Capítulo 43#

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Pov. Amy

Andando, eu diria que quase sem direção, para chegar no portão daquela mansão, e dar o fora daquele lugar. Enquanto andava um carro, que estava saindo do estacionamento me acompanhava caminhar. Os vidros eram escuros e não tinha como eu ver quem era, parei de caminhar e o carro parou junto. Então o vidro da janela do motorista começou de descer me intrigando.

_Eai... Aceita uma carona? — Claudia pergunta, me deixando surpresa.

_Eu aceito — disse limpando as lágrimas, a última coisa que eu queria, era que ela me perguntasse oque aconteceu e o porquê. Entrei no carro, já colocando o cinto — Obrigada.

_Imagina, você daria uma boa caminhada — Ela disse voltando a dirigir.

O caminho inteiro fui em silêncio, não queria conversar, nem desabafar, nem nada. Só queria ficar em paz com meus pensamentos. Claudia não me questionou nada em nenhum momento, oque achei ótimo, ela parecia entender meu lado, mesmo sem saber um terço da história.

_Vamos ligar um som — A mesma disse, ligando e passando pelas rádios — Agora sim!

Ela escolheu uma rádio que tocava somente músicas, POP. Por um momento julgo que ela esqueceu de minha presença no carro, ela parecia tão ela mesma, cantando se divertindo e essa foi a primeira vez que realmente reparei nela, seu sorriso, seu carisma, sua aparência, ela era linda.

_Tem algo na minha cara? — Ela perguntou, sem tirar os olhos da estrada.

_Não — disse sem graça olhando para frente — Desculpa...

_Amy, não precisa pedir desculpas — me olhou brevemente e sorriu — Eu sei que sou linda, pode olhar a vontade.

Sorri ao ouvir, mas foquei meu olhar na estrada. Quem dera se fosse tão fácil tirar uma pessoa de seu coração e dos pensamentos e simplesmente colocar outra, mas é muito complicado, o amor é complicado, a dor é complicada.

Por mais que a dor que Wanessa me causou, intensificasse cada vez mais, ela ainda era a mulher da minha vida, ainda a achava a mulher mais linda do mundo, e meu amor continuava o mesmo.

Infelizmente não era recíproco todo esse sentimento, na primeira oportunidade que ela teve, me traiu e nem pensou antes de fazer de novo. Minha confiança nela morreu completamente, e se não temos confiança não temos mais nada.

_Chegamos! — Cláudia falou, fazendo com que despertasse de meus pensamentos. Estávamos paradas em frente a minha casa.

_Obrigada, quer entrar? — perguntei sem ânimo algum.

_Sua cara, não está muito convidativa — ela brincou, me fazendo sorrir — Não acredito! Dois sorrisos na mesma noite!

_Boba! — disse sorrindo — Se quiser entrar...

_Não... deixa para próxima! Hoje eu já percebi que quer ficar sozinha!

_Obrigada por entender! — Falei indo em sua direção, para me despedir. O beijo que era para ser na bochecha, acabou acertando sua boca.

Me distanciei na hora, toda sem graça. Claudia com o bom humor que tem começou a rir.

_Se queria me beijar era só ter falado! — Sua mão acariciou meu rosto.

_An... Eu já vou indo — destravei a porta — Obrigada novamente — disse saindo.

Entrei na minha casa às pressas. Tudo oque eu queria era um tempo, tinha muita coisa acontecendo na mesma noite. Me joguei no sofá e fitei o teto.

"Mas que droga minha vida virou?" — pensei alto.

_Falando sozinha filha? — escutei e imediatamente dei um pulo do sofá com o susto.

A Professora (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora