Capítulo 19

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Remember:

Eu: E então, quantos anos tens?

Rachel: 16, faço 17 em novembro.

Eu: Eu tenho 17, fiz à poucos dias.

Rachel: Parabéns atrasados então! *sorri*

Eu: Hahah, obrigada.

Continuamos a falar, maioria de coisas alheias, eu contei-lhe porque é que tinha o braço partido, e ela parece ser muito boa amiga. Talvez seja uma nova amizade que se iniciou de uma forma no mínimo… mal, mas que agora dá indícios de se estar a encaminhar bem. Três vivas para moi! :D

Cap. 19

Quando chegamos ao hospital eu paguei ao taxista e dirigimo-nos à entrada. A recepcionista era a mesma que estava lá quando eu parti o braço, ou seja ontem. Fomos comunicar a situação da Rachel e ela disse para esperarmos um pouco e fez uma piada de como eu adorava o hospital, já que passara um dia desde que eu tinha estado lá. Sinto que passou mais tempo, tantas coisas já aconteceram neste curto espaço de tempo. Eu pedi para não demorarem muito pois a Rachel estava com muitas dores, e ela disse que não podia fazer nada para sermos já atendidas. Eu agradeci e fomo-nos sentar. Esperamos muito tempo mas menos do que eu esperei. 3 horas. Esse tempo deu para nós nos conhecermos melhor. Eu fiquei a saber que o tipo de música favorita dela era Pop, e gostava dos Union J, das Little Mix e do Ed Sheeran, em especial. Era popular na sua escola, e tinha um namorado chamado Adam Turner, que era da mesma idade que ela e andava na mesma escola que ela, mas não na mesma turma e que namoravam à 2 anos, e apenas uma vez tiveram problemas na relação. Não tinha uma melhor amiga, nem amiga pois, por o que ela disse, o comportamento dela não agrada às colegas de turma dela e à maioria das raparigas que ela conhece, então só tem melhores amigos rapazes. O Danny e o Ethan, que também são melhores amigos do Adam.

Eu contei-lhe tudo, bem tudo não, mas muitas coisas sobre mim e ela ficou a conhecer o meu passado e o meu presente e eu deixei-me ir um bocado a baixo a pensar naquilo e ela abraçou-me. Revelei-lhe os meus gostos musicais, que são muito idênticos aos dela, falei sobre os meninos e da Rhi. Apesar de só conhecer a Rhi à um dia, já me sentia muito chegada a ela. Como os amores à primeira vista, existem as amizades à primeira vista!

Ela não quis chamar os pais, para não os preocupar mas ligou à irmã mais velha dela, de 19 anos chamada Gabrielly, mas de acordo com a Rae, toda a gente lhe chamava Gaby. Ela chegou uma meia hora antes dela entrar e também era muito simpática e divertida.

Passadas as 3 horas que eu já mencionei, ela foi atendida e eu fiquei com a Gaby cá fora, e falamos bastante e ela era muito divertida, o que ajudava a aliviar o facto de que estávamos num hospital à espera da irmã dela. Passado uns 40 minutos da Rachel ter saído da nossa beira ela saiu do consultório com um gesso na perna e muletas nos braços. A Gaby avisou que ia buscar o carro para a frente do hospital para a Rachel não ter de andar muito.

Rachel: Afinal não era tornozelo torcido, é perna partida.

Eu: Desculpa Rachel, a sério.

Rachel: Rae. – ela corrige-me. – e não tem mal.

Eu: Claro que tem mal, agora não podes andar de skate durante uns tempos ou caminhar normalmente.

Rachel: Ei, mas assim não faço física e não tenho de ajudar a minha mãe a arrumar a casa. Melhor para mim! – nós rimos.

Eu: Mesmo assim desculpa de novo.

Eu acompanhei-a até à entrada e elas perguntaram-me se eu queria boleia e eu neguei, agradecendo. Antes de nos separarmos troquei o meu número com elas. Perguntaram-me de novo se eu não queria boleia e eu acenei negativamente, agradecendo mais uma vez. Elas arrancaram e eu fui até À rua para chamar um táxi e desta vez consegui entrar num passado 30 segundos de tentativas.

Everything Can Change - a rescreverOnde histórias criam vida. Descubra agora