VIII

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Sou convocada até os aposentos do rei. Só havia um motivo.

- Dafina... Estou ouvindo boatos sobre o seu envolvimento com um dos membros do conselho isso seria veracidade? - Pergunta ele direto ao ponto.

Não respondo. Cravo as unhas na palma da mão.

- Vou constatar seu silêncio como um sim - Ele bufa me encarando por cima dos óculos - Termine isso. Você não pode se envolver com outro homem a não ser o seu futuro noivo.

- Sim, senhor.

- Ele será eleito como meu futuro primeiro conselheiro. Não quero mais escândalos. Se eu souber que você ainda continua com esse rapaz vou providenciar a execução dele. Como a da sua mãe. Ele seria uma perda lamentável - Edward se volta para as folhas.

- Hoje a noite no baile - Concordo.

Andreis me tira para dança é a sua vez. Como uma estátua me torno gélida e fria. Nem seu sorriso é capaz de me derreter agora.

- Precisamos conversar. - Aviso. Ele franze o cenho. Me afasto dele e deixo discretamente a festa.  Ele deve estar me observando.

Escuto passos atras de mim.

Paro no corredor iluminado pela luz da lua. Todos estão no salão de festa esse é o momento perfeito.

Ele para em minha frente sorridente.

- Meus parabéns pela promoção.

- Eu sabia que ia conseguir - Ele se gaba. Se não estivesse numa saia justa seria até engraçado ele nota minha indiferença - Você está bem?

Ele tenta me tocar porém me desvio.

- Eu preciso lhe fazer um pedido.

- Sim. Claro - Ele finge não estar incomodado.

- Esqueça tudo que vivemos. Isso não pode continuar acontecendo.
- Espere... Você quer terminar?

- Não.  Não se pode terminar algum que nunca começou - Isso o faz soltar uma risada amarga.

- Você consegue esquecer tudo em que vivemos? Você consegue simplesmente... Se o problema é seu pai descobrir podemos fugir.

- Você sabia desde o início. Nunca daríamos certo junto, eu pertenço a realeza e você é um mero plebeu. Adeus... Andreis - Beijo seu pescoço num sinal de despedida. Ele simplesmente continuou estático.

Volto para a festa e anúncio a meu pai num sussurro.

- Não se preocupe mais. Já cumprir a ordem.

- Ele esboça um sorriso satisfeito.

- Muito bem.

Naquela noite não consigo dormir e as palavras de Andreis ecoam em sua cabeça.

Fugir. Fugir. Fugir. Fugir. Essa é a solução de todos os nossos problemas. Com a roupa do corpo, corro até sua oficina. Sinto que ele deve estar lá.

Subo escadas silenciosamente.  Andreis não está sozinho. Um sentimento novo me domina, medo de ser substituída e ciumes... continuo escondida escutando a conversa.

- Como assim ela terminou tudo? - Uma voz feminina pergunta.

- Sim. Ela terminou comigo.

- Você deveria ter aproveitado a oportunidade quando apareceu para mata-la.

Prendo o ar.

- Ela não é a culpada. - Suspira Andreis.

- Você está certo. Mas o pai dela merece. E você teve a chance de mata-la como sempre quis e desperdiçou - A mulher bate na mesa.

- Faça silêncio Buthe - Pede Andreis calmo demais - Dessa forma vai acabar alertando os guardas. - Ele faz uma breve pausa - além do mais... Você mentiu para mim.

- Garoto, eu queria lhe motivar para a sua vingança.

Então minha intuição estava certa afinal de contas. Agora acabei com um coração partido por desprezar a razão.

(533 palavras)

O Conselheiro Do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora