Capítulo 53#

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Pov. Amy

Sentada no chão do meu quarto, tentava ligar para Victor, mas sem sucesso. Meus pais ainda estavam discutindo e batendo na minha porta tentando entrar, me deixando mais nervosa do que já estava. Então resolvi sair pela janela, precisava de ar para respirar;

Peguei apenas meu celular e minha pequena mochila e pulei a janela, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Como meu quarto ficava no segundo andar, precisei pular para árvore, que ficava perto da minha janela. E então consegui descer.

Já estava escurecendo, e minha rua estava completamente vazia, meu bairro era bem tranquilo, a maioria dos vizinhos eram idosos, então sempre a ruas eram silenciosas e vazias a noite. Quando estava a três ruas da minha casa, tive a leve impressão de ter um carro me seguindo, mas o vi virando a esquina, tirando essa ideia da minha cabeça. Voltei a caminhar e comecei a escutar passos atrás de mim, então acelerei o passo. Estava em uma rua vazia, e a noite já prevalecia deixando, somente as luzes dos postes iluminar o trajeto.

Os barulhos de passos aumentaram, tive uma estranha sensação, mas não queria olhar para trás, andava de pressa, quando ia começar a correr senti minha boca e meu nariz ser tampado por um pano; A pessoa que fazia isso era bem forte, pois mal conseguia lutar para me soltar. Minha visão então começou a ficar escura e meu corpo fraco, e em seguida não conseguia ver mais nada.

***

Pov. Wanessa

Assim que entrei em casa, senti uma sensação estranha, parecia ter mais alguém ali comigo. Como tinha muitos funcionários, deixei esses pensamentos de lado e subi para meu quarto. Estava tão cansada, que a única coisa que queria era descansar. Adentrei e imediatamente vi Marcelo deitado em minha cama.

_Mas oque? — Perguntei perplexa não estava acreditando que ele estava ali.

_Que saudades amor — ele disse, com um sorriso diabólico no rosto, se sentando na cama — Onde estava?

_Isso não é da sua conta! Que droga está fazendo na minha cama? — Disse já exaltada.

_Antes era a nossa cama, se lembra?!

_Não acredito, já chega — Peguei meu celular em meu bolso — Vou ligar para polícia.

_Se eu fosse você, não faria isso!

_Então observe... — disse discando os números.

_Calma, calma... — ele dizia se levantando da cama — Desliga a ligação, eu vou te contar o por que estou aqui, depois você decide se me quer fora ou não!

_Começa! — desliguei a ligação.

_Antes quero te fazer algumas perguntas... Como foi em NY com a Amy? — Ele falava friamente, sorrindo de um jeito estranho e perturbador.

_Como eu disse antes, isso não é da sua conta! — Falava, alterando o tom de voz. Eu estava perdendo o resto de paciência que eu tinha com ele.

_Bom saber que minha esposinha se divertiu. Mas já chega né! Demos um tempo, você teve essa pequena aventura com essa jovem. Mas precisa voltar para mim agora — ele se aproximava.

_Para de ser ridículo Marcelo, era isso que tinha para falar? — Ele riu em resposta tirando um envelope do bolso.

_Olha isso! — ele deu o envelope.

Peguei o mesmo, e o abri. Mal podia acreditar no que via, eram fotos minhas e da Amy em NY. Exatamente em todos os lugares que tivemos.

_Como conseguiu isso? — Me exaltei, jogando as fotos no chão.

_Como? — Ele riu — Wanessa por favor! Eu tenho dinheiro, e eu estou por toda parte! Estava vigiando às duas, desde que fui embora...

_Deus... Já chega! Vou ligar para polícia! Você é maluco! — Disse sendo interrompida por seu celular que começou a tocar. Com um sorriso no rosto, atendeu, me deixando desconfiada.

"Mas que droga, ele está fazendo?" — Pensava o observando.

_Eai... Conseguiu pegar a mercadoria? — Ele perguntou

(Silencio)

_Ótimo! Siga com o plano e farei minha parte! Depois nos falamos! — ele disse desligando e me encarando.

_Que merda você está fazendo Marcelo? Porque está aqui?

_Porque sou legal, e vim te fazer a proposta da sua vida!

_E qual seria?

_Que tal, voltarmos ao que eramos? Eu você, juntinhos — Ele se aproximava

_Não se aproxime! — ordenei, fazendo o erguer as mãos em redição e se afastar — Ok mas, pensa bem, o sexo vai ser bom, eu sou um ótimo partido, e sua namoradinha não vai morrer... O pacote completo não acha?

_Oque? Oque fez com ela? — Disse pegando meu celular, e discando o número de Amy.

Imediatamente o celular do Marcelo começou a tocar. Continuei na chamada com Amy que não atendia.

_Pode falar! — ele falava com alguém.

(Silencio)

_Atende, e aproxima os telefones! — ele disse piscando, lançando um sorriso para mim.

Em seguida, o celular de Amy foi atendido.

_Alo! Amy? Amy?? — a chamava.

_Oi, amor! — Ouvi a voz de Marcelo na ligação — Acredita agora?

Desliguei o celular e o encarei. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo, meu coração começou a acelerar, e eu comecei a suar frio.

_Onde ela esta? — Perguntei fria, não podia demostrar fraqueza.

_A única coisa que precisa saber, é que ela ficara bem, se voltarmos a nossa vida de casados!

_Nunca! Isso nunca vai acontecer, eu amo a Amy, e sempre vou amar ela!

_Que pena, é realmente triste saber que uma jovem tão bonita quanto aquela, vai morrer assim! E tudo isso, devido ao seu egoismo!

_Não... Tudo bem! Diga oque quer eu faça?

_Agora sim, estamos falando a mesma língua! — Ele retrucou com um sorriso perturbador, me deixando com raiva. Minha vontade era de matar ele ali mesmo, mas não colocaria vida da Amy em risco.

"Eu faria oque fosse necessário, para ela ficar viva. Mesmo se significasse nunca mais ver ela novamente"

A Professora (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora