LEXI
As onze horas em ponto estava à frente da pensão um Audi preto. Um motorista de terno se apresentou como Hajar e abria a porta do carro para mim. Acomodei-me naquele carro confortável, nunca tinha andando em um carro de luxo. Escolhi um vestido de cetim azul marinho até os joelhos de uma manga , sapatos pretos de bico fino salto 4, brincos e uma leve maquiagem. Minha bolsa não parecia as das melhores mas só tinha essa bolsa marrom de alça, aceitável para um encontro não tão casual. Hajar estacionou em frente ao restaurante Beligne, e abria a porta para eu sair, sendo muito educado e gentil. Percebia-me em outro mundo, "o que significa tudo isso?". O maitre se apresentou perguntando se eu tinha reservas
-na realidade vim me encontrar com Anita- digo quase em sussurros me achando muito pequena para aquele ambiente sofisticado de requinte e nível social muito distante do meu
-sim!, você deve ser a Srta. Lexi, Anita lhe aguarda na área reservada- eu apenas franzo o cenho achando tudo muito enigmático olhando de soslaio para todos os lados
Quando entrei na sala, ela está sozinha sentada junto à mesa, e eu me impressiono com sua beleza tão radiante na maturidade. É uma mulher elegante, com requinte de uma dama. Uma Afrodescedente com os cabelos ruivos, muito atraente, devendo ter uns cincoenta anos. Fico corada pela minha simplicidade e me sentindo sem graça nenhuma
-Hei, - ela acena soltando um sorriso amistoso- se aproxime, por favor
Ela estica o braço em um aperto de mão e eu a cumprimento me sentindo muito tímida, sem jeito nenhum, "não sei o que estou fazendo aqui, devo estar realmente fora da casinha". Sigo os passos dela me acomodando na cadeira.
-um vinho? - pergunta tentando ser simpática e seus olhos eram um raio X em mim
-sim, claro, pode ser!- me sentia totalmente sem jeito perto dela por ser tão sofisticada e bebo um gole enorme do vinho
-bem, Lexi... vamos direto ao assunto, na realidade um homem inegável, tentador e interessante, amigo meu de muitos anos, está interessado em você- quase cuspia todo o vinho para fora da minha boca com o engasgo que senti
Anita percebe que meus olhos denotam incredibilidade enquanto eu franzia o cenho chocada
-ele quer fazer uma proposta por meio de um contrato - eu aperto os olhos ficando visivelmente pálida
-proposta por meio de um contrato?- "tá de brincadeira comigo" e Hanna surge automaticamente em minha mente
-Primeiro terás que assinar agora um termo de confidencialidade, e depois poderemos nos aprofundar no assunto, lhe esclarecerei todas as suas dúvidas
Ela arrasta a folha e uma caneta na minha direção e pouso a mão em cima do papel. Hanna ascendia forte em meu pensamento, "eu não sei até quanto tempo poderei ficar nessa vida Lexi" e decidi assinar o termo de confidencialidade com o pouco raciocínio lógico que eu tinha, arrastando o termo de volta para ela. Eu teria prometido e jurado por qualquer coisa nesse momento que assinei apenas pela curiosidade que martelava em mim
-Meu amigo é uma pessoa que não vive romances, precisamos esclarecer esse primeiro ponto
-há... é! - falei ironizando não demonstrando nenhuma expressão facial
-Seu mundo é resumido no trabalho, esse é seu primeiro potencial, para você ter ideia, ele está no exterior envolvido com uma transação de navios cargueiros, entende o potencial do meu amigo?
-definitivamente não! - lhe dou um sorriso estranho de ironia
-digamos, que ele é um maníaco por controle! - seu tom de voz tinha uma entonação de confiança
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Toques de Aço - Porque eu disse sim
Fiksi UmumMeu nome é Lexi, e minha história aconteceu na capital, em São Paulo. Hoje me vejo dentro de um livro de ficção, como a Leila do filme 50 tons mais escuros, a história que nunca contaram. Mas minha história é diferente de todas as histórias. "E...