Esse é o meu lugar de pensar, claro muita gente vem aqui, mas nunca trouxe ninguém aqui. Eu confio nela para trazer no "meu" lugar.

- Essa vista é tão linda. Nunca tinha vindo aqui - Ela disse se aproximando de mim

- E eu nunca trouxe ninguém aqui.

- O que isso quer dizer? - Ela perguntou confusa

- Que eu confio em você. - Eu disse, ela parou, me olhou e pela primeira vez nesses dias, eu vi ela sorrir

- Como você consegue? - Ela se sentou e me olhou, eu ri e me sentei ao seu lado

- O que?

- Me acalmar. Hayes a minha vida deu uma volta de 360 graus em menos de um ano. Em menos de um ano eu vi minha mãe ficar doente, vi meu pai ser levado pela depressão, me vi namorando por contrato, vi minha mãe morrer sem eu poder fazer nada e me vi em um orfanato. E Você é o único que consegue me fazer esquecer de tudo. E eu fico assustada porque eu não faço ideia do que é isso, eu não faço ideia do que eu estou sentindo, porque eu estou perdida com a minha vida, e tudo isso fica na minha cabeça o tempo todo. Mas, quando eu estou com você tudo parece fazer sentindo, eu começo a entender que meus pais foram embora, para continuar cuidando de mim, eu começo a entender que isso que eu sinto é o mais puro amor possível. - Ela estava chorando, e eu também. A cada palavra que ela dizia eu só queria gritar "Eu sinto o mesmo"

- Eu estou assim também Alexia, não sei o que é isso, essas borboletas, só sei que elas me deixam confuso. Eu não sei o que estou sentindo. Mas, eu quero descobrir - Eu disse e me virei para ela e encarei seus olhos vermelhos - Você quer descobrir comigo?

Eu a encarei e ela sorriu, mas sorriu de verdade e aquilo encheu meu coração de alegria. Ela não disse nada, apenas me beijou, eu cai na grama e ela gargalhou, e então eu a beijei novamente.

Me desliguei um pouco dessa paranóia de ‘o que os outros vão pensar?’ e agi, segundo a minha vontade, segundo aquilo que eu julgo certo, que se danem os outros, afinal quem vai viver o momento sou eu! E dai se eu acordar arrependido? Pelo menos não terei dormido na vontade! E se eu errar? Ah, arquiva aí.

- Eu te amo muito - Eu disse e ela abriu um sorriso maravilhoso

- Eu te amo mais.

- Sabe pequena, eu não prometo que não vou te magoar. Claro que eu vou te machucar. Claro que você vai me machucar. É claro que vamos machucar uns aos outros. Mas esta é a própria condição de existência. Para se tornar primavera, significa aceitar o risco de inverno. Para tornar-se presença, significa aceitar o risco de ausência. Posso não saber se vou te magoar ou não, mas eu promento que vou tentar fazer você muito feliz. - Eu disse, ela sorriu e me beijou novamente. Eu nunca vou me cansar desse beijo.

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AHH MEU OTP, NINGUÉM SAI ♡♡♡

Eu amei escrever esse capítulo de uma forma que vocês não tem ideia KKKK

Amo vocês ♡

The Lie {H.G}Onde histórias criam vida. Descubra agora