Capítulo 6

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Agnes
Em minha sala os pensamentos me assolam os irmão Mavros serão minha morte tenho certeza disso, depois desse sonho maluco então. Me vejo ainda mais perdida.
Sempre pensei em Argos como um homem centrado e controlado, dono do mundo, depois do que houve na sala de reuniões me pergunto o que será que o aflige tanto. Nunca vi alguém com tamanho sofrimento estampado nos olhos, uma dor que parecia consumir sua alma por completo. Asker por outro lado é o extremo oposto, digno playboy. Sempre alegre e sorridente, com aquele olhar sedutor e seu sorriso arrogante de quem tem o mundo aos seus pés.
Porque os deuses das publicitarias solitárias tinham que me arrumar dois exemplares desses de homem? Me pergunto frustrada. Me perco nesses pensamentos e as imagens do sonho voltam a minha mente. Sinto o calor em meu sexo e a pulsação do meu sangue aumentar, seria possível ter ambos assim? Em minha cama? Nunca experimentara nada do gênero mas a curiosidade crescia em meu intimo.  Céus estou me tornando uma devassa, não sei se suportaria um quem dirá ambos. Não posso me dar este luxo. Não posso. Minha puta interior me dizia que tudo era possível, sentada em seu chamise vermelho e me olhando sobre seus óculos de leitura. Será que ele realmente  me deseja? Me pego pensando. Sua reação hoje foi de ciúme como se ele soubesse que estava indo ver Asker, mas ontem seu olhar frio tirou de mim a esperança que todo aquele desejo fosse realmente destinado a mim e não criado pelo álcool em seu organismo. Quem o teria arruinado desta maneira.
A tristeza dele era tamanha que beirava o desespero algo muito ruim  deve ter acontecido para deixa-lo assim. Mas o que? Ou quem? Essas questões martelavam meu cérebro. Não faria sentido me intrometer na sua vida visto que não somos nada um do outro, por outro lado não posso negar minha atração por ele. Me sinto como uma mariposa atraída para o fogo, presa e indefesa. Quero te-lo e não quero deseja-lo ao mesmo tempo. Tenho medo do que possa me acontecer se permitir sucumbir a este desejo.
- senhorita navarro pode vir a minha sala por favor – a voz dele no telefone me arrepia, meu estomago congela.
- estou indo – é tudo que consigo responder. Minhas mãos tremem segurando o telefone, faço um esforço tremendo para coloca-lo na base sem derruba-lo. Porque estou tão nervosa? Faz dois anos que convivo com este homem, sempre fui a sua sala. Tento me convencer disso, que nada acontecera, mas em meu interior sei que tudo mudou, nada mais será como antes. Fito minha puta que se arruma agora de frente a seu espelho e me faz a maior das  caras de devassa possível.
- realmente, nada será mais como antes – resmungo saindo da sala, as pernas tremulas e o coração acelerado de ansiedade.
Paro em frente sua porta que agora fechada sua secretaria ao telefone ainda não me viu, meu coração está batendo tão forte que tenho a impressão que ela poderia ouvi-lo.
- Agnes, o sr. Mavros está a sua espera, pode entrar – ela diz sem se mover do lugar.
- obrigado – digo, minha mão sua frio passo a por meu vestido e amaldiçoo a ideia de logo hoje não está usando calças –como se algo fosse acontecer ali com todos na empresa – me recrimino. Onde estou com a cabeça? Vou ficar imaginando agora que algo vai acontecer todas as vezes que vier a sua sala. Balanço a cabeça e sorrio amarga, ele nunca notaria a mim sóbrio, apenas o álcool faria o que aconteceu ontem se repetir, penso resignada quando abro a porta e entro em seu escritório.
Observo o lugar como  se fosse a minha primeira vez aqui, as cores sóbrias das paredes, os quadros de algum artista modernista, a mesa de madeira pesada as poltronas de couro, o sofá preto e a poltrona na mesma cor arrumadas de frente uma para outra com uma mesinha de vidro no centro, tudo muito masculino e sóbrio. O perfume de Argos bate em mim como um caminhão, amadeirado, sensual,quente, toda a sala tem seu perfume, mas ele não está a vista. Aproveito esses minutos sozinha ali para absorver tudo ao redor, cada detalhe, me aproximo das janelas, assim como a sala de reuniões os vidros aqui são do chão ao teto dando uma vista privilegiada da cidade, sem perceber me aproximo do vidro e encosto minha testa nele imitando a posição a qual o vi ontem na sala ao lado e me perco em meus pensamentos.
- Agnes – sua voz grave me tira dos devaneios, sinto seu perfume antes que se aproxime o suficiente para me tocar e fico inebriada – como é cheiroso esse homem, céus.
- Senhor Mavros – respondo num sussurro baixo, sinto o calor de seu corpo mais próximo das minhas costas e fito seu reflexo pelo vidro, sua mão estendida como se fosse me tocar, suas feições vincadas como se estivesse numa luta interna sobre fazer ou não isso. Nossos olhos se encontram pelo reflexo e vejo a tristeza em suas íris azuis, no fundo delas porém percebo uma chama que seria capaz de me arrastar até o inferno.
- precisamos conversar – ele fala escondendo o rosto de mim, se afastando em direção a sua mesa – sente-se. Ele pede. Arrasto meus pés de má vontade e me sento na cadeia a sua frente.
Não deixe que ele te afete tanto, você já esteve aqui milhares de vezes sua idiota – meu subconsciente me recrimina mas vejo que minha puta interior sorri e já está pronta com seus espartilhos e saltos.
- qual o assunto – pergunto cruzando minhas pernas, o vestido que estou usando e justo então a saia sobe um pouco revelando a pele das minhas coxas com o movimento, vejo seus olhos passearem por minhas pernas seu maxilar travar, e ele umedecer os lábios. Como por Deus alguém consegue ser sexy apenas molhando os lábios, puta merda o que eu não daria para morde-los. O pensamento me escapa e enrubesço sinto minhas orelhas queimarem devo esta vermelha como um tomate.
Droga de pele albina.  Pragejo. Como se tivesse me ouvido o ouço murmurar alguns xingamentos enquanto fecha os olhos com força e aperta a ponte do nariz entre o polegar e o indicador.
- Agnes , eu – ele começa e para de falar como se procurasse as palavras certas, suas mãos voam para seus cabelos bagunçando os ainda mais. Se ele poderia ficar mais sexy a inferno acabava de ficar, o que está acontecendo comigo? Eu deveria estar irritada com ele não toda excitada como uma adolescente cheia dos hormônios, deve ser o tempo que estou sem transar só pode – eu queria me desculpar com você pela minha atitude hoje.
Sou arrancada dos meus devaneios, minha puta interior criando cenas extremamente sensuais dessa boca em mim. Quando finalmente entendo suas palavras, soam tristes e sinceras.
- tudo bem Argos – falo sem pensar, acabei de chama-lo pelo nome, ele me fita petrificado a chama em seus olhos são incandescentes agora. Ele passa a mão sobre o queixo e na barba bem feita, me fitando enquanto seus dentes fisgam seu lábio inferior. Sinto minha calcinha molhar apenas com esses gestos, céus esse homem ainda vai me matar. Penso apertando um pouco as coxas, seu olhar recai sobre elas e como se percebesse meu desconforto ele sorri torto para mim e é o sorriso mais devasso que já vi em toda minha vida.
Presa por seu olhar me assusto quando a voz da secretaria sai pelo interfone avisando de uma reunião em poucos minutos.
- avise a todos que irei me atrasar chame meu irmão e peça que tome a frente por mim estou resolvendo assuntos urgentes com a senhorita navarro e não posso ser interrompido agora – ele responde se levantando circulando a mesa e permanecendo próximo a minha cadeira escorado na mesma.
- Tudo bem senhor – a secretaria responde. 
Finalmente me permito observa-lo atentamente, seu terno completo impecável, a camisa por dentro e a gravata tudo preto, seus músculos flexionados que mesmo sobre o paletó eu sei que estão ali. Aquelas mãos grandes apertando o tampo da mesa, Céus esse homem grita luxuria por todos os poros, o que houve com meu chefe? Me questiono. Ele solta a mesa e vai para o canto de sua sala próximo as janelas aciona o que parece um painel na parede e as persianas das janelas se fecham.
- agora não seremos interrompidos - ele fala, sua voz um sussurro sensual como o inferno cheio de promessas picantes – estamos trancados aqui e a menos que eu coloque o código de segurança ninguém mais conseguirá entrar. Ele avisa, vejo sua língua passar pelos lábios novamente e um arrepio me percorre, minha calcinha esta em ruinas de tão molhada.
- o que está fazendo – falo num fio de voz enquanto o vejo tirar o paletó, o colete e desabotoar os punhos da camisa enrolando os – é loucura. Falo na tentativa de me convencer, a visão dele se despindo para mim me deixa quente e com dificuldades de respirar. Ele vem em minha direção como um leão que persegue a presa e a tem a sua mercê.
- me desculpando Agnes – ele fala me puxando para seus braços e colando nossos corpos, cada pedaço dele pressionado contra mim, cada musculo de seu corpo se encaixando no meu, sinto que vou me queimar de tão quente – posso sentir sua excitação, seu desejo, não negue.
Não tenho forças para isso, seu hálito me inebria meus olhos fixos em sua boca, sinto sede e fome, mas nenhuma bebida nem comida me deixariam satisfeita agora. Apenas ele. Me deixei levar e num impulso colei nossos lábios. O beijo foi feroz, desejo, luxuria,raiva,entrega, um misto de sensações que me tirou o folego.
Suas mãos tomando meus cabelos e passeando por meu corpo, juntando ainda mais suas formas as minhas, deixei que minhas mãos fossem para seus cabelos, tão macios.
Deixei que minha puta interior assumisse o controle, meu corpo já não me pertencia mais, como uma expectadora vi quando meus dedos puxaram levemente as madeixas separando nossas bocas em busca de ar, vi minha língua passear por aquele queixo perfeito e meus dentes rasparem a pele ali em quanto um gemido estrangulado saia dele. Fitei seus olhos com desejo e vi refletido nele luxuria capaz de deixar Jupter parecendo um amador e me deixei ir em direção aquelas chamas azuis.
Espalmei as mãos em seu peito e abri cada botão de sua camisa, beijando cada centímetro de pele exposta, puxei delicadamente os fios de seu peito e inalei o perfume ali e me embriaguei nele. Depois de me livrar de sua camisa, me ajoelhei diante dele deixando bem claro minhas intenções, ele gemeu em resposta e foi o incentivo que precisava para processeguir. Vi suas mãos voltarem a apoiar no tampo da mesa sustentando seu corpo, abri seu cinto enquanto beijava aquele v perfeito de seu abdomém e passeava a língua pelo espaço de pele entre a barra da cueca também preta e a calça social ainda fechada.
- você está me matando  - ele disse num sussurro – mal posso esperar para sentir suas mãos pequenas no meu pau. A voz dele carregada de tesão me fez gemer. Abri o botão de sua calça e o zíper enfiei minha mão pela cueca e senti, quente, rígido grosso e grande, latejando nela. – Céus  - ele gemeu os olhos em chamas fixos em mim, como seu eu fosse uma miragem, me senti poderosa, minha puta interior estava eufórica, e atrevida puxou aquela ereção para fora. Quase tive um orgasmo com o gemido que ele deu quando meus dedos tocaram a cabeça daquele pau maravilhoso. Minha boca estava salivando de vontade de provar, era como uma fruta madura, vermelho, suculento. Toquei meus lábios levemente na glande e fui retribuída por um gemido baixo de aprovação.  Deixei que minha língua explorasse e sentisse o sabor que já umedecia ali.
- por favor, não me torture tanto – ele fala entre gemidos de forma gutural, sua voz ainda mais rouca – já não me aguento veja com estou duro. Ergo os olhos para ele e sou brindada pelo mesmo sorriso devasso de alguns instantes atrás, sem desviar os olhos dele levo os lábios até a cabeça de seu pau e o enfio centímetro a centímetro na boca – puta que pariu! Ele suspira jogando sua cabeça para trás, um rosnado selvagem ressoando em seu peito enquanto lentamente vou colocando-o todo em minha garganta, fecho os lábios sobre a base e chupo até a chegar a cabeça novamente.
- caralho, você, puta que pariu – ele fala me fitando suas mãos nos meus cabelos, um sorriso estampa meus lábios e  o chupo novamente, levando ate a base em minha garganta  em movimentos de vai e vem , passeando a língua por toda sua extensão e alternando entre forte e rápido e suave e delicado, sua expressão de extase me enlouquece. Ver o que estou causando nele me deixa em frenesi e imagino como será seu orgasmo – caralho, isso chupa assim mesmo sua puta gostosa. Suas palavras são combustível para mim, chupo mais avidamente e ele geme. Suas mãos afundadas em meu cabelo ele começa a fuder minha boca num ritimo punitivo e sexy como o inferno controlo minha respiração para não engasgar enquanto lagrimas saem de meus olhos. A sensação é incrível, imagino como será te-lo dentro de mim e me pergunto se vai caber, enquanto sou agraciada com seus gemidos se tornando cada vez mais primitivos.
- caralho que boca gostosa, não vejo a hora de estar dentro dessa bucetinha gostosa – ele fala enquanto puxa meus cabelos me fazendo gemer com seu pau ainda em minha boca – Agnes não me olhe assim ou vou acabar gozando.
- eu quero que você goze para mim seu devasso gostoso – falo para ele, seus olhos brilham, pego em minhas mãos e o masturbo vigorosamente enquanto chupo sua extensão e o enfio em minha boca até a base chupando e chupando cada vez mais rápido.
- inferno, puta que pariu – ele xinga, sinto seus músculos enrijecerem e seu pau pulsar, ele está perto – caralho Agnes se você não parar agora vou gozar. Fecho os lábios em torno dele e passo os dentes levemente. Quando sinto o primeiro jato de seu gozo em minha boca, ele estremece e sinto seu pau pulsar enquanto ele fala um interminável dicionário de palavrões e palavras desconexas, engulo e seu sabor me deixa com vontade de tê-lo de novo. Sinto suas mãos em minha nuca ele me ergue e me beija com desespero – Por todos o inferno onde você estava. Ele desabafa colando nossas testas.
Me surpreendo quando ele me puxa para o sofá depois de tirar o resto de suas roupas e ali gloriosamente nu da cintura para cima tenho a visão mais ampla daquele corpo maravilhoso, ele foi feito para o prazer penso. Sou tirada de meus pensamentos quando suas mãos erguem meu vestido até a cintura e pairam sobre minha calcinha de renda preta.
- agora é minha vez de cuidar de você – ele fala enquanto escorrega a peça por minhas pernas deixando beijos por toda parte – tão cheirosa, tão macia, poderia ficar horas apenas te admirando assim – ele fala passeando os dedos por minha umidade e espalhando por meu sexo pulsante, um gemido me escapa. Estou sensível e excitada.
- senhor Mavros, seu irmão esta aqui e insiste em entrar  - a voz da secretaria nos interrompe, sou trazida a realidade, onde estamos e o que estou fazendo. Num salto me afasto de Argos, ele tenta me parar mas sussurro um não enfático para ele.
- isso que aconteceu não vai se repetir – as palavras saem da minha boca sem que eu pense nelas – vou para minha sala. Recomponha-se. Falo envergonhada.
- volte aqui, não vou deixar que fuja de mim, não agora – ele fala, prendendo meu pulso, uma corrente eletrica nos percorre – por favor.
- não agora – falo resoluta – não é o lugar para isso, não podemos, foi um erro.
As palavras batem nele e vejo seu semblante se contorcer, a máscara de indiferença que me acostumei a ver está de volta. Friamente ele anda ate suas roupas se ajeita, recompondo-se na figura do homem que sempre vi nesses dois anos. Frio e inacessível, seus olhos ainda tem o lampejo do desejo, mas agora a raiva que transparece neles é assustadora, me sinto pequena, frágil. Meus instintos me mandam correr dali o mais rápido possível e nunca mais voltar, porém minha sensatez me manda esperar o momento certo para que ninguém desconfie o que acaba de acontecer.
Ele vem ate mim acho que vai me tocar mas não o faz simplesmente se abaixa pega minha calcinha e depois de guarda-la em seu bolso e conferir que estou devidamente arrumada destranca a porta e as persianas.
- peça que meu irmão espere um pouco ainda não terminei com a senhorita navarro – ele fala friamente, seus olhos me fitam com um pergunta velada.
- pode abrir, estou bem – respondo , baixo os olhos e ajeito o cabelo, aliso mais uma vez meu vestido para ter certeza que esta no lugar certo  e espero o som da porta. Mas ele não vem, ergo os olhos e ele continua me fitando, como se esperasse algo de mim, ou se tivesse algo mais para dizer. Nos encaramos por minutos sem desviar o olhar, até que me rendo, levanto da cadeira olho para ele e saio.
Minha mente uma confusão, minha puta interior além de frustrada esta irada comigo, ignoro sua cara feia e sigo para minha sala sem olhar para ninguém, perdida em minha mente. Na segurança da minha sala me permito lembrar o que aconteceu, como fui capaz de perder o controle daquela forma. Tudo bem que ele era um pedaço de pecado e aquele sorriso seria capaz de derreter o Alasca. Mas eu nunca perdia o controle e agora além de ter feito um boquete daqueles no meu chefe estou aqui sem calcinha, frustrada e mais confusa do que antes.
Não posso quere-lo, ele apenas precisa de diversão. É isso. O que mais ele veria em mim– me questiono triste – mas porque ele me pediu para ficar? E depois agiu frio, como se não me quisesse ali perto dele. Meus pensamentos e meus sentimentos estão confusos, a única certeza que tenho agora e que não posso mais deixar que se repita. Não posso me aproximar dele desta forma, nunca mais..

Tentação GregaWhere stories live. Discover now