CAPÍTULO 1
AUGUSTO FASTEN
"O dia amanheceu nublado, mas mesmo assim irei fazer uma corrida antes do dia tedioso de reuniões. E uma chuva fina começa a cair me desviando a entrar na loja de conveniências do Shopping
LEXI
Morar nessa pensão não é nada fácil. Estou tentando melhorar minha vida financeira e há um ano trabalho como Striper em algumas noites em um clube fechado. Durante o dia, em uma loja de conveniências de um posto de gasolina em um dos shopping mais elitizado de São Paulo. O dia está nublado e a brisa fria do ar balança meus cabelos fazendo aquela sensação de arrepio pelo frio. Abraço meu corpo com meus próprios braços e continuo a caminhada até meu trabalho que são dez quadras da pensão onde moro. Muitas noites não durmo pensando em voltar para a cidade onde nasci e cresci até a adolescência, mas odeio tudo aquilo que deixei para trás, e as lembranças me causam náuseas e no reflexo instantâneo puxo a manga do meu casaco de moleton para olhar as cicatrizes do meu pulso causadas por mim mesma na adolescência. Sentir dor física era uma anestesia para a minha dor emocional. Pouco falo com minha mãe conversamos raramente pelo telefone. A dores do passado estão visíveis nessas cicatrizes em meus próprios pulsos.
Acelero o passo, Sr. Clevelan , o dono da loja de conveniência me advertiu várias vezes sobre os meus atrasos e estou na corda bamba a ponto de perder meu emprego.
-bom dia, Lexi- ele me cumprimenta amistosamente
-bom dia Sr .cleveland- abro um meio sorriso contido passando direto para a sala dos fundos onde ficam os armários dos funcionários.
Meu uniforme é muito simples, apenas um avental preto com slogan da loja. O olhar do Sr. Clevelan segue os meus passos, se a Sra. Clevelan sonhasse que ele paquera as funcionárias da loja, ele perderia todos os restos de fios dos cabelos que lhe restam. Solto uma risadinha debochada para mim mesma enquanto coloco meu avental. Minhas primeiras tarefas do dia estão sempre penduradas no mural com as lista de afazeres da primeira hora. Hoje terei que registrar os códigos de barras nos livros e revistas, "nada mal para começar o dia, é um trabalho tranquilo e nesse tempo posso ficar em silêncio comigo mesmo conversando com meus monstrinhos".
Pego a máquina de registrar os códigos e me direciono para as prateleiras. Decido registrar primeiro os livros e deixarei as revistas que ficam na prateleira oposta, para depois. O barulho do sino, sinaliza que algum cliente entrou na loja. Pelo vídeo da câmera dos fundos, observo uma mãe, e três meninos saindo em disparada pela loja a dentro. Fico refletindo, "como uma mulher consegue ser escrava da maternidade".
Algumas pessoas desviam seus olhares para a cena quase bizarra dessa mãe tentando agarrar os filhos pelo capuz de seus casacos. Eu solto uma leve risada debochada e continuo com o "tac tac" da máquina de registrar mas percebo que alguém se aproximou na prateleira oposta onde estão as revistas, mas não me interesso, e continuo com minha tarefa. A minha paz laboral dura muito pouco e se esvazia em dois minutos quando percebo, o primeiro, o segundo e o terceiro menino passando em disparada pelo meu corredor. O terceiro menino dá uma cotovelada na minha nádegas e ouço a mãe em disparada chamando pelo filhos e pedindo desculpas para todos abriram espaço para ela passar. "Saco"...o menino maior fez aquilo de propósito, deve ter puxado as revistas das mãos do cliente e várias revistas caíram ao chão".
No outro segundo, automaticamente me ajoelho frente ao cliente, e começo a juntar as revistas ligeiramente. Percebo pelos tênis que calça, que é um cliente masculino. Aos poucos meus olhos subiram para suas torneadas pernas, "Nossa... ele está um usando uma calça de moleton cinza quase grudada no corpo deixando visível suas coxas grossas". Subo meus olhos e me deparo com aquela saliência em sua virilha, "uauuu". Tento ocultar minha admiração. Subo mais um pouco o olhar e percebi um quadril estreito com um tórax delineado como um esportista. Ele está vestindo um casaco de moleton azul marinho com o fecho aberto até a altura do tórax..."e que tórax". Percebo agora a sua boca, que está numa linha quase reta com um lábio tentador e então os meus olhos encontram os dele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Toques de Aço - Porque eu disse sim
Ficción GeneralMeu nome é Lexi, e minha história aconteceu na capital, em São Paulo. Hoje me vejo dentro de um livro de ficção, como a Leila do filme 50 tons mais escuros, a história que nunca contaram. Mas minha história é diferente de todas as histórias. "E...