Capítulo 8: Readaptação

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--Espero que gostem, boa leitura!--


—Constanza consolava Emiliano, que chorava em seus braços.—

Constanza: Não fica assim Emi, você tem que pensar positivo, pensamento negativo só atrai coisas ruins, e também, o doutor disse que é temporário.

Emiliano: Tudo por culpa daquela mulherzinha! E isso porque minha mãe é apaixonada pelo seu pai! —Disse com os olhos marejados.—

Constanza: A Déborah não ama ninguém Emi, ela tem é inveja do amor lindo que eles tem, que sobreviveu a tantas coisas e continua intacto. Agora vamos, enxugue essas lágrimas, sua mãe precisa de você.

—Quarto de Inês.—

—Inês adormeceu nos braços de Victoriano, se sentia protegida e amparada.—

Emiliano: Como ela está? —Entrando no quarto.—

Victoriano: Ela está dormindo. Sua mãe é forte, logo estará bem.

Emiliano: O senhor pode ir, vou ficar com ela.

Victoriano: Vou apenas tomar um banho, trocar de roupa e volto.

Emiliano: Tudo bem. —Sentando na cama ao lado de sua mãe.—

—Quarto de Casandra.—

—Diana, Constanza e Casandra conversavam.—

Constanza: Sabem o que eu estava pensando? Amanhã, vou até uma instituição para pessoas com deficiência visual. Quero ajudar a Naninha, enquanto ela não volta a enxergar, a ter uma vida normal.

Casandra: Isso é uma ótima ideia!

Diana: Concordo.

—No dia seguinte...

—Alejandro estava desolado, por ter perdido a guarda de suas filhas para Lisete e ficou ainda pior ao ler o bilhete de Diana terminando seu relacionamento. Mas o que ele podia fazer? Não queria abrir mão do amor de sua vida e nem de suas filhas. Era triste ver como uma mãe podia brincar com a vida de duas meninas inocentes, por um capricho.—

Alejandro: Será que ela não percebe? Que isso só faz com que eu a despreze! Droga! —Disse arremessando uma xícara na parede.—

—Constanza foi até a instituição para deficientes visuais e ficou fascinada com o que viu. Começou então a fazer cursos para ajudar Inês em sua readaptação.—

—Já em casa, correu para o quarto de sua Nana para contar às novidades.—

Victoriano: Tem que reagir Inês, está sentindo alguma coisa? —Beijando seu rosto.—

Inês: Não, não sinto nada, meu corpo já não dói e nem está tão fraco como antes. Mas é que é tão desesperador ficar assim.

Constanza: Naninha querida! —Entrando no quarto como um furacão.— —Não sabe que coisas maravilhosas aprendi hoje. Hi Dedi!— —Dando-lhe um abraço.—

Inês: Parecem ser importantes minha menina. —Sorrindo.—

Constanza: Importantíssimas! Vou ajudar você a ter uma vida normal, enquanto não recupera a visão. —Dando um beijo em seu rosto.— —Não é ótimo?—

Inês: E como vai fazer isso?

Constanza: Estive hoje em uma instituição para cegos e comecei a fazer uns cursos para te ajudar.

Inês: Mesmo? —Tentando Se animar.—

Constanza: Sim, vamos começar?

Inês: Mas agora?

Constanza: Já! —Pegando em sua mão e a ajudando a levantar.—

—Então Constanza apresentou a Inês uma bengala longa que a ajudaria na locomoção, uma reglete, um punção e uma prancheta que ela usaria para a escrita Braille.—

Inês: E eu vou escrever com isso? —Disse segurando o punção.—

Constanza: Sim, a escrita Braille é feita de furinhos. Cada cela da reglete tem seis pontos, desses seis pontos são feitas combinações que resultam em letras, números, equações matemáticas, notação musical. Os pontos são divididos de cima para baixo, coluna da esquerda: 1, 2, 3, de cima para baixo, coluna da direita: 4, 5, 6. Da para fazer 63 combinações diferentes.

Inês: Isso é bem interessante! —Disse animada.—

Constanza: Não é? Parece que estamos falando por códigos. Logo logo, você vai aprender tudinho! Vai poder levar uma vida quase normal, claro que vai ter algumas limitações, mas da para fazer tudo. Pode usar o celular, o computador com programas e aplicativos que leem o que está escrito na tela. Pode se maquiar, cozinhar... São tantas coisas.

—Penitenciária.—

Déborah estava em uma cela, aguardando sua transferência para o presídio.—

Carcereira: Você tem visita.

Déborah: Deve ser o meu advogado. Você? Que honra! Como vai a querida Naninha?

Victoriano: Não vim aqui para ouvir suas ironias.

Déborah: Então para que veio coração? Não vai me dizer que estava com saudades. —Sorrindo sedutora.—

Victoriano: De você eu só quero distância e o divórcio!

Déborah: O divórcio?

Victoriano: Sim, e nem adianta se recusar, afinal nosso casamento não tem nem um valor, pois me casei com uma mulher que já estava morta. Não será difícil dar um fim a esta farsa.

Déborah: Está bem coração, mas não pense que vai se livrar de mim assim tão fácil! Ainda vou te fazer pagar pela morte de meu pai, eu juro!

Victoriano: Não sei de que está falando mulher.

Déborah: Meu pai se chamava Julian Villarroel, era um bom homem que trabalhava em sua processadora, um homem trabalhador, honesto, nada disso te importou e mesmo assim você o despediu. Ele não suportou, e por sua culpa tirou a vida! —Disse em prantos, revivendo a sena que tanto lhe atormentara.— —Ele era meu pai, meu pai! E por isso jurei que lhe faria perder tudo, como fizera com ele.

Victoriano: Lembro-me perfeitamente deste empregado e das razões que tive para demiti-lo. Julian Villarroel seu pai, abusou de minha confiança,cometeu uma fraude em minha empresa, claro que eu o denunciei. Quando a polícia foi detê-lo, ele tentou escapar e vendo que não conseguiria deu fim a sua própria vida.

Déborah: Não é verdade, não é verdade! Você o pressionou para que ele se suicidasse!

Victoriano: Essa foi sua decisão! Ele quis enriquecer de maneira fácil com a fraude. Todos temos a oportunidade de lutar para ter uma vida melhor, eu mesmo trabalhei muito para chegar onde cheguei, não me culpe se seu pai escolheu um caminho equivocado.

Déborah: Você fez isto, tudo é sua culpa! Não importa quanto tempo leve, vou acabar com sua vida e com sua família!

Victoriano: Espero que você apodreça na cadeia, vou usar de todo o meu dinheiro pra fazer você pagar todo seus crimes, e o sofrimento que está causando em Inês.

Déborah: O sofrimento dela te destroça, não é? Claro, não sabe como me alegra ver seu sofrimento! —Sorrindo maquiavélica.— —Foi bom aquela serpente não tê-la matado, seria muito pouco, sua querida Inêzinha, vai sofrer muito mais! —Sorrindo para ele com um ar superior e triunfante.—


--Grata por sua atenção.--

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