Opto por não ir jantar hoje, novamente, alegando indisposição. Desde quando havia beijado Andreis evitava todos os lugares com a sua presença.
Troco os luxuosos vestidos por uma roupa mais confortável. Quando alguém bate a porta. Deve ser Paola com minha janta.
Abro as portas e sou pega de surpresa.
- O que você está fazendo aqui? - Sussurro, um turbilhão de sentimentos me invade imediatamente.
- Vim ver como vai você. - Ele confessa.
- Eu estou bem, agora que você já sabe pode ir embora - Tento bater a porta porém ele detém pondo o pé no caminho.
- Precisamos conversar sobre...
- Não precisamos. Simplesmente foi um momento de fraqueza e... tristeza - Confesso - Fragilidade. Pela morte da minha mãe.
Ele hesita.
- Posso entrar.
- Não acho uma boa idéia - Abro a porta mesmo assim. - Daqui a um mês estarei visitando meu futuro noiva.
- Eu sei... Estou escalado para uma missão diplomática...
Era tão estranho ve-lo com roupas normais, um garoto plebeu da periferia. Nada pior para uma princesa futura noiva se apaixonar. Haviam milhões de barreiras impedindo de ser consumado essa paixão.
- Eu perdi minha mãe também - Ele se senta no lado oposto do qual estou. - Meu pai e meus irmão mais velho.
- Lamento por você - Minhas palavras soam distantes e vazias de significado. Sei o que ele estava tentando fazer.
- Para com isso.
- Parar com o que? - Cruzo os braços indignada com seu tom. Espero que ele não se esqueça com quem ele está falando.
Ele atravessa o quarto em menos de cinco passos parando na minha frente.
- Você pode chorar Dafina - É a primeira vez cujo ouvia ele dizer o meu nome, pouco a pouco meu escudo começa a se romper.
- Não. A Rainha quebrou a lei e pagou...
- Ela é sua mãe. Não finja que não sinte nada - Ele brada.
Ele me abraça contra a minha vontade, tento em vão afasta-lo, empurrar, seus braços ao meu redor são como correntes de aço, bato com força em seu peito.
- Está tudo bem. Você está segura.
Rompo aos prantos. Meus joelhos cedem ao peso do meu corpo. Percebo então em nenhum momento parei para chorar pela morte de minha mãe, soluço. Andreis me aperta mais.
(Palavras 362)
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O Conselheiro Do Rei
Short StorySinopse: Edward Irving um rei poderoso, ciumento e controlador com todos e tudo a principalmente com sua única filha Dafina, ele fará de tudo para manter a filha sobre o cabresto de ferro, incluindo lhe arranjar um casamento contra a sua vontade.