--Peço desculpas pela demora. Espero que gostem!--
—Victoriano estava sentado em uma poltrona da sala de espera do hospital. Seus olhos lacrimejados estavam fixos no chão, não sabia o que fazer, acabara de perder seu filho que tanto queria, a mulher que ele mais ama está correndo risco de vida, por culpa de uma que infelizmente é sua esposa.—
Diana: Papai? —Tocando de leve em seu ombro.—
Victoriano: Perdi o meu filho, meu filho que eu tanto queria. —Disse com a voz embargada.—
Diana: Não fica assim papai, lamento muito por sua perda. —Apoiando a cabeça dele em seu peito.— —Tenha certeza que poderá sempre contar comigo e com minhas irmãs, te amamos muito!—
—Aproveitando a distração, Elías foi a procura do quarto onde estava internada sua irmã.—
Elías: Como está irmãzinha?
Déborah: Como acha que estou? O Victoriano sabe de tudo! E pra completar, nem posso usar o filho que iríamos ter.
Elías: Está tudo desmoronando!
Déborah: Tem que me ajudar a sair daqui.
Victoriano: Não pense que vai fugir, sua desgraçada!
Déborah: Por que me trata assim coração? —Sorrindo irónica.—
Victoriano: Você é muito hipócrita! —Levantando a mão para ela.—
Déborah: Vai me agredir coração? Ou será que vai me matar logo de uma vez?
Victoriano: Quero saber o que você fez com a Inês.
Déborah: Inês, a empregadinha inútil apaixonada pelo patrão. Não sei se devo falar, o que acha Elías?
Victoriano: Fala logo! —Apertando seu braço.—
Déborah: Vai, continua assim, logo às enfermeiras aparecem e te expulsam do quarto. Vou mostrar o quão boazinha sou, Podemos fazer um acordo.
Victoriano: Não faço acordo com bandidas.
Déborah: Então pode me matar que nunca vai saber o que fiz contra a Inês. Pobrezinha, as coisas vão só piorar pro lado dela. Acho melhor você ir consolá-la, ela vai precisar..
Victoriano: Fala logo o que você quer.
Déborah: É tudo tão simples! Quero o melhor advogado para minha defesa, é muito pouco por todo o tempo que aturei você e suas filhinhas.
Victoriano: Está certo, você terá o melhor advogado.
Déborah: Ótimo coração, dentro de minha bolsa tem um frasco que contém o veneno que coloquei na jarra d'água no quarto da serviçal. Meu objetivo era acabar com ela aos pouquinhos, mas com o que ela ingeriu, vai deixá-la na pior. —Sorrindo.—
Victoriano: Você não vale nada! —Apertando seu pescoço.—
Diana: Não papai, não vê que é isso que ela quer! Não suje suas mãos com esta mulher.
Victoriano: Tem razão. —A soltando e saindo do quarto.—
Déborah: Só quero ver a cara do Victoriano e o sofrimento da Inês quando ela perder a visão. —Recuperando o fôlego.—
Elías: Ela vai ficar cega? —Olhando abismado para ela.—
Déborah: Se eu continuasse administrando o veneno, seria bem pior. Não se preocupe, será temporário.
—Laboratório médico.—
Doutor Matias: Bom, se ela enjeriu toda a jarra d'água que continha o veneno, não vai matá-la, mas vai deixá-la debilitada. Pode ser que ela perca a visão temporariamente.
Diana: Meu Deus! —Olhando atónita para o médico.—
Victoriano: E o que podemos fazer agora? —Disse com o coração despedaçado.—
Doutor Matias: Ela vai precisar de muito apoio e atenção. Vou receitar alguns medicamentos, aos poucos a substância sairá do organismo, sem maiores consequências.
Diana: E quando ela vai recuperar a visão?
Doutor Matias: Não sei ao certo, cada organismo reage de um jeito.
—Quarto de Inês.—
Inês estava acabando de acordar, abriu lentamente os olhos, mas tudo estava escuro, não via nada, estava tudo sombrio. O desespero tomou conta de si, seus olhos abertos só enxergavam escuridão.—
Inês: Ah! Não, não! —Gritou desesperada, tentando se levantar.—
Casandra: Naninha o que foi, o que aconteceu? —Olhando assustada para ela que parecia desesperada.—
Inês: Não, não... —Chorando de soluçar.—
Casandra: O que é? —Ficando aflita.—
Inês: Meus olhos, meus olhos! Não vejo, não vejo nada!
Casandra: Fique calma Naninha. —Chorando.— —Vou falar com o papai, vai ficar tudo bem.—
Inês: Ai meu Deus, por que isso está acontecendo comigo?
Casandra: Didi, preciso que venham pra casa e que tragam o doutor.
Diana: Já estamos indo.
Casandra: Vem logo, a Nana disse que não está enxergando nada!
Diana: Estamos indo.
Victoriano: Aconteceu alguma coisa com a Inês?
Diana: Sim papai, ela não está conseguindo ver. É melhor o senhor ir para lá com a Cony, deixa que eu e o Alejandro resolvemos tudo com o investigador de polícia.
Victoriano: Certo.
—Fazenda As Dianas.—
Casandra: Toma um chazinho Naninha, é de erva cidreira, vai ajudar a se acalmar.
Inês: Não, não quero nada!
Casandra: Por favor Naninha, sei que deve estar sendo difícil, mas não pode ficar assim.
—Inês acaba tomando o xá que faz com que ela se tranquilize um pouco.—
—Victoriano e Constanza chegam a fazenda.—
Constanza: Vou procurar o Emiliano, explicar tudo o que aconteceu. Acho que agora a Nana vai precisar de todos nós.
Victoriano: Está bem.
—Quarto de Inês.—
—Victoriano entra e pede a Casandra que os deixem a sós.—
Inês: Não posso ver Victoriano, tudo agora é escuro.
Victoriano: Perdão mi morenita, perdão! —A tomando nos braços.—
Inês: Por que está me pedindo perdão?
Victoriano: Se eu não tivesse casado com aquela mulher, se eu tivesse escutado o que você e Diana me diziam... —Disse sofrido.—
Inês: A Débora? O que ela tem haver com isso?
—Então Victoriano explica tudo o que aconteceu.—
Inês: Ela quer me matar, e por culpa dela estou condenada a viver no mundo de sombras.
Victoriano: Isso não será para sempre, logo você ficará bem. —Então ele a beija.— —De hoje em diante, serei seus olhos Mi Morenita. Se eu pudesse, trocaria de lugar com você. Você é minha vida Inês, sem você ela não tem cor, sentido. Durante muito tempo você foi o meu apoio, agora chegou minha vez. Estarei aqui para segurar sua mão quando você pensar em desistir.—
Inês: Obrigada Victoriano, obrigada! —Chorando.—
—Então ele a beija e seca suas lágrimas com muitos beijinhos.—
--Grata por sua atenção.--
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Eterno Amor
Romance"O que é o amor? Vai além da minha compreensão. Para uns é chave, e pra outros foi prisão. O que é o amor? Será desapego ou possessão? Altruísmo em nós, ou apenas auto adoração?" Eles viveram um amor forte, verdadeiro e intenso que nem a maldade...