Capítulo seis.

18 6 0
                                    



Taylor me fita, mas não diz nada, me pergunto o que passa por sua cabeça.

—Taylor? Você tá bem? —Ele me dá um sorriso falso. 

—Estou, meu bem.

E não dizemos mais nada.

Me assusto, Taylor está dormindo, máscaras de oxigênio caem sobre nossas cabeças e luzes vermelhas piscam por todo o avião, uma aeromoça atende uma senhora com problemas de respiração no corredor enquanto outra instrui todos os demais passageiros a apertar os cintos de segurança e segurarem-se em seus acentos flutuantes.

—Prezados passageiros, nesta situação de pouso forçado, instruímos que todos mantenham a calma... —Nos fundos do avião um bebê chora sem cessar. —A situação encontrará seu devido controle... —Duas mulheres grávidas desmaiam, pessoas gritam em desespero. —Pedimos que todos fiquem em seus devidos acentos e apertem os cintos de segurança... —O parafuso de uma poltrona voa, e enterra-se na parte de trás do crânio de um homem, provavelmente um paramédico que tenta ajudar um senhor, o homem cai na mesma hora, e os gritos de desespero aumentam. —S-s-suas poltr-r-ronas são flutuá-a-aveis, em caso de pouso na água. —O alto-falante pifa, e Taylor acorda.

—O QUE ESTÁ ACONTECENDO? —Ele pergunta desesperadamente, olhando ao redor.

—O AVIÃO ESTÁ CAINDO! —Grito para que ele possa escutar.

Ligo o celular e mando uma mensagem para Andy e Tyler.

Andy:

Se amanhã eu não estiver aqui para lhe dizer o quanto lhe amo, fique sabendo que mesmo assim, você é tudo para mim, meu começo e meu fim, minha caixinha de segredos, seja forte!

Tyler:

Eu te perdoou, meu pai, por não ter sido um pai, eu te amo!

No último décimo de segundo, tudo parece câmera lenta, a última frase que ouço e digo é: —Eu te amo.

Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora