Rosas para uma arma

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Não liguei e comecei a andar, foi então que alguém saiu do carro, e colocou um saco na minha cabeça me jogando no banco de trás do carro.

- O que ta acon..- tirei o saco da minha cabeça e era o Dylan - Você é louco ?

- Calma.

- Calma um cacete - bufei - quer me matar de susto ?

- Queria ter matar de amor, mas serve - ele respondeu. - brincadeiras a parte, eu vim te buscar para um lugar.

- E eu tenho escolha ?

- Tem. Ou você vem ou você vem - a ironia dele me fez rir.

- Ta bem então.

Ele dirigiu até uma casinha perto de um lago. Que fofo e ao mesmo tempo clichê, quando ele parou, tiramos tudo carro, a cabana era muito aconchegante. Como chegamos de noite e não tinha nenhuma TV, na verdade não tinha nem energia.

- Antes que você me mata por te levar para o meio do nada, - ele começou - é por uma boa causa, é que eu queria que você me conhecesse melhor, embora, que seja por uma fim de semana.

- Como você conseguiu pegar minhas coisas ? - indaguei - Sem falar em uma licença no trabalho.

- Isso é moleza - ele respondeu - tenho meus contatinhos.

- Não vou nem perguntar.

- Vou começar a arrumar as coisas aqui, se quiser tomar banho tem um chuveiro do lado de fora, pode ficar tranquilo que é uma casinha.

- Okay, mas é minhas roupas ?

- Eu levo depois que eu acabar aqui. - Assenti com a cabeça.

Fui tomar banho, o Dylan só pode ser louco. A água estava muito fria e acabou caindo shampoo no meu olho e fiquei sem exergar nada, sai procurando a toalha que deixei em um lugar que eu não lembro.

- Christian ? - escutei o Dylan saindo, achei a toalha e limpei meu rosto. Ele estava paralisado olhando para mim corando de uma forma fofa.

- Desculpa - me enrrolei na toalha e peguei as roupas.

-Você é Lin.... Tudo bem - ele gaguejou.

Dei um risinho, e voltei para o banheiro, coloquei a mão no rosto e bufei. Meu coração acelerou e minhas mãos ficaram mais geladas do que estavam, me vesti, não eram minhas roupas mas eu gostei, era um suéter vermelho maior que eu, e um calção curto. Saí esfregando os braços por conta do frio, entrei e estava quente a lareira estava acessa.

- Agora é minha vez, se quiser eu deixo a porta destrancada pra você entrar - ele me olhou por cima do ombro com um sorrio infantil e malicioso.

- Quem sabe eu não vá lá para fazer outras coisas - rebati.

- Que coisas ? - ele indagou chegando mais perto de mim.

Peguei um copo d'água e molhei o Dylan.

- Apagar o seu fogo.

- Engraçado, muito engraçado - ele saiu para tomar banho.

Fiquei vendo a cabana, tinha várias fotos do Dylan pequeno e seus pais. Ele era um criança sorridente e de bochechas rosadas. Sorria com aquilo, depois dele volta do banho arrumamos algo para comer e subimos para o telhado e observamos a estrela e conversamos sobre o passado.

...

Os raios do sol me acordaram, junto com o Dylan que estava deitado entre minhas pernas. Passei a mão em sei cabelo, depois dele acordar, nos arrumamos e pegamos as galochas de chuva, o dia hoje seria de pescaria. Aproveitamos cada segundo naquela cabana.

...

O final de semana estava acabando, arrumamos tudo, e voltamos para a cidade. Foi uma das melhores coisas que me aconteceu esses dias. Como o que é bom dura pouco, estava na cafeteria e o Barker apareceu.

- Quero um milk shake de chocolate - ele ordenou.

- Não vendemos milk shake - respondi tentando ser educado.

- Se vira. - ele se levantou e ficou cara a cara comigo.

- Vai fazer o quê ? - indaguei.

- Senhor, peço que se retire - um dos seguranças chegou perto do Barker.

O Barker saiu, respirei fundo e continuei meu dia. Depois de acabar tudo, o Dylan veio me buscar quando larguei do expediente. Estávamos uma quadra de casa, um carro parou, um mustang preto chamativo. De novo ?

- E ai, - o Barker saiu do carro - Vamos acabar as coisas aqui e agora.

Ele tirou uma faca do bolso, foi pra cima de mim, o Dylan chutou o joelho do Barker e eu dei uma joelhada no rosto dele. Mesmo assim ele consegui se levantar e chutou as costas do Dylan.

- Quem você pensa que é ? - o Barker gritou com o Dylan,tentei acertar o desgraçado mas Ele torceu meu braço e colocou a faca na minha garganta.

- Que saber quem eu sou ? - o Dylan cambaleia ao se levantar - Meu nome é Dylan, Dylan Foxx.

O Barker me soltou e foi encarar o Dylan, que rapidamente desarmou o ele e o derrubou.

- Fica no chão - O Dylan estava com a faca na mão - e da próxima vez que você fizer isso, não vou ser delicado.

Nos viramos para caminhar, mas o Barker se levantou novamente.

- Não vai ter próxima vez. - olhei por cima do ombro e ele sacou uma arma. O Dylan me empurrou.

Senti o chão frio e o Dylan sobre mim. Um carro da Polícia passava no momento, o Barker entrou no seu mustang e saiu em disparada, um dos policiais desceu e ficou comigo e o Dylan, o sangue dele escorria pelo seu casaco, minhas mãos estavam sujas.

- Dylan !

- Não se preocupa... Eu vou ficar...- ele se remexeu - Ai... Não vou não.

O policial estava chamando um ambulância, ele disse para que eu mantesse o Dylan acordado.

He - SailOnde histórias criam vida. Descubra agora