—Inês estava sentada em seu quarto, ainda sem acreditar com a frieza daquela mulher.—
Inês: Não é possível! —Andando de um lado para o outro.— —Aquela mulher é um monstro! O que eu sei é que tenho de ficar muito esperta daqui para frente. O pior é que não posso dizer uma só palavra ao Victoriano, ela o tem na palma de suas mãos e sabe muito bem como manipulá-lo usando este filho que ela está esperando. Não tenho como provar que foi ela quem colocou aquela serpente em meu quarto e tenho certeza que ela fará de tudo para me ver bem longe da família.—
Jacinta: Dona Inês?
Inês: Sim.
Jacinta: A senhorita Cony deseja falar com a senhora.
Inês: Já estou indo.
—Débora estava em seu quarto bastante alterada.—
Débora: Maldita criada inútil! O que eu tenho de fazer para me livrar daquela estúpida? Agora ela já sabe o real motivo com que me casei com o Victoriano. Mas ela não vai me vencer, não vai!
Quarto de Constanza.
Constanza: Ai nana, estou tão confusa! De um lado o Emiliano e do outro o Roby. O que eu faço?
Inês: Minha menina, você agora é uma mulher casada e o meu filho é proibido.
Constanza: Sei disso Nana. Foi preciso tudo isso pra que eu pudesse ver o quanto o Emi é importante.
Inês: Você deve pensar muito bem minha menina, não pode tomar atitudes impulsivas.
Constanza: Ai nana, é por isso que eu te amo! O que eu faria da minha vida sem você? —Dando um beijo em seu rosto.—
Inês: Logo tudo vai se resolver. —A abraçando e saindo do quarto.—
—Quando ela estava prestes a descer às escadas, deu de cara com Débora.—
Débora: Precisamos conversar.
Inês: Eu e a senhora não temos nada a dizer.
Débora: Aí é que você se engana serviçal.
Inês: Não pense que me ofende me chamando assim, meu trabalho é muito digno. Ao menos não sou uma mulher hipócrita.
Débora: Maldita insolente! —Dando-lhe um tapa.—
Inês: A senhora não é ninguém para me tocar, só faz isso porque sabe que tenho razão.
Débora: Razão? Só fala assim pela confiança que o meu marido te da. Mas isso vai acabar ouviu?
—Ao perceber que Victoriano se aproximava, ela se joga da escada.—
Débora: Ai, ai meu filho!
Victoriano: Débora, está tudo bem? Rápido Inês, chame o médico!
Débora: Não, será que você não vê? essa mulher queria me matar!
Inês: Eu? A senhora é louca!
Victoriano: Deixem de discussão, Inês, faça o que eu pedi, por favor. —Dizendo isso, ele carrega Débora até o quarto.—
Débora: Ela queria me matar, ela quer matar nosso filho! —Chorando e se fazendo de vítima.—
Victoriano: Deixe de história mulher! A Inês nunca faria uma coisa destas.
Débora: Prefere acreditar na criada do que em sua esposa? Não, nem precisa responder. Pode ir ficar com ela então.
Victoriano: Tranquila, vou falar com a Inês.
Débora: E para quê? Ela só vai te envenenar contra mim.
Victoriano: Não se preocupe, você é a mãe do meu filho e a Inês sabe que tem de te respeitar, não vou ficar ouvindo historinhas.
Débora: Que bom coração, sabe que te amo, não é?
Victoriano: Tente descansar enquanto o doutor não vem.
Depois de alguns minutos, o médico chega e examina Débora.—
Victoriano: E então doutor, como eles estão?
Dr.: Por sorte a queda não teve graves consequências, a senhora só precisa repousar.
Victoriano: Ouviu o que ele disse mulher? Não se preocupe doutor, ela seguirá direitinho suas recomendações. Eu acompanho o senhor.
Débora: Não coração, quero muito que fique aqui comigo.
Victoriano: Não demoro. —Já se levantando e saindo do quarto.—
Na sala.
Victoriano: Muito obrigado doutor, depois acertamos seus honorários.
DR.: Certo. Até mais.
Inês: Como a senhora está?
Victoriano: Ela está bem. Inês, quero lhe pedir um favor, evite ficar discutindo com Débora, sim?
Inês: Sabe que sempre respeitei a senhora Débora, mas não irei admitir que ela me ofenda. Escute uma coisa Victoriano, vocês dois tem um filho e isto é um fato, mas deve ficar atento, muito atento!
Victoriano: O que está tentando dizer?
Inês: Que esta mulher não é confiável.
Victoriano: La vem você, tudo isso é coisa da Diana.
Inês: Não tem nada ver com a Diana. Eu não vou dizer mais nada, porque sei que não irá acreditar. Mas eu juro pela vida do meu filho, que é a coisa mais sagrada que tenho, eu não a empurrei da escada!
Victoriano: Eu acredito em você, minha moreninha. Ela deve ter escorregado, não sou tão ingênuo quanto pensa, sei muito bem que a Débora não gosta de você e é por isso que lhe peço, mantenha distância dela.
Inês: Muito obrigada por confiar em mim, um dia saberá quem é a mulher com quem se casou.
Victoriano: Ah, minha moreninha, tudo seria tão diferente se estivéssemos juntos agora.
Inês: Mas não é assim.
Victoriano: Te amo Inês, te quero ainda mais do que antes! —Antes que ela pudesse dizer algo, Victoriano se aproximou e deu-lhe um beijo cheio de amor.—
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Eterno Amor
Romance"O que é o amor? Vai além da minha compreensão. Para uns é chave, e pra outros foi prisão. O que é o amor? Será desapego ou possessão? Altruísmo em nós, ou apenas auto adoração?" Eles viveram um amor forte, verdadeiro e intenso que nem a maldade...