IX

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Outra.

Outra.

Mais uma.

Meu estômago embrulha.

Não sei quantas eu já bebi. Só sei que nada sei.

Quando me dou por mim. Estou sendo acompanhada por guardas até o aposentos do rei.

- Ela está bem? - Escuto o rei interrogar os guardas.

- Sim. Só está bêbada. - Responde a mulher, aquela a qual tramava a minha morte. Não tenho forças se quer para cuspir em sua cara, se não o faria. Sei o que está prestes a acontecer...

Ela me deixa a sós com meu pai.

A porta bate.

- Não - Peço.

- Você me desobedeceu... Dafina.

- Eu estou cansada de tudo isso - Resmungo me arrastando pelo chão para longe daquele monstro.

Todos estavam correndo desesperado de um lado para o outro, eu não aguento mais correr o suor escorre pelas minhas costas ardendo minhas recentes feridas. Meu esquadrão de soldados ficaram para atrasar o inimigo.  E logo me bato com Andreis.

- Você está bem - Ele parece aliviado com isso. - Vamos, eu tenho um lugar seguro.

Ele me guia através de caminhos ocultos das paredes até chegarmos a sua oficina.

- Tire meu vestido - Imploro apoiada sobre a mesa. - Agora.

Ele pega sua faça e rasga do pescoço até o cox.

- O que...

- Precisamos sair daqui - Anúncio. Andreis apanha meu pulso. E seus olhos emitem dor e fúria.

- Quem fez isso?

- Não é da sua conta.

- Quem fez isso! - Exclama ele indicando as aberturas de chicotes em minhas costas. Elas são recentes e por isso não consegui suportar.

- Não é da sua conta.

- Por que...

- Não é só você que tem segredos.
- Espere - Ele segura meu ombro - O que você está dizendo?

- Não me toque - Retiro sua mão de meu ombro. - Você planejava me matar - Estouro, seus olhos analisam o chão, cabisbaixo.

- Olha. Isso foi logo quando entrei aqui queria fazer seu pai sofrer como ele me fez sofrer... porém eu te conheci melhor.  Eu me apaixonei por você.  E por isso estou determinado a ficarmos juntos.

- Eu não confio mais em você.  Andreis - A muralha do castelo é bombardeada. Sinto o tremor percorrer pelos meus nervos.

- Vamos fugir para longe de tudo isso.

- Eu vou me casar. E você vai governar o reino ao lado do meu pai. Nada nem ninguém pode mudar isso...

- Podemos. Agora - Ele observa ao nosso redor - Quer dizer que oportunidade melhor teríamos?

- Andreis - Me permito tocar seu novo traje de primeiro Conselheiro,  lhe coube bem essas roupas.

- Eu te amo - Ele me acaricia com as mãos delicadas.

- Eu não - Minhas palavras são duras e afiadas. Todavia não podia permitir que meu pai o matasse.

Ele tinha um futuro promissor, eu não iria impedir o seu destino.

- Seu...

- Meu pai não tem nada haver com a minha decisão.

- Então porque?

- É o certo.


- Quem disse o que é o certo ou errado - Questiona ele - Podemos...

- Para... - Lágrimas rolam do meu rosto.

- Você não quer isso. - Implora Andreis.

- Não coloque palavras em minha boca.

- Então... me diga de uma vez. O que você quer? - Súplica.

- Distância de você Andreis. Guardas reais invade o recinto.

- Princesa Dafina.  Me acompanhe - Pedem.

- Adeus... Andreis. - Me despeço.

(513 palavras)

O Conselheiro Do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora