Ruína

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Tu chegaste sorrateira
Trazendo a paixão ligeira
E me fizeste edificar
Meu castelo sobre a areia
Mas o adeus em teu olhar
Fez a solidão soprar
Um vendaval para arrasar
E em plena mesa de jantar
Antes que servissem a ceia
Senti o teu sentir desmoronar
E o sonho-real virou poeira
Agora quero prantear
Cadê ombro?
Preciso ao menos me encontrar
Vou procurar nos escombros
A vida árdua se não matar, ensina
Vou ficar bem
Um novo dia vem
Hoje sou ruína.

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