Pov. Wanessa
Estava tudo perfeito, era apenas eu e ela. NY foi o melhor lugar que eu poderia levar Amy, não sabia como estávamos agora, mas sabia que queria continuar assim, sem brigas nem intrigas, sem desconfianças, apenas carinho e muito amor.
Saímos do hotel de madrugada para pegarmos o avião, e com isso chegamos a SP de tarde.
_Quer ir para casa? — Perguntei a Amy, estávamos esperando meu motorista particular em frente ao aeroporto.
_Não Amor, eu vou para casa. Estou um pouco cansada! — Ela respondeu com um sorriso fraco, já me convencendo. Por isso nem insisti, não queria apressar as coisas de novo.
_Tudo bem! — Respondi olhando para frente já observando o motorista estacionar do outro lado da rua — Vamos?
_Pode ir amor, chamei um Uber! — ela disse indiferente
_Amy, meu motorista te leva... Não precisa pagar!
_Wanessa, nós moramos em lados opostos da cidade, não precisa, e outra o Uber já etá quase chegando!
_Ok! — disse estressada, atravessando a rua.
Entreguei minha mala para o motorista já entrando no carro. Deixando Amy esperando seu Uber! De cara fechada a olhava do outro lado da rua, mexendo em seu celular como se nada tivesse acontecido.
— Ei! — Chamei abaixando o vidro do carro, logo vendo seu olhar de focar em mim.
_Fala nervosinha! — ela retrucou, tirando toda minha marra.
_Me manda mensagem assim que entrar no Uber, e me liga quando chegar em casa! — Pedi preocupada, não queria deixar ela sozinha. Amy assim que ouviu começou e rir e revirou os olhos.
_Tá bom Mãe! — Ela me provocou rindo;
_É sério Amy! Se não vai se ver comigo, mais tarde! — Falei, antes que o carro partisse. Amy apenas piscou para mim e voltou a olhar o celular.
"Essa garota me tira do eixo" — Pensei sorrindo, já colocando o cinto.
***
Pov. Amy
Assim que sai do Uber, liguei para Wanessa, que não me atendeu. Então desisti e decidi entrar em casa, peguei minhas malas com o motorista e entrei. Ao adentrar na sala, não vi ninguém, logo deduzi que talvez meu pai estivesse dormindo, por isso, fiz o mínimo de barulho possível.
Subia as escadas para meu quarto em silêncio, quando ia entrar no comodo escutei uma voz muito familiar, vindo o quarto de meu pai, por isso parei perto da porta para ouvir melhor sobre oque se tratava.
_Roberto me ajuda! Ela é minha filha! Não aguento mais essa distância! — Reconheci a voz da minha mãe, ela parecia estar chorando enquanto falava.
_Não posso fazer nada se a Amy não quer falar com você, não posso força-la!
_Ela não quer falar comigo por sua culpa! Nós dois sabemos que o errado nessa história não fui eu!
"Oque? Como assim, do que ela ta falando, claro que foi!" — Pensava, me aproximando ainda mais da porta.
_Mas a Amy não sabe disso, e nem saberá! Você não vai tirar minha filha de mim! Aliás, ela nunca acreditaria em você!
Após ouvir aquilo, me estressei. Abri a porta com tudo, recebendo uma expressão de surpresa os dois.
_Sobre oque eu não sei? — Perguntei brava, ao meu pai.
_Nada minha filha! Você entendeu errado, sua mãe já está de saída. — Ele disse pegando no braço dela que rapidamente se soltou.
_Não estou não! Conta para ela Roberto!
_Cala boca regina! — Ele retrucou.
_ME CONTAR OQUE? — Gritei, fazendo os dois se calarem na hora.
_Roberto é melhor contar! Se não conto eu! Na verdade, deveria ter feito isso há muito tempo! — Regina falou, me deixando ainda mais confusa.
_É melhor alguém começar a falar! — disse já sem paciência.
_Filha, calma... — meu pai começou — Senta aqui...
_Não! Estou ótima de pé! — Retruquei.
_Ok... — ele respirou fundo — Na verdade, eu não te contei oque realmente aconteceu quando sua mãe pediu o divórcio. O real motivo...
_Então comece a falar!
_Sua mãe e eu estávamos brigando muito, discutindo demais. Não eramos mais tão íntimos quanto antes...e, eu sou homem...
_há, típica frase de gente canalha! — Minha mãe falava cínica.
_Mãe! — A repreendi, e a mesma se calou — Continua...
_Eu fui fraco filha, eu... traí sua mãe com outra mulher! Ela descobriu e quis o divórcio... — Ele falava com a cabeça baixa.
Eu estava em choque com que escutara. Não conseguia dizer nada, apenas o olhava, desacreditada.
_Eu não te contei, pois, sabia que você odiaria seu pai! Isso não tem a ver com você filha! São problemas do nosso casamento, por isso fingimos estarmos bem, era só até eu conseguir encontrar um apartamento para nos mudarmos. Depois iria me separar dele...
_Quando conheceu o pai da Wanessa? — Questionei
_Conheci meses antes, ele era apenas meu amigo. Ele é o dono do restaurante onde trabalho filha, ele comprou lá... Depois que eu soube sobre eu pai, nós ficamos mais próximos e na viagem das minhas férias, apenas, aconteceu! Ele é uma pessoa incrível, e me ajudou muito...
Após ouvir aquilo fiquei em silêncio, minha mente parecia digerir lentamente tudo que estava acontecendo.
_Quando pedi o divórcio, seu pai ficou com raiva... Você não estava aqui, então resolvi vir outro dia e conversar com você. Mas deveria ter vindo antes, deveria ter contado tudo. Evitaria todo mal-entendido.
_Não vai falar nada!? — Perguntei para meu pai, que ainda estava de cabeça baixa.
_Filha, me desculpa! Não queria te perder...
_Então resolveu omitir a verdade? — questionava brava, triste, magoada. Era uma mistura de sentimentos.
_Me desculpa...
_Quer saber — Respirei fundo — Não quero ficar mais nessa casa!
_Filha não... Fica, por favor-meu pai se aproximava.
_Sem problemas filha... Vamos para meu apartamento — minha mãe se aproximava.
_Não ficarei com nenhum dos dois! Ah, e isso regina, não muda a cena ridícula que você fez aquele dia com a Wanessa! Não perdoei você — Falei saindo do comodo.
Entrei no meu quarto, já trancando a porta. Queria que me deixassem em paz, acabei de chegar de viagem e os problemas vinham com tudo. Meu pai ainda tinha muito oque explicar, mas sinceramente cansei de mentiras. Quero espaço para respirar longe deles.
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A Professora (Romance Lésbico)
RomantizmAmy & Wanessa De uma chance para esse conto!! Amy uma garota muito dedicada aos estudos e ao trabalho. Se apaixona por Wanessa sua professora casada... OBs: CONTEÚDO ADULTO 18!! *LIVRO SEM REVISÃO*