Capítulo 7#

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Pov. Wanessa

_Eu fico! — Amy respondeu ao Marcelo. Fiquei completamente surpresa. O pior é que eu não sabia como reagir em uma situação dessa, estava tratando Amy com frieza como se não a conhecesse, mas não era intencional e sim um sistema de segurança dentro de mim.

"Ela deve estar me odiando agora" — Pensava enquanto sentávamos na mesa.

A mesa era quadrada, tendo oito lugares, sentei com Marcelo de um lado e Amy sentou se de frente para nós, deixando os lugares dá laterais vazias. O café já estava sobre a mesa, então começamos a nos servir em um complemento silêncio, oque me deixava aflita.

_Então, Amy... — Perguntou Marcelo — Onde conheceu a Wanessa?

_Bom, faço faculdade de arquitetura, já estou do meu segundo ano de faculdade. — Amy respondeu mentindo — Conheci Wanessa na faculdade, ano passado, mas não falava muito com ela, apenas o necessário. No final do ano passado um amigo em comum nos apresentou, e começamos a conversar mais e sair juntas — Amy falava tomando seu suco, e sorrindo como se aquilo realmente fosse verdade.

_Por essa eu não esperava! Boa Amy! — Pensei, bebendo meu suco o mais rápido possível.

_Entendi. Confesso que fiquei surpreso quando ela me falou que você dormiu aqui. Nada contra você, é que Wanessa sempre foi muito reservada com todos seus amigos, tanto que eu só conhecia o Daniel. — Marcelo falava sem parar.

Não prestei muita atenção. Apenas ficava focada em Amy, e em como ela estava linda com minha roupa. O cabelo longo e ondulado caindo sobre seus seios, linda!

"Nossa... Como eu queria comer ela de café da manhã! Deitar ela nessa mesa e.."

_Experimentar cada pedacinho né amor — Marcelo falou me tirando de meus pensamentos.

_O quê? — Perguntei confusa.

_Eu tô falando para Amy, sobre o nosso bolo de casamento. Ele era bem exótico, cada camada dele tinha um sabor diferente. Wanessa me fez experimentar cada pedaço. — Ele continuava falar para Amy, que fingia curiosidade.

_Serio? Que legal! Aposto que foi o casamento do ano! — Amy falou com tom de ironia.

_Foi mesmo Amy, uma pena que não nos conhecíamos antes... Desculpe a pergunta, mas quantos anos você tem?

_ 23. — Amy respondeu bebendo o suco de uma vez só.

_Serio? Você parece ser bem mais nova! — Marcelo retrucou, sem dar muita atenção.

_Todos dizem isso, que loucura né? — Amy respondeu se levantando dá mesa. — Bom Marcelo, foi um prazer te conhecer, mas eu realmente preciso ir, estou super atrasada para um compromisso.

Marcelo se levantou, e eu me levantei em seguida. Acompanhamos Amy até a porta.

_Foi um prazer conhecer você Amy! — Disse Marcelo dando um abraço em Amy, que ficou totalmente sem graça.

_Ah... O prazer foi meu! — Amy disse se soltando do abraço e vindo até mim.

_Até mais tarde Amy — Falei sorrindo e a abraçando. Foi bom abraçar ela novamente. Acredito que isso não acontecerá tão cedo depois desse dia.

_Até... Amiga! — Amy respondeu se soltando do abraço e saindo.

***

Pov. Amy

Sai dá casa de Wanessa arrasada, não só pela maneira que ela tinha me tratado, mas também porque menti para Marcelo, ele parecia ser uma ótima pessoa, oque me deixou com mais remorso, por ter transado com sua esposa.

"Nunca mais farei isso novamente! Wanessa que procure uma amante se quiser, mas não vou me submeter a isso novamente."

Seguindo a pé pelo condomínio de Wanessa, porque a inteligente aqui esqueceu de pedir um táxi. Estava tão preocupada com tudo que estava acontecendo que me esqueci completamente. Passos a frente vejo carro se aproximar de mim.

_Lincença, senhorita Amy? — diz um homem com a cabeça para fora do carro.

_Sim! — respondo parando perto da porta do motorista.

_ O Marcelo me pediu para que lhe deixasse em casa, sou o motorista particular dele.

_Não precisa, já estou indo até à portaria, eu chamo um táxi. Agradeça-lhe por mim. — falei continuando a caminhar.

_Moça, eu posso te levar sem problemas, sou um ótimo motorista. — ele falava com o carro em movimento ao meu lado.

_Aposto que sim, mas não precisa! — continuei andando.

_Sabe que a portaria fica longe né? — ele falava tentando me convencer.

Olhei para meus saltos, já imaginando a dor que teria em meus quando concluísse a caminhada. Desisti de negar a carona e entrei no carro, informei para o Rodrigo, o motorista, onde morava e então partimos.

A viagem inteira fui completamente calada, mas em compensação meus pensamentos eram muitos. Chegando em frente a minha casa, desço do carro e me despeço de Rodrigo. Entro e vou direto para meu quarto.

Pego meu celular que havia deixado carregando antes de sair com Victor ontem, e vejo se tem alguma ligação perdida ou mensagem. Havia muitas ligações perdidas de minha mãe, mas resolvi não retornar, pois, provavelmente discutiríamos por telefone e isso não era uma boa no momento. Apenas joguei o celular para lado e me deitei na cama, fitando o teto e pensando.

"Porque Wanessa me tratou daquela maneira? Com certeza ela deveria estar carente, e iludiu a trouxa aqui... Nossa como pude ser tão... Tão... Idiota!"


A Professora (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora