Capítulo 45#

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Pov. Wanessa

Assim que beijei a Amy, foi questão de segundos para sentir uma ardência em meu rosto. Ela me deu um, tapa?

_Nunca! Nunca! Me beije a força! — Amy disse com raiva. Se afastando novamente.

Eu estava com a mão no local em que ela havia batido. Mesmo doendo muito aquele tapa, sei que eu merecia​. Ela é o amor dá minha vida e a deixei escapar, por uma burrice.

_Amy... me perdoa. Oque eu preciso fazer para você me perdoar? — já não tinha mais oque dizer, não sabia oque fazer.

_Se afasta de mim. Não me procura mais, não me mande mensagens, não me ligue. Se afaste de mim... só assim conseguirei te perdoar — Ela falava com tristeza em seu olhar.

Naquele momento minha ficha pareceu cair. Perdi ela... Perdi o amor dá minha vida. Sem nenhuma despedida, nem um simples tchau, ela voltou para o restaurante me deixando sozinha.

Comecei a andar sem rumo, deixei meu carro estacionado e andei, andei umas cinco quadras até chegar em um bar.

_Quero um uísque! — pedi, já me sentando perto da bancada onde preparavam as bebidas.

_Quantas doses? — A moça perguntou.

_A garrafa! — exclamei e a mesma não me questionou mais.

Bebendo meu uísque, tentando esquecer tudo oque acontecera, constatei o quão falha fui, o quão fácil eu fui. Me joguei nos braços de um, cara qualquer... Amy tem razão, eu não mereço o amor dela... Não depois do que eu fiz.

Escorei na bancada e deixei a dor me dominar... Não segurei as lágrimas, não segurei a dor. Não tinha como, eu merecia tudo aquilo, ainda mais porque causei tudo aquilo.

_Dia ruim? — A moça do bar, me questionou. Me tirando da fossa que havia entrado.

_Oque você acha? Sou a única que está tentando ficar completamente bêbada no meio da tarde — Respondi fitando a garrafa de uísque, que estava pela metade.

_Sei que mal me conhece, mas, falar sobre oque aconteceu ajuda muito! — Ela falou, fazendo meu olhar focar o dela.

A mulher não tinha piercing, nem tatuagens. Era ruiva, dos olhos mel, não parecia uma bartender.

_Você é psicóloga? — Respondi sem papas na língua.

_É, não sabia? Para ser bartender, precisamos nos formar em psicologia? — ela retrucou irônica.

_Hummm- Respondi indiferente — você poderia me deixar em paz com minha bebida?

_Chorando, atitude agressiva, bebendo ao meio-dia. Diria que está sofrendo por amor... Acertei? — A mesma disse, se apoiando na bancada, me observando.

_Não vai me deixar em paz, se eu não contar né?! — resmunguei.

_Não! — A mesma sorriu — Pode começar, estou esperando...

Dei por vencida, e comecei a contar sobre mim e Amy. Desde o começo até agora... A mesma não me olhou torto nem me julgou, na verdade, fique bem surpresa, pois, sua única pergunta foi:

_Como fará para reconquistar a confiança dela?

_Não faço a menor ideia. Ela não me quer por perto! — disse cabisbaixa.

_Ela está com raiva, foi uma traição. Você esperava oque? Que ela te perdoasse de uma hora para outra?

_É... — retruquei terminando de tomar o uísque em meu copo, já me servindo maís.

_Já chega de beber — A mesma tirou a garrafa de minhas mãos — Não será com bebida que você vai resolver as coisas!

_Eii, eu vou pagar por essa garrafa! — Reclamei.

_Ótimo! Bebi, aposto que a Amy ama quando você bebe! — Ela lançou oque contei contra mim.

_Que jogo baixo, eu mereço, eu to sofrendo...

_Não, ela está sofrendo, você só esta colhendo oque plantou! Olha esse é o meu número — Ela me entregou um cartão — Me ligue se precisar de ajuda. Agora vai para casa, tire um tempo para você e pense nos seus próximos passos. Acho realmente que ela pode te perdoar, mas não sera tão cedo...

Peguei o cartão se sua mão, já nervosa por não ter pegado a garrafa. Assim que levantei senti uma vertigem e desequilibrei para o lado, me apoiando na mesa.

_Você realmente é fraca para bebida hein — A moça, rapidamente me ajudou a me sentar na cadeira. Via tudo girar lentamente — Cade seu celular? Vamos ligar para alguém vir te pegar.

_Não sei — Respondi aérea, procurando o mesmo, que não estava em meu bolso. Provavelmente o pedi na briga com a piranha da Cláudia — Eu, Eu... Preciso chegar até meu carro! — Disse na intenção de me levantar, já sendo impedida pela mesma que me fez sentar novamente.

_Não vai chegar até carro nenhum... — Ela pegou seu celular — Conhece algum número? Alguém que eu possa ligar? Eu te levaria sem problemas, mas não posso deixar o bar sozinho.

_Da Amy — Sorri com a ironia — Só o número dela eu lembro.

_Meu deus... Bom, já que não tem outra opção vai ela mesmo, coloca o número dela aqui! — Ela me passou o celular e eu coloquei.

A mesma pegou o celular novamente e se distanciou de mim. A acompanhei com os olhos, e ela parecia nervosa. Sera que Amy estava negando me ajudar? Mil coisas passavam pela minha cabeça. Mas, de qualquer jeito teria que esperar para saber qual seria a resposta.

_Ela está vindo! — A moça falou, guardando seu celular novamente.

_Oque ela disse? — questionei

_Nada demais... — A mesma disse puxando uma cadeira e sentando ao meu lado — Mas ela pareceu nervosa, e preocupada. É um bom sinal, ela ainda se importa com você, se fosse o meu ex, eu mandaria ele se virar sozinho!

Rimos juntas

_Você tem cara mesmo de ser Hétero, sem coração — Falei.

_Deve ser porque sou, já você! Chamaria de confusão ambulante — ela brincou.

_Como é seu nome mesmo? — Perguntei apoiando meu braço sobre a mesa, já deitando sobre eles. A bebida além de me deixar tonta, estava me deixando com sono.

_Meu nome é Isabela e o seu? Sei o nome da sua amada, mas não sei o seu — Ela riu.

_Wanessa! — Falei, já piscando lentamente, o sono estava vindo sorrateiramente. 


A Professora (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora