Expresso para viagem

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O Dylan olhou para o Barker sem entender, fiquei irritado quando ele se aproximou.

- Barker sai daqui - ordenei.

- Olha só quem está virando rebelde.

Dylan pegou um pote de sorvete que estava jogado por ai é jogou no Barker, não acredito que ele fez isso.

- Seu babaca - O Barker olhou sua camisa suja.

Peguei a mão do Dylan e comecei a correr.

- Não acredito que você fez isso - falei com ele enquanto passávamos pelas pessoas.

- É eu sou mesmo louco - ele respondeu.

Saímos do shopping e pegamos um ônibus de volta pra casa. Ficamos conversando besteira o caminho todo. Quando estávamos chegando fui acertado por algo, o Dylan estava caído, o Barker estava lá e com companhia, um deles me segurou.

- Achou que ia ficar barato ? - o Barker falou - a minha vingança não demora tanto.

- Seu idiota - O Dylan ficou de joelhos, um dos amigos do Barker deu uma joelhada nele.

- Já contou a ele Chris ?

- Deixa ele fora disso - acertei uma cotovelada no amigo do Barker, levantei o Dylan que estava com o nariz sangrando. Dei um chute no Barker e ele caiu em uma vala - fica ai que é seu lugar.

Ajudei o Dylan a andar, a noite uivava. Cheguei em casa, dexei ele em uma cadeira e fui pegar o kit de primeiros socorros, além de seu nariz sangrando estava com seu rosto ralado.

- Vai doer um pouco - passei álcool em um pano e com cuidado fui colocando o pano no lugar, o Dylan se mexia um pouco.

- Sabe, eu nunca me arrisquei tanto por uma pessoa. - ele disse de cabeça baixa.

- Como assim ?

- Você é o único que me fez ficar desse jeito - peguei o algodão e coloquei no seu nariz pra estancar o sangue.

- Só quero que entenda uma coisa, tem coisas que me arrependo muito de ter feito, mas isso não importa - coloquei a mão em seu ombro, ele encostou sua cabeça no meu peito.

- Eu estou cansado de andar nas sombras para esconder dos meus anjos e correr na luz para matar meus demônios. - O Dylan começou a chorar.

Passei a mão no seu cabelo, ele me abraçou.

- Agora é minha vez de te animar - tirei o rosto dele no meu ombro e o algodão do seu nariz também.

Coloquei o relógio que o Dylan me deu encima da laleira e nós saímos novamente, dessa vez eu peguei na mão dele e sai correndo para a cafeteria. Comprei dois cafés expressos e de lá seguimos para um parquinho ali perto e sentamos em um banco, o tempo estava muito frio. O Dylan encostou a cabeça no meu ombro.

- Obrigado - ele disse olhando o céu estrelado.

- Obrigado digo eu - ele me encarou - Você me salvou do meu passado, brigou com meu presente e faz parte do meu futuro.

Nosso rostos foram se aproximando, estávamos quase se beijando e o meu celular tocar. Nós sorrimos e eu atendi, minha mãe disse que não era pra eu ir dormir muito tarde. Voltamos para casa e o Dylan recebeu uma mensagem da mãe dizendo que não ia dormir em casa.

- Bem, se quiser pode ficar aqui - sorri.

- É claro que eu quero.

Fui fazer o jantar com ajuda do Dylan, que não entende nada de cozinhar.

He - SailOnde histórias criam vida. Descubra agora