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OBSD: Depois da última noite, deixarei de chamar Olivia de Olivia e a chamarei de Faith. Acabei de descobrir que tenho uma filha com esse nome e descrever meus momentos de amor com o nome da minha filha seria no mínimo... Estranho. E um crime.

Jake estava sentado em frente ao meu computador, mexendo e escrevendo algo. Ele digitava furioso, como se escrever aquilo fosse a resposta de tudo. Mas, por mais que ele aparentava estar ocupado, Jake tinha seus ouvidos apurados para me ouvir falando de Faith sem parar. 

Minha voz estava irritando até a mim mesmo, até Jake bater na minha escrivaninha com força, se virar para mim com um olhar decidido e dizer no mesmo tom firme: — Daniel, eu estou te escutando falar da Faith há dias. Eu já te disse o que fazer, mas se você não quer, então para de falar, merda! Acaba logo com essa escrotisse e vá ao aniversário dela! 

— Eu não tenho que parar com nada, ela que tem!

— Me dê um bom motivo para você não resolver isso. — Jake virou a cadeira e cruzou suas pernas, esperando uma resposta com um olhar debochado.

— Eu não quero me tornar escravo dela. — Ele revirou os olhos.

— Não há escravos no amor, caramba! Você diz que quer Faith, mas você quer fazê-la sua rival invés de amante. Vá pra merda vocês dois, seus c*...

OBSD: Jake passou alguns minutos citando alguns palavrões que eu achei melhor não mencionar. Então, vamos tentar adaptar isso e privar a boca suja dele.

—... bostas, ignorantes, que não entendem coisa alguma, trouxões. 

— Não fala assim da Olivia. — Reclamei. Apesar dos pesares, eu ainda era o idiota que queria ser o defensor. O problema é que eu ainda não havia percebido que Faith não precisava de um defensor.

— Olivia? — Jake parecia estar ficando cada vez mais indignado. — Que merda é Olivia? Por que você a chama de Olivia?

Franzi o cenho. — Nunca te contei essa história?

— Que história? Que você deu esse nome pra ela porque ela cheira bem? Espera aí, Daniel, você pode até ser criativo mas não é um gênio.

Revirei meus olhos com a ofensa mas me preparei para contar mais uma das minhas histórias loucas com Faith.

— Por que tudo tem que ser sempre tão complicado com você? Por que você não simplesmente pergunta? — Olhei para Faith furioso, que dirigia correndo pela as ruas de Portland sem nem olhar os alertas ou semáforos

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— Por que tudo tem que ser sempre tão complicado com você? Por que você não simplesmente pergunta? — Olhei para Faith furioso, que dirigia correndo pela as ruas de Portland sem nem olhar os alertas ou semáforos. Eu também não estava olhando, estava mais uma vez irritado com Faith. 

Faith estava animada com o aniversário dela, mesmo que estivesse há um mês de distância. Ela era uma garota ansiosa, então foi fuçar as coisas do pai procurando por um presente. A menina achou um bilhete amarelo com um ''F.'' e um endereço e por ser óbvio, ela achou que era seu presente. Mas, como Faith nunca entra em confusão sozinha (e nem eu deixava), ela foi me buscar na minha casa para me levar para a sua mais nova loucura, me tirando do momento calmaria. 

DEZESSEISOnde histórias criam vida. Descubra agora