CAPÍTULO OITO

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Aquele era um lado do Guto que eu não conhecia. Me olhava com um brilho diferente nos olhos castanhos, na boca tinha um sorriso provocador e estupidamente sexual.

Ele abocanhou minha ereção e o contato úmido e quente me fez gemer rouco, deliciado com a sensação da língua viscosa se movendo e me provocando. Os movimentos de vai e vem fizeram minha respiração ficar pesada, Guto pegou minhas bolas na mão e foi massageando e puxando de leve, por algum tempo, eu retesava meu corpo, sem poder fazer nada além de morder meus lábios. Em algum momento ele abandonou minha ereção e lambeu minhas bolas antes de colocar as duas na boca de uma vez, mas o espaço ali era pequeno para acomoda-las e volta e meia uma delas quase lhe escapava, sugando-a de volta com pressão suave enquanto brincava com a língua nelas e me masturbava. Eu estava enlouquecendo.

Eu era um perfeito amador perto dele e não sei como conseguiu quase gozar quando eu fiz aquela droga de oral nele.

Ignorando meus pensamentos Guto voltou a cobrir minha ereção com a boca, mas foi descendo cada vez mais a cabeça, forçando e forçando, até fazer o que eu não consegui quando chupei ele. Quando o seu nariz tocou no meus pelos, eu ofeguei e para completar meu delicioso tormento fez o movimento de engolir, me estimulando de um jeito delirante, incapaz de me conter eu gemi alto. Era uma sensação única. Ele recuou a cabeça, liberando sua garganta certamente em busca de ar, mas voltou a fazer a mesma coisa, repetidas vezes.

— Ooh... GUTO...

Ele simplesmente buscou minha mão, que eu respeitosamente mantinha no lençol, guiou até seus cabelos, como se indicasse que não tinha problema. Segurei ali e senti ele mover os músculos novamente, "engolindo" e outro gemido rouco brotou dos meus lábios, puxei um pouco seu cabelo. Ele acelerou o ritmo e olhou para cima, olhou para mim com seus olhos lascivos cheios de lágrimas, então colocou as mãos nas minhas coxas e eu aceitei seu convite. Com a mão na sua cabeça ditei o ritmo, atingindo o mais profundo da sua garganta repetidas vezes, eu estava literalmente fodendo a boca do Guto, a sensação era incrível. Eu mal podia acreditar nisso, porque nunca gostei de forçar ninguém a nada.

Interrompi o ato antes que atingisse o meu limite. Nós dois estávamos, ofegantes com corpo febril. Guto veio até mim e me fez sentir meu gostou na sua boca, num beijo carregado de desejo e sem qualquer sombra de nervosismo o agarrei, me aproveitei daquela boca, com o mesmo desespero de quem não transava há meses.

Meus receios estavam caindo por terra, derrotados por aquele fogo que corria nas minhas veias. Eu o apertei com força nos braços, apalpei seu corpo de forma a deixar a marca dos dedos na pele, como já havia percebido que ele gostava. Completamente tomado pelas sensações delirantes que me invadiram momentos antes, fechei minha mão na sua ereção latejante e ele tremeu todos.

De repente senti ele se esticar e o soltei para que pudesse se mover melhor. Ele pegou alguma coisa no cantinho da cama, algo que esteve embaixo do travesseiro o tempo todo. O vi sentar em cima de mim e abrir aquele tubo, era comprido, como creme dental, levei alguns segundos para entender que era lubrificante. Nunca tinha visto um tubo desses antes, mas era a única conclusão lógica. Uma pontadinha de nervosismo me atingiu, Guto era estupidamente imprevisível, até aquele momento havíamos nos atracado um ao outro sem falar muito sobre o que viria seguir.

— Olha para mim —  obedeci, encontrei seus olhos cheios de desejo —  não quero que feche os olhos, quero que olhe para mim, que me veja o tempo todo...

Minha expressão interrogativa foi o suficiente para ele continuar.

— Vamos descobrir se você tem mesmo tesão em mim... —  falou com um sorriso malicioso sem tirar os olhos dos meus.

Só fui compreender o que estava acontecendo quando Guto deslizou mais para baixo, ficou sobre minhas coxas, ergueu um pouco o corpo e levou os dois dedos melados em lubrificante a própria bunda. Meu corpo se retesou e o sorriso dele se alargou com a minha reação. Ele foi afundando os dedos, com os olhos fechados e a boca um pouco aberta, meio sentado em cima de mim.

Amigos - Um Romance ClichêOnde histórias criam vida. Descubra agora