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Me encaro no espelho redondo do meu quarto.  Hoje seria o último dia naquele lugar. Me sinto feliz, não era exatamente o sentimento do qual eu estava esperando, sendo que desde sempre detestei o fato de ser prometida. Hoje seria minha mais satisfação me encontrar longe se tudo aquilo.

Longe do rei, longe das lembranças ruins, longe de Andreis.

As portas se abrem. E Andreis passa por elas, seus olhos com profundas olheiras delata seu estresse e preocupação, noites mal dormidas e uma tremenda tristeza.

- Você tem certeza?

- Tenho - Minhas emoções ainda estão um pouco fora de controle.  Contudo me mantenho firme em manter Andreis vivo.

- Fuja comigo - Pede ele mais uma vez.

Não.

- Não posso.

- Sim... Você pode.  Você está  feliz?

Não respondo. Andreis me beija, eu retribuo. Eu o amo afinal de contas. Podemos não estas tarde juntos agora, todavia creio que o futuro reservava algum para nós.
Logo em seguida somos abordados pelos guardas do rei. Na companhia da vossa majestade.

- Ótimo. Ótimo. Isso me poupa todo o trabalho.

- Guardas prendam Andreis por traição. - O rei indica Andreis e atrás do rei uma figura minúscula e velha resplandecia nas vestes de conselheiro. - Temos algumas informações de que o senhor deu estratégias para os nossos inimigos nos a tratarem tivemos muita sorte de termos uma engenhosa Conselheira. - Pode botar fé, aquela mulher era engenhosa e sabia usar uns contra o outro para atender seus próprios interesses.

- Levem para guilhotina.

- Não - Me coloco no caminho. - Não foi ele - Urro.  Os guardas param aguardando ordens.

- Você está constatando uma ordem direta? - O rei surgi como uma imagem omnipotente.

- Deixe-me cumprir o meu destino - Andreis caminha voluntariamente junto com os guardas.

Antes o sangue seco na praça. Uma cabeça empalhada na estaca.  Tudo recomeça. Dessa vez o povo clama por justiça. Sangue. Eles desconhecem a verdade dos fatos.  Eles não conheciam Andreis da forma da qual eu conhecia e agora. Eles estavam lhe condenando a morte.

Naquele momento para mim tudo passa em câmera lenta. A lâmina descendo.  A cabeça de Andreis decepada. O sangue escorrendo.  Não me movo.  A praça se esvazia e ali estava eu aguardando... mudar tudo.

Porém nada aconteceu.

(363 Palavras)

O Conselheiro Do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora