Argos
Vê-la sair assustada e fugida da minha sala foi mais duro do que eu imaginava. Minha mente ainda se refazendo do orgasmo maravilhoso que ela me deu. Por todos os Deuses do olimpo ela é perfeita, aquela boca pequena e esperta me deixou louco. Nunca gozei tão rápido, não consegui me controlar. E isso só me deixou mais louco da vida.
Estou frustrado por não conseguir satisfazer o desejo de senti-la, ouvi-la gemer meu nome, céus só de imaginar fico duro de novo. Essa mulher será minha ruina.
E ainda tem meu irmão que parece interessado não só nela como em atormentar minha vida ainda mais. Como posso refrear meus instintos perto dela? Meus demônios me perseguem e me oprimem, deveria me afastar, deixar que ela siga seu caminho bem longe do meu.
- No que você estava pensando? – grita meu irmão – como pode deixar que uma campanha importante como essa seja dirigida tão vergonhosamente. Questiona ele, irritado. Me dou conta que não ouvi nem metade de seus argumentos de tão perdido estava na mulher que esteve nessa mesma cadeira alguns minutos atrás.
- Asker, eu entreguei as pessoas que achei competentes, se não concorda refaça – digo simplesmente, demostrando tédio com sua reação exagerada.
- O que está acontecendo com você? Esqueceu os remédios de hoje? – ele questiona furioso – refazer uma campanha inteira por causa dos seus erros?
- o que sugere então – jogo em suas mãos as decisões, ele quer meu lugar então que comesse a tomar as decisões – vamos encontre a saída, você é o vice presidente, decida.
Ele bufa, furioso, seus olhos vidrados nos meus, azul e verde em guerra. Ele franze o rosto e os vincos em sua testa denunciam seu desconforto e frustração, meu irmão quer ocupar meu lugar na empresa por causa dos meus erros do passado mas não entendeu que ainda não esta preparado para a carga de responsabilidades que teria para isso, deixo que ele sinta um pouco do peso do cargo da presidência. Preciso que ele entenda que ainda não esta pronto.
- vou falar com a equipe e arrumar a sua bagunça – fala ele, tentando se mostrar superior.
- fique a vontade, a equipe também é sua – digo por fim, sem olhar para ele – agora se puder me deixar sozinho, tenho outros projetos para ver. Faço um gesto com a mão dispensando-o ele se levanta da cadeira e me fita, sinto seus olhos me fuzilarem mas não me importo, já me odeio o suficiente por nós dois.
Solto o ar que nem sabia que estava prendendo quando ouço a porta bater, levo as mãos aos meus cabelos puxando-os. Amaldiçoando-me por desejar que ela ainda estivesse aqui. Ando pela sala inquieto me sentindo sufocar como se as paredes se fechassem a minha volta.
- infernos – xingo baixo, parando em frente a janela onde ela esteve e encostando a testa no vidro frio como ela fizera a pouco. Ainda sinto suas mãos em mim, sua boca atrevida envolta do meu pau. Fecho os olhos e posso ouvir com clareza sua voz baixa me pedindo para gozar, me chamando de devasso. Ela me enlouquece não sou nem a sombra desse homem controlado que aprendi a ser para todos quando ela esta por perto. Me sinto frágil, indefeso e ao mesmo tempo forte e determinado como nunca antes. Um animal selvagem enclausurado, primitivo, quase um homem das cavernas. Sorrio contra o vidro. Logo eu, que sempre me orgulhei de ser controlado e ate frio. Quase uma máquina, no sentido sexo, Agnes estava me arruinando e nem se dava conta disso.
Agnes
Fito o relógio no computador, já passa das seis, nem percebi o andar do dia. Minha cabeça anda uma confusão só, depois de voltar da sala de Argos recebi a visita de Asker me pedindo ajuda para melhorar uma campanha de Vodka se deveria ser lançada em menos de um mês. Conversamos e seu magnetismo não surtil o mesmo efeito em mim como antes. Eu estava perdida, imersa nas emoções causadas pelo furação daquele devasso do irmão dele. Percebendo que hoje não conseguiria ser de grande ajuda, aleguei uma enxaqueca e disse que o ajudaria amanhã, que estaria mais disposta. Ele sorriu e me deixou, me lembrando de nosso compromisso do final de semana. Senti o sangue gelar em minhas veias, tinha me esquecido por completo. E agora fritava eu cérebro para arrumar uma desculpa aceitável para fugir desse encontro. Não me sentia com estrutura para passar uma noite com outro irmão Mavros. Pelos deuses das mulheres solitárias o que eu a fazer agora?
Fechei minha sala e arrumei minhas coisas, estava saindo quando vi a porta do elevador se fechando, distraída pedi que segurassem para mim, sem perceber quem estava lá dentro.
- obrigado – agradeci a pessoa sem erguer os olhos ainda perdida em fechar a bolsa e pegar as chaves do carro.
- Foi um prazer – aquela voz, aquele perfume, caralho so podia ser brincadeira, alguma peça do destino querendo foder com a minha cabeça. Ergui os olhos lentamente e me vi presa naquela imensidão azul – isso é seu. Ele falou abaixando-se na minha frente fazendo meus pelos arrepiarem e um calafrio passar por toda minha espinha.
Minha puta interior, sorriu ao ve-lo ali de joelhos, o rosto tão próximo do meio das minhas pernas, juntei as coxas por instinto e me lembrei que estava sem calcinha por culpa dele, senti meu rosto esquentar e mirei seus olhos. Ele sorria torto, o que se tornou meu sorriso favorito nele.
- você deixou cair – ele disse me estendendo o chaveiro com a torre de eifel com as chaves do meu carro e casa, não havia notado que as deixara cair. Minha mente vagando pelas imagens mais devassas possíveis enquanto ele permanecia ali de joelhos com minha chave na mão.
- obrigado – consegui murmurar, minha voz saiu baixa e tensa, meu rosto em brasa denunciava meus pensamentos pecaminosos.
- A vista daqui é ótima – respondeu, me fitando com olhos brilhantes e intensos, a chama de desejo presente novamente. O ar a nossa volta parecia estalar com a tensão entre nós. Peguei as chaves e ele fechou as mãos no meu pulso erguendo seu corpo com a elegância de um predador, passando o rosto por todo meu corpo, cheirando me – seu perfume é delicioso, inebriante – a voz embargada e sexy me arrepiando ainda mais.
- Senhor – minha voz saiu baixa e rouca pelo desejo que não consegui segurar – não me diga essas coisas. Ele ergueu meus pulsos me imprensando na parede do elevador colando nossos corpos.
- A minha pequena você me enlouquece – confessou, seu hálito quente em meu rosto, seus lábios tão próximos dos meus, me tentando, excitando ainda mais. Tentei me mover mas estava presa por seu corpo firme.
- você faz o mesmo comigo – falei fitando seus olhos a luxuria estampada neles me queimando – me confunde, me queima. Disse antes que a coragem me fugisse. Meu desejo por ele elevado as alturas naquele instante.
- fique comigo então – pediu ele, fechando os olhos e tocando a testa na minha – seja minha por uma noite. Seu pedido um sussurro sôfrego e carregado de tensão e desejo.
Senti meu sangue ferver nas veias, aquele pedido me pegando de surpresa, ele me queria por uma noite e parecia sofrer por me desejar. Perdi o chão sobe meus pés naquele momento. Senti meu corpo quente por fora como se tentasse abraçar o sol. Sabia que meu futuro dependia daquela resposta.
-sim – respondi, não poda pensar de mais ou desistiria, precisava aplacar esse desejo todo que me consumia e se ele me queria por uma noite me aproveitaria disso. E o depois bem ficaria para depois.
- aah, minha menina – ele rosnou em minha boca, me beijando ferozmente, meu desejo espelhando o dele, senti sua ereção pressionar minha barriga quando colou mais seus corpo no meu não deixando espaço para nada, como se quisesse fundir nossos corpos.
Ouvi o cliq do elevador avisando que havíamos chegado a garagem, desgrudando nossos corpos ele se afastou e ajeitou o terno passando as mãos pela calça apertou seu pau o que me fez salivar de vontade de te-lo em minha boca novamente. Seu olhar seguiu o meu e o sorriso devasso estava de volta.
- gosta do que vê – sua voz grave e baixa, fitei seus olhos e mordi meu lábio inferior pensando numa resposta espirituosa, vi suas mãos se moverem por toda extensão de seu membro novamente se exibindo para mim mesmo sob suas roupas – estou assim o dia todo, toda vez que me lembro dessa boquinha sagaz e gostosa. Arfei. Seguindo o movimento de suas mãos com os olhos.
- ainda sinto seu gosto na minha língua – falei corajosa sem saber de onde saiam essas palavras. Seu maxilar travou as mãos apertando com um pouco mais de força pude perceber, minhas palavras mexiam com ele, me senti poderosa. Cheguei mais perto de seu corpo e o sentir enrijecer seu perfume me envolvendo, tomada de uma segurança e de uma ousadia que não entendia a fonte passei o nariz por seu pescoço absorvendo a essência dele, deixei que minha língua tocasse a pele sensível de sua orelha e o sentir estremecer – se ainda estivesse de calcinha, estaria encharcada agora – sussurrei em seu ouvido passando os dentes pelo osso de seu maxilar. Ouvi o rugido que surgiu de seu peito, primitivo, selvagem.
- você será minha morte pequena – rosnou colando os lábios nos meus mordendo meu lábio inferior quando terminou o beijo cedo de mais para mim. Resmunguei em seus lábios e ele sorriu lindo e sexy como o inferno – venha antes que eu perca o restinho de controle que me resta e te coma no capo do meu carro – ameaçou puxando-me pela mão. Parei petrificada com sua confissão a clareza dos fatos me batendo, a noite seria agora, neste instante. Mas amanhã eu teria de vir trabalhar, não poderia ir com ele no carro dele.
- espere – pedi – não podemos fazer isso – falei, seus olhos me fitaram, dor varrendo seu semblante.
- você me confundi está mudando de ideia? – acusou ele sua voz carregada de amargura não lembrava em nada a de poucos instantes, seu semblante agora serio e frio não espelhava mais o desejo de me possuir apenas seus olhos permaneceram em chamas.
- não mudei de idéia, vamos apenas adiar esta noite para o final de semana – propuz, vi seu corpo relaxar suas mãos baguçando ainda mais os cabelos.
- estou queimando para ter você e quer que espere dois dias – falou exasperado – qual a diferença?
- temos que trabalhar amanhã bem cedo – minha mente um turbilhão de pensamentos fervia com as possibilidades de esperar ate sábado para te-lo para mim – também estou de carro e não quero ter que explicar para ninguém porque sai com você- quanto mais falava me sentia mais insegura sobre ter dito sim para essa proposta.
- somos adultos e solteiros Agnes não precisamos dar satisfações de nossos atos a ninguém – respondeu ele impaciente. Eu sabia que esses argumentos eram fracos para me convencer, teria de fazer melhor para que ele entendesse e esperasse.
- poderemos aproveitar melhor as horas – falei sincera, sabia que precisaria mais do que uma noite para aplacar o desejo que sentia por, senti a verdade de minhas palavras no momento em que elas saíram o peso delas, segurei seu olhar e deixei que a verdade de minhas palavras o atingisse – não sei se conseguiria vir trabalhar temo que terei dificuldades de me sentar depois que tivermos nossa noite. Falei corajosa e direta. Sua boca se abriu num “ o “ perfeito e o sorriso devasso iluminou seus olhos.
- isso eu posso assegurar – as mudanças de humor desse homem iam arruinar minha cabeça – certo, então no sábado busco você no seu apartamento almoçamos e aproveitamos o dia e não aceito mais nenhuma desculpa. Falou firme daquele jeito mandão que me deixava sem folego e molhada.
- boa noite então – respondi resignada, indo em direção ao meu carro quando suas mãos se fecharam em minha cintura colando seu peito em minhas costas.
- ainda podemos jantar hoje não estou pronto pra te deixar ir ainda – ele falou em meu ouvido pairando seus lábios naquele ponto tão sensível, puta que pariu eu ia morrer se ele continuasse com aquilo – minha condição para não passar a noite em minha cama e me deixar estar tão fundo na sua boceta que se lembraria por vários dias.
Aquela voz, aquelas promessas, me deixavam ainda mais quente. O sangue queimando nas veias, rebolei em sua ereção desavergonhada expondo mais meu pescoço a seu toque. Seu corpo retesou e se espremeu mais em mim fechando uma das mãos em meu pescoço e fazendo pressão me fazendo ofegar e gemer. Ser dominada por ele me excitava a níveis absurdos e insanos. Me inclinei mais aos seus toques deixando que percebesse que eu gostava. Minha puta interior estava aos pulos, louca de tanto tesão.
- Gosta disso – falou aumentando um pouco a pressão da mão reduzindo meu oxigênio, fiquei mais excitada ainda imaginei que seria capaz de gozar assim sentindo sua ereção roçar minha bunda e aquelas mãos enormes me dominando – é uma amostra do que te espera gostosa.
- por favor – consegui sussurar quando senti que se afastava de mim estava quase lá, implorei sem perceber envolvida pela nevoa do tesão que tomava meus sentidos – não pare agora, por favor. Ele ficou imóvel nas minhas costas as mãos ainda em mim mas sem exercer nenhuma força me colei mais em seu corpo desejando precisando mais do que tudo daquele alivio, a excitação molhando minhas coxas, meu sexo quente pulsando, cada musculo tenso implorando pela sensação que me libertaria daquele martírio.
- Caralho pequena não posso te ouvir implorar assim por um orgasmo – ele disse derrotado, como se todas suas forças fossem drenadas pelo meu pedido – não aqui, não desse jeito.
- por favor, eu preciso – sussurrei baixinho rebolado em sua ereção novamente – meu corpo não aguenta mais, estou tão excitada que sinto meus músculos contraídos que chega a doer. Confessei fechando os olhos, pensamentos incoerentes surgiam em minha mente deixando me desconfortável com as atitudes que estava tendo, empurrei os para o fundo deixando para dar atenção a eles depois, minha puta sorriu me incentivando. Eu me permitiria.
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Tentação Grega
ChickLitAgnes é uma publicitária que vive para seu gato e seu trabalho na agência Antares, trabalha para o perfeccionista Argos Mavros presidente da empresa lindo e cretino. Argos guarda um segredo que o obrigou a deixar sua terra,sua amada Grécia. Tudo ia...