VII

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Não acho uma boa idéia.

Luto contra toda a racionalidade e com ajuda dos meus servos leais chego até o lugar do encontro. Andreis se encontra totalmente descansado com uma bermuda e blusa, carregando uma cesta de piquenique.

Troquei meus habituais vestidos pomposos por uma vestimenta mais adequada.

- Nossa você quase está normal - Ele me elogia.

- Temos de andar muito - Ele me avisa. Ótimo.

Durante nossa jornada até o famoso lago de Andreis ele conta um pouco da sua família. Como todos eles morreram numa queda da mina, meu coração aperta, ele foi enviado para um orfanato e logo adotado por uma família de classe mediana da qual deu uma oportunidade muito grande a ele de agora está na frente da República.

Não me sinto disposta a contar a minha história. Já bastava os olhares de pena dos servos do castelo, não queria mais um acrescentado na lista.

- Já chegamos?

- Você perguntou isso a cinco minutos atrás...

- Cinco minutos é muito tempo.

Arranco uma gargalhada dele.

Paramos enfrente a uma enorme poça de lama.

- Vamos dá a volta?

- Não - Anuncia ele - Vamos atravessar. Acho melhor você retirar os sapatos.

Emito uma risada gutural.

- Já estou indo.

- Só tem esse jeito de chegarmos lá rápido e não subirmos mais nenhuma cerra.

- Me recuso a pisar meus pés nessa lama. Pode ter bicho aí dentro.

- Você tem uma idéia melhor então? - Ele põe as mãos nas cintura me desafiando, de repente uma lâmpada se acende.

- Sim. Você vai me carregar até o outro lado.

Ele revira os olhos.

Ele se abaixa e subo em suas costas, seguro a cesta com nossos sapatos e avança escorregando no lamaçal.

- Apreciando o passei vossa majestade?

- Sim a visão daqui de cima é muito boa - Admito. - Que bom que você está sempre disposto a servir seu país. Eu estava mesmo cansada de andar.

- Uma pena. Porque o burro de área já chegou ao seu destino.

Desço de suas costas e avanços até o cais.

Ele coloca os pés sujos na água.

- Já sabe quando vai se casar? - Ele encara a água esverdeada.

- Sim. - Admito.

- Porque?

- Isso foi acertado a muito tempo. Esses são os preços de ser uma princesa. Mas não quero falar sobre isso agora.

- Vem cá - Chama ele. Apontando ao seu lado. - Tenho de lhe contar uma coisa. - Seu semblante sério me assusta um pouco - Você é totalmente diferente do que me contaram e de certa forma do eu imaginava também.

- Isso é bom? - Questiono.

- Sim... eu... eu...

- Essa é a primeira vez que eu confio de verdade em alguém - Desabafo - Eu estou apaixonada por você Andreis... e eu não sei qual será o nosso fim. Contudo eu não quero que...

Seus lábios me calam, seus dedos acariciam minhas bochechas.

- Não vamos nos preocupar agora. - Ele sussurra entre meus lábios - Eu não quero estragar isso que temos e o pouco tempo que nos resta.

Ele apóia a mão em minha coxa entrelaçando nossos dedos.

- Coloca o pé na água - Pede ele.

- Não. Está fria - Resmungo com as penas erguidas acima da superfície.

- Fresca.

- Não sou fresca... só que estou a acostumada em tomar banho com água limpa e quente.

Ele se dá por vencido. Se levantando.

- Vai querer comer o que?

Antes mesmo de conseguir sou empurrada na água. A sensação é refrescante, como vingança finjo estar me afogando. Sinto seus braços me içar.

- Pensei que você sabia nadar - Ele retira as mechas do meu cabelo da frente do meu rosto.

- Bom... eu sei nadar - Envolvo seu pescoço com meus braços - Mas foi uma boa vingança.

Ele suspira aliviado. O beijo sorridente.

Congela essa cena. E que eu possa revive-la um milhão de vezes.

(611 palavras)

O Conselheiro Do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora