Não acho uma boa idéia.
Luto contra toda a racionalidade e com ajuda dos meus servos leais chego até o lugar do encontro. Andreis se encontra totalmente descansado com uma bermuda e blusa, carregando uma cesta de piquenique.
Troquei meus habituais vestidos pomposos por uma vestimenta mais adequada.
- Nossa você quase está normal - Ele me elogia.
- Temos de andar muito - Ele me avisa. Ótimo.
Durante nossa jornada até o famoso lago de Andreis ele conta um pouco da sua família. Como todos eles morreram numa queda da mina, meu coração aperta, ele foi enviado para um orfanato e logo adotado por uma família de classe mediana da qual deu uma oportunidade muito grande a ele de agora está na frente da República.
Não me sinto disposta a contar a minha história. Já bastava os olhares de pena dos servos do castelo, não queria mais um acrescentado na lista.
- Já chegamos?
- Você perguntou isso a cinco minutos atrás...
- Cinco minutos é muito tempo.
Arranco uma gargalhada dele.
Paramos enfrente a uma enorme poça de lama.
- Vamos dá a volta?
- Não - Anuncia ele - Vamos atravessar. Acho melhor você retirar os sapatos.
Emito uma risada gutural.
- Já estou indo.
- Só tem esse jeito de chegarmos lá rápido e não subirmos mais nenhuma cerra.
- Me recuso a pisar meus pés nessa lama. Pode ter bicho aí dentro.
- Você tem uma idéia melhor então? - Ele põe as mãos nas cintura me desafiando, de repente uma lâmpada se acende.
- Sim. Você vai me carregar até o outro lado.
Ele revira os olhos.
Ele se abaixa e subo em suas costas, seguro a cesta com nossos sapatos e avança escorregando no lamaçal.
- Apreciando o passei vossa majestade?
- Sim a visão daqui de cima é muito boa - Admito. - Que bom que você está sempre disposto a servir seu país. Eu estava mesmo cansada de andar.
- Uma pena. Porque o burro de área já chegou ao seu destino.
Desço de suas costas e avanços até o cais.
Ele coloca os pés sujos na água.
- Já sabe quando vai se casar? - Ele encara a água esverdeada.
- Sim. - Admito.
- Porque?
- Isso foi acertado a muito tempo. Esses são os preços de ser uma princesa. Mas não quero falar sobre isso agora.
- Vem cá - Chama ele. Apontando ao seu lado. - Tenho de lhe contar uma coisa. - Seu semblante sério me assusta um pouco - Você é totalmente diferente do que me contaram e de certa forma do eu imaginava também.
- Isso é bom? - Questiono.
- Sim... eu... eu...
- Essa é a primeira vez que eu confio de verdade em alguém - Desabafo - Eu estou apaixonada por você Andreis... e eu não sei qual será o nosso fim. Contudo eu não quero que...
Seus lábios me calam, seus dedos acariciam minhas bochechas.
- Não vamos nos preocupar agora. - Ele sussurra entre meus lábios - Eu não quero estragar isso que temos e o pouco tempo que nos resta.
Ele apóia a mão em minha coxa entrelaçando nossos dedos.
- Coloca o pé na água - Pede ele.
- Não. Está fria - Resmungo com as penas erguidas acima da superfície.
- Fresca.
- Não sou fresca... só que estou a acostumada em tomar banho com água limpa e quente.
Ele se dá por vencido. Se levantando.
- Vai querer comer o que?
Antes mesmo de conseguir sou empurrada na água. A sensação é refrescante, como vingança finjo estar me afogando. Sinto seus braços me içar.
- Pensei que você sabia nadar - Ele retira as mechas do meu cabelo da frente do meu rosto.
- Bom... eu sei nadar - Envolvo seu pescoço com meus braços - Mas foi uma boa vingança.
Ele suspira aliviado. O beijo sorridente.
Congela essa cena. E que eu possa revive-la um milhão de vezes.
(611 palavras)
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O Conselheiro Do Rei
Short StorySinopse: Edward Irving um rei poderoso, ciumento e controlador com todos e tudo a principalmente com sua única filha Dafina, ele fará de tudo para manter a filha sobre o cabresto de ferro, incluindo lhe arranjar um casamento contra a sua vontade.