Capítulo XI

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Luiz Fernando estava lá, lindo sentado em uma mesa mais reservada ao me ver levantou e caminhou em minha direção e sussurrou concedi-me essa dança, sendo que já possuía em seus braços. Começamos a dança ele a balbuciar doce palavras.

“Sabia que seus olhos negros dão mais alma, mais luz, do que todas essas tochas espalhadas nesse salão, que nesta noite seu olhar brilha mais que os raios solares. És a mais bela que os meus olhos já avistasse e a mais rara para meu coração, porque seus cabelos são fios de ouro negro e a cor do seu corpo parece um rubor de um belo amanhecer”! Amei tão súbita paixão que, se fora por mim amado e pudesse ser correspondido pediria para beija-la longamente.

Juro que seu modo encantador me desarmou e fiquei vulnerável aos seus encantos como nunca havia ficado e entregue-me ao nosso primeiro e tão aguardado beijo. Beijamos longamente. O doce resfolegar agitava ainda mais um louco desejo ter me nos seus braços. Aquele sorriso cheio de malicia, o encanto do seu perfume, sua pálpebra cerrada no meu olhar tornava-o mais feiticeiro do que nunca.

Quando a música parou, percebemos que estávamos feitos dois bobos no meio do salão saímos a rir da situação. Luiz Fernando disse que iria ao bar pegar algo para bebemos, porém segurei sua mão e disse: Precisamos conversar! Sério! Em outro lugar! Mas Fernando só dizia depois, depois, depois...

Fiquei na mesa a sua espera e parecia que o tempo não passava, senti algo estranho Luiz Fernando não voltará! Sim! Deixara-me ali, a sua espera e não retornará. Entendi que seu jogo de sedução havia sido completado! Que ódio estava a sentir! Como pude ser tão ingênua, tão infantil em acreditar em todas aquelas palavras e Mauro? Agora tudo estava nítido em minha mente eu não amava, sentia atraída por ele, porque essa era sua função seduzir e abandonar ,o que tinha com Mauro era verdadeiro juro que nunca me senti tão nada, tão objeto. Fernando fez-me sentir a pior mulher do mundo. Naquele momento um ódio irradiava todo meu ser.

Caminhei até o bar, sabia que não vendia bebida para menor de idade então procure alguém que me fornecesse algo bem forte para esquecer aqueles vão momentos. Não muito longe tinha mesa com uns italianos eu acho que estavam a beber tequila, tudo que eu queria, aproxime-me, sorri e quando vi já estava no sétimo copo não sentia mais nada a não ser Augusto me procurando e dizendo;

--- até que fim encontrei estava preocupado. Onde está Fernando?

--- Mais não queria responder, saí da cadeira cambaleando e pus-me a dançar com Augusto que dizia;

--- você estava bebendo? Louca! Não! Loucura deve ter feito Fernando com você, algo aprontou! E agora você não pode chegar em casa assim!

--- olhei para Augusto e dize você está muito chato...

Sair e fui dança com outro e outro e outro...

Até Augusto retira-me dali.

Ficamos sentados na praia e eu repetia cada palavra que Fernando tinha sibilado, Augusto compassivo tentava me consolar. Foi então que não aguentando mais, comecei a chorar e ao enxugar minhas lágrimas disse; “parece uma menina de sete anos que perdestes dos pais, não fique a chorar, estais tão linda! Quase não reconheci, uma linda mulher. ”

Não sei dizer o que senti, mas as emoções foram se misturando e novamente eu repeti:

-- já disse que você é meu anjo? Que eu te adoro!

--- Hoje não!!

E segurando seu rosto disse: eu te adoro e em um ato intempestivo beijamos!

Depois disso a minha mente tem alguns flashes, só lembro que acordamos na praia um do lado do outro abraçados. Sentia uma dor de cabeça horrível e sentia um gosto amargo na boca. Resolvi sair à francesa sem incomodá-lo, meus pensamentos estavam turvos e minha linha de raciocínio não era das melhores.

  

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