SERMÃO 53: "A César o que é de César, e, a Deus o que é de Deus!"

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Tema: "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus!"

Você entende a profundidade ou amplitude dessa frase de Jesus?

Texto: Lucas 20:23

Havia na época de Jesus durante seu ministério, muitos religiosos que, queriam porque queriam, colocar as mãos em Jesus, mas não o faziam porque temiam a reação do povo que admirava os ensinos do Rabino/Mestre Jesus. V 19

Estes religiosos que estavam de olho em Jesus, vão mandar seus enviados mal intencionados com a seguinte finalidade: V 20

Apanhar Jesus em alguma falha;
Entregá-lo a jurisdição;
Entregá-lo ao poder do presidente.

Cuidado com palavras fingidas de pessoas fingidas. V 21

Existem pessoas assim até hoje; pessoas falsas, pessoas mal intencionadas, espias, marionetes nas mãos de pessoas mal intencionadas de coração.

Esses espias (que eram alguns dos fariseus e dos herodianos) apresentam uma questão para que Jesus desse seu parecer. V 22

Os fariseus, como se sabe, gozavam de simpatia popular, porque eram verdadeiros judeus, patriotas, não de aspirações à riqueza mundana, eram conhecedores e intérpretes da lei, sempre agindo de acordo com o interesse do povo judeu.

Os fariseus odiavam os romanos e dificilmente algum deles entraria em acordo com os interesses dos ocupantes.

Os fariseus zelavam pelo cumprimento da Torah de Deus e em questão de sua interpretação alguns deles já haviam travado vários confrontos com Jesus.

Se Jesus pecasse contra a lei/torah, seriam eles (os fariseus) que O apanhariam na falta.

Junto com esses especialistas da lei/torah, vieram alguns herodianos.

Junto com os fariseus, conhecidos como anti-romanos, vieram alguns adeptos do rei Herodes, a saber, os herodianos.

Herodes como autoridade local e tendo sido imposto pelos romanos, devia obediência ao império romano.

Esses fariseus e herodianos se uniram em parceria, pois tinham o mesmo objetivo: prender Jesus.

Se Jesus revelasse alguma intenção contra as autoridades romanas, ou, no caso de alguma palavra incitando a desobediência política, seriam os herodianos que o apanhariam.

Só podemos entender a dinamite contida na pergunta feita por eles a Jesus, se soubermos algo sobre o histórico deste imposto.

O texto original da pergunta, em grego, diz: "...é 'permitido' pagar...", isto é, permitido pela lei de Deus? A lei de Deus aprovaria esse tributo?

Essa era uma pergunta que fervilhava nos corações revoltados por ocasião da Páscoa.

Poucos anos atrás daquela época, Judas Galileu conclamou os judeus à resistência contra os romanos; ele apregoava ser traição a Deus, pagar tributo a senhores pagãos, que se faziam deuses encarnados.

Como resultado: Atos 5:37

Para demonstrar desprezo para com os judeus, Pilatos - o governador romano, havia instaurado um tributo pagável diretamente ao odiado imperador em Roma.

E para ferir o judeu em sua religiosidade, foi impressa na moeda, com a qual se pagava esse tributo ("tributum capitis"), a imagem do imperador; o que transgrediu o segundo mandamento de Deus.

No verso da moeda constava "TIBÉRIO CÉSAR AUGUSTO - FILHO DO DIVINO AUGUSTO, SUMO SACERDOTE".

A moeda era facilmente interpretada como uma blasfêmia por qualquer bom judeu dos últimos 62 levantes dos judeus contra os ocupadores gregos e romanos, desde Macabeus (167 a. C.) até Bar-Kochba (123 d.C.).

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