Capítulo 3

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Chego ao prédio onde moro e sorrio para o porteiro, um senhor de sorriso fácil que trabalha aqui desde que o prédio foi inaugurado, pelo que ele mesmo me contou, seu Pedro é um solitário que nunca reclama de nada e que sempre tem um conselho para mim, quando me vê já sai detrás do balcão da portaria me fitando preocupado.
- o que houve menina? – ele pergunta carrancudo, preocupado como meu pai faria.
-não foi nada Seu Pedro, detesto segunda feira o senhor sabe – respondo sem animo e vou pro elevador sem render muito a conversa.
- Quando quiser conversar vou está esperando menina – ele fala, indo se sentar em seu posto novamente, seu semblante deixa claro que não acreditou no que eu disse. Preciso realmente ser tão transparente assim? Me questiono enquanto o elevador me leva até meu apartamento.
-oi Fido – sou recebida pelo meu gato, coloco comida para ele , pego uma barra de cereais e me jogo no sofá – que dia meu Deus, que dia – eu reflito – como eu queria que minha vida fosse tão simples quanto a sua Fido sem chefes malucos e gostosos como inferno para bagunçar sua mente. Minha puta interior da cambalhota ao me lembrar da sensação do corpo de Argos contra o meu, minha boca saliva de pensar naquela ereção, na rigidez de seu corpo, seu perfume, céus onde eu estou com a cabeça, quase transei com meu chefe cretino na sala de reuniões e ainda para fechar com chave de ouro marquei de sair com o irmão dele no final de semana. È definitivamente eu estou fodida. Como vou olhar para ele amanhã? Nunca mais vou me sentir normal naquela sala, olhando aquela mesa.
Minha mente vagava entre as lembranças das mãos de Argos em mim e a maneira como me corpo reagiu com ao perfume de Asker, não podia ser menos complicado, pensei enquanto imagens desses dois gigantes povoavam minha imaginação.
- anjo – a voz de Argos em meu ouvido me arrepiava, sentindo suas mãos grandes passeando por minhas coxas abrindo-as.
- nosso anjo – os olhos âmbar que me fizeram ofegar estavam em mim, ali exposta para ele – devo provar irmão? Com um menear de cabeça, Argos que estava atrás de mim me segurou minhas pernas bem abertas me oferecendo a seu irmão, me surpreendi com minha própria excitação,  nunca imaginara que pudesse viver uma situação como essa, ainda mais com dois exemplares de homem como esses.
- vamos Asker, prove faça com que ela implore por mais de nós – a voz de Argos me fez convulsionar de tesão, não seria preciso muito para que eu chegasse ao clímax, senti a respiração de Asker tocar em minha buceta inchada e latejante, seu hálito quente sobe meu clitóris foi demais para suportar, gozei com um grito libertador e quando abri os olhos estava caída no tapete da minha sala, arfando e totalmente molhada.
-Droga, só faltava essa, ter sonhos eróticos com esses dois demônios – esbravejei me adiantando para um banho frio, ainda era madrugada e logo cedo eu teria que enfrentar esses dois no trabalho.
Depois de um longo banho ,frio por sinal, ainda sentia as ondas do orgasmo me batendo, minha puta interior ronronava sentada em seu poli dance enquanto me fitava satisfeita pelo sonho, desgraçada nunca tinha imaginado nada assim, tudo culpa dela, eles são irmãos se odeiam nunca vai acontecer – me recrimino.
Nunca vai acontecer por que eles se odeiam, não porque você não deseja sua devassa – minha puta sussurra sorridente, fecho a cara e contrariada vou para cama com meu roupão de banho em volta de mim, a noite está mais quente ou será ainda efeito do sonho? Paro de pensar com medo de onde meus pensamentos vão me levar.
O despertador soa e amaldiçoo os irmãos Mavros mais uma vez, desde que me deitei não consegui pregar os olhos, fiquei me perguntando porque mexeram tanto comigo? Será que foi o desejo que senti emanando de Argos ou a arrogância sexy de Asker. Definitivamente eu precisava tirar esses dois da cabeça, pelo bem da minha sanidade.
Me arrumo sem vontade nenhuma sabendo que o dia de hoje será bastante complicado reúno o que me resta de coragem e vou para agencia nem reparo que o transito está pior que ontem, fato que antes me deixaria extremamente irritada hoje me conforta pois me dá mais tempo para me preparar para o encontro com os irmãos. Ao chegar no estacionamento, peço aos deuses das publicitarias em apuros para me darem o benefício de que Argos e Asker tivessem faltado por qualquer que fosse o motivo e me agarro a esta possibilidade quando vejo as vagas da presidência vazias.
Mas minha alegria durou por nada mais de quinze segundos, tempo que o elevador leva do estacionamento até a recepção da Antares.
- Ei Ag, o que houve aqui na empresa ontem? – me questiona Suzan quando chego a sua mesa.
-Não sei – respondo no automático – por quê?
- Você sabe que chego cedo aqui, que sou eu que abro o escritório não é – ela fala aos sussurros, faço que sim com a cabeça e ela continua – pois é, a moça da equipe de limpeza disse que encontrou uma garrafa de whisk vazia na sala de reuniões além de vidro no chão e o que parece restos de uma roupa feminina por toda parte, será que Asker andou pegando alguma modelo lá? – ela pergunta como quem confessa um segredo segurando o riso.
- Não faço ideia – respondo de imediato, raiva e vergonha inundando meu ser – quando ele chegar você pode perguntar, repondo sem medir minha irritação. Suzan fecha o cenho para mim, me olhando desconfiada.
- O que aconteceu com você menina – ela fala chocada com minha reação – acordou num mal humor hoje foi?
- Desculpe, Suzan , eu não dormi minha cabeça está muito cheia com essa conta nova – dou uma desculpa qualquer para que ela não perceba meu desconforto.
- Pensei que tivesse dito que temos pressa neste ensaio Morgana –ouço o esbravejar da voz que eu não queria ouvir, meus pelos se arrepiam até a nuca – espero que não ocorram novos atrasos estamos em cima do prazo. Ele enfatiza, desligando o celular os olhos fixos nos meus, vejo o musculo de seu maxilar travar e tremer.  Estou encrencada, merda!
- Senhoras o que é isso uma reunião de funcionárias? – Ele questiona bravo, seus olhos fixos em mim, mordo o lábio inferior por reflexo e vejo ele engolir em seco.
- estava pegando os recados – respondo desviando o olhar – Vou para minha sala Su, qualquer coisa me chame ok.
Pela minha visão periférica vejo Suzan arregalar os olhos, concertesa estranhou minha atitude, mas não quero brigar com ele hoje, não suporto sequer olhar em seus olhos sem me lembrar do maldito sonho.
- Tudo bem – ela responde alguns segundos depois, e vejo a cabeça do meu chefe virar em minha direção também sem entender.  Como pode ser tão gostoso meu Deus – penso, minha puta interior me olha e sorri, ela concorda comigo, vou para minha sala antes que minha boca fale o que ando pensando complicando ainda mais a atual situação entre nós.
O dia passou rápido e não vi mais meu chefe nem o irmão dele, pulei o almoço por que queria sair mais cedo e descansar a noite não dormida, quando o telefone da minha mesa toca.
- Navarro.
- Oi ruiva – era tudo que eu não queria, Asker e sua voz rouca – está muito ocupada agora? Estou preso aqui na sala de criação junto com a Morgana, essa bruxa – ouço a gargalhada estrondosa dela ao fundo, pronto mais uma que se rende ao charme desse diabo – pode vir me salvar?
- Olha  Asker estou realmente atarefada agora – falo a primeira coisa que me vem a cabeça, não quero ter que vê-lo agora – Morgana é uma boa moça vai te deixar sair ileso.
- Sério? – ele perguntou desapontado – que pena, acho que vou está mesmo na próxima campanha da Antares. Suspirou e pude notar o divertimento em sua voz, consegui imaginar seu sorriso de canto arrogante e sexy.
- ok, estou chegando ai – respondi de imediato, onde minha cabeça está? Só posso ter pirado de vez mesmo, me repreendo, não devia ir onde ele está, tinha de fugir dele isso sim seria o mais logico. Saio de minha sala e paro de frente ao studio de criação onde eles devem estar e ouço risadas la dentro, concertesa ele esta aqui e esta divertindo essas modelos esqueleticas caçadoras de homens gostosos e ricos, junto a coragem que me resta e abro a porta, quando sinto um calor e o arrepio em minha nuca quando uma mão toca meu cotovelo me empedindo de entrar .
- onde você esta indo – Argos me puxa pelo braço e me encosta na parede do corredor, afastada dos olhos de quem pudesse passar por la .
- O que? – indago – preciso de autorização para ir ao studio da Morgana agora?- pergunto indignada.
-não é isso, só que, bem .... – ele coça a nuca e puxa os cabelos bagunçando os em sinal de nervosismo, não entendo sua reação.
- você não tem motivo para me impedir de entrar ali – digo apontando a porta do studio – além do mais desde quando tem essa liberdade de me tocar? – esbravejo, não queria ser rude mas já foi, esse meu gênio ainda vai me causar problemas.
- sinto muito – ele respondeu abaixando os olhos e tirando as mãos de mim – não tive a intenção. E saiu me deixando sem ar ali encostada na parede.
- você está ai ruiva- ouço a voz de Asker me chamar da porta – estava indo para sua sala atrás ....- ele para antes de terminar a frase – tudo bem? A preocupação na sua voz parece verdadeira, mas será sincera?
- sim – respodo e forço um sorriso – apenas uma tontura. Minto me afastando de sua mão estendida e da parede – visto que nossa bruxa má já te liberou, vou voltar para minha sala, tenho muito trabalho esperando por mim e você sabe que seu irmão não gosta de esperar – falo rápido as palavras se atropelam e saio em direção a minha sala.
Porque esses dois tem que mexer comigo assim. Penso assim que me tranco em minha sala.

Tentação GregaWhere stories live. Discover now