Capítulo 7 - Sangue de Steven

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Lá estava eu. Duas dá madrugada andando no meio dá rua deserta dá minha vizinhança.

Tremendo de medo e suando frio sem saber o que esperar dessa visita.

Nem ao menos sei se Steven está com ele de verdade ou se posso confiar no Desconhecido... A reposta óbvia seria não, mas estou desesperada.

Assim que vi a mensagem na lousa tive outro ataque, mas quando acordei na sala de aula, por mais que estivessem todos em volta de mim, meus colegas e o professor André, a única coisa que eu dei atenção foi a lousa apagada sem nenhuma indicação de ter existido rastro de uma ameaça de morte.

Já falhei com Fantine uma vez, não vou de novo revelando isso fazendo com que ela perca vida, por mais que ela esteja internada e em coma num hospital.

Logo estou de frente com o prédio dá escola. Intocado, assim como mais cedo quando estava estudando.

Abro o portão e fico supresa notando que não está trancado. Deve ser coisa do Desconhecido.

Quando dentro me assusto ao pisar em uma poça de algo molhado na grama do jardim.

Tiro o pé rapidamente e me agacho para ver o que é. Chego mais perto e aquele cheiro metálico invade meu nariz.

Sangue.

Coloco a mão na boca horrorizada e lágrimas começam a escorrer quentes pelo meu rosto.

Que não sejam de Steven.

Sigo o rastro de sangue do jardim que termina numa árvore.

Mordo os lábios e dou a volta na árvore, lugar mais cheio de sangue daqui e solto um grito quando chego no final.

É Steven, e Steven... Steven...

Steven não está vivo.

Noto que algo brilha em sua mão, vejo que é meu celular. O pego chorando alto e soluçando agonizantemente. Uso a câmera do celular para iluminar o rosto de Steven e meu coração aperta ainda mais quando o vejo de olhos abertos olhando o nada sem um pingo de vida ali.

Sinto falta de ar, tudo fica mal.

Oh, não.

Isso só acontecia com Fantine.

Não consigo raciocinar direito... Tudo é turvo.

Caio na grama com o celular ao meu lado que começa a tocar alguma música de Skrillex que nem ao menos consigo identificar devido a tontura.

Meus olhos batem contra a tela do celular que vejo chegar mais uma mensagem de Desconhecido.

E antes de desmontar por completo consigo ler:

Um idiota que um dia você vai amar.

DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora