SERMÃO 33: "A doutrina da justificação"

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Tema: "A doutrina da Justificação"

Texto: Rm 3:23-26

Hoje quero falar sobre a doutrina da justificação...

I) Definição de Justificação: Ato judicial da graça de Deus de declarar o crente, mediante sua fé/confiança, justo, justificado, herdeiro, imputando-lhe a justiça de Cristo.

Na sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta o homem pecador num tribunal, em julgamento por sua própria vida.

A acusação é alta traição contra o rei do universo. Rm 3:23

O juiz presidindo é o próprio Senhor Jesus Cristo. Jo 5:22; At 17:31

O júri é composto da Lei de Deus e das obras do homem. Rm 2:6,12

Após apropriada deliberação (decisão ou determinação), um justo e imparcial veredicto de "culpado" é pronunciado. Rm 3:9-20

Uma terrível sentença é então imposta - morte espiritual, significando ser separado de Deus, para sempre, sofrendo no Lago de Fogo por toda a eternidade. Rm 6:23; Ap 20:11-15

À luz de tudo isto, pode-se facilmente ver a desesperada necessidade de justificação.

II) Justificação É:

O ato (instantâneo, completo e definitivo)JUDICIAL de Deus ao declarar que o pecador (que se arrependeu e creu em Cristo, e à conta da penalidade sobre Este como seu substituto):

1) não mais será punido;

2) será considerado como sendo JUSTO;

3) está restaurado ao Seu favor.

III) Na justificação estão envolvidos:

a) Remissão (perdão) dos pecados;

b) Restauração ao favor de Deus.

IV) É interessante ressaltar que:

O pecado não apenas trouxe o merecimento de penalidade como também afastou o favor de Deus (Jo 3:36; Rm 1:18; veja tb: Rm 5:9; Gl 2:16-17);

V) Mediante a Justificação, o justificado passa a ser considerado:

a) Amigo de Deus. 2Cr 20:7; Tg 2:23;

b) Herdeiro de Deus e CO-herdeiro com Cristo. Rm 8:16-17; ver tb: Gl 3:26; Hb 2:11
 
VI) Mas qual é o Método de justificação utilizado:

a) É através da fé. Rm 4:16

b) É pela graça de Deus. Rm 3:24; Tt 3:7.

Graça é favor generosamente concedido ou feito não levando em consideração merecimento.

A graça de Deus é o grande meio para Ele ser glorificado. Ef 2:1-10.

c) É segundo à Sua misericórdia. Tt 3:5; Ef 2:4-5

Justificação tem sua origem no terno coração de Deus: em Suas infinitas misericórdia e graça.

Deus a proveu para nossas inescapáveis culpa e miséria!

A justificação é pelo sangue de Cristo. Rm 5:9; Hb 9:22

O pecado não podia ser meramente ignorado / escusado ou desculpado / indultado ou anistiado / perdoado; tinha que ser punido! Gn 3:21

E o foi pelo derramamento do sangue de Cristo em nosso  lugar, como nosso substituto.

A pergunta angustiada sempre foi: "Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher?" (Jó 25:4)

O rogo angustiado sempre foi: "E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente." (Sl 143:2)

A resposta é: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo"; (Rm 5:1)

Graças a Deus por Jesus o Cristo!

VII) Resultados da justificação:

a) Remissão (perdão) da culpa do pecado. At 13:38-39; Rm 4:7 (= Sl 32:1-2); 2Co 5:19,21; Ef 1:7; pode ver tb: Rm 6:23; 8:1,33-34; Ef 4:32; Cl 2:13

A condenação foi definitivamente afastada. Rm 8:33-34; a paz com Deus foi definitivamente estabelecida Rm 5:1; veja tb: Ef 2:14-17 

b) Restauração ao favor divino. Rm 5:1-11; 4:6 (= Sl 32:1-2); pode ver: 1Co 1:30; 2Co 5:21
   
c) Imputação da justiça de Cristo. Rm 4:5; 1Co 1:30; 2Co 5:21; pode ver: Mt 22:11 (as vestes de núpcias garantiam e eram necessárias para aceitação); Lc 15:22-24 (as vestes no filho pródigo); Rm 4:11

O crente está agora vestido na justiça de Cristo e aceito na comunhão com Deus.
  
d) Herança. Tt 3:7; ver tb: 1Pe 1:3-4; Rm 8:17
   
e) Viver transformado, em justiça. Fp 1:11; veja tb: 1Jo 3:7.
Tg 2:14-16 enfatiza a necessidade de um fé viva, i.é, a indispensabilidade da fé ser verdadeira (fé que transforma e produz obras) em oposição à fé falsa ("pseudo-fé", estéril)

f) Confiança de que está definitivamente salvo da vindoura ira de Deus. Rm 5:9; 1Ts 1:10

g) Definitiva confiança de que será glorificado. Mt 13:43; Rm 8:30; Gl 5:5

Concluindo: O homem justifica somente o inocente, mas Deus somente o culpado. O homem se justifica na base do auto-merecimento, mas Deus na base do mérito do Salvador que foi perfeito na condição de homem! 

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