Quando Rosalind Brown aceita servir como acompanhe de luxo para o Sr. Testoni ela não imagina a situação perigosa em que se meteu. Testoni não é o que aparenta e sua natureza sombria coloca a vida de Brown em risco. Ao descobrir informações valiosas...
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As 13h00min em ponto eu estava pronta para pedir um táxi, no entanto, para a minha surpresa, meu telefone tocou antes que eu pudesse fazê-lo. Era Donovan, avisando-me que estava me aguardando na portaria, e que me levaria até o aeroporto. Surpresa com sua aparição repentina, não fui capaz de perguntar por que ele estava fazendo isso e nem como havia descoberto em que horário era o meu voo. Decidi descer, aceitar sua carona e deixar para questiona-lo no caminho. Vesti meu casaco longo de pelos negros, peguei minha bolsa e minha mala de rodinhas e segui para o elevador, deixando meu apartamento já solitário, ainda mais vazio.
Na portaria encontrei Don me aguardando, enquanto conversava com o porteiro do prédio. Quando ambos me viram, cumprimentaram e vieram ao meu auxilio. Donovan se encarregou de levar minha mala para o carro, então me despedi do porteiro com um aceno e segui para o Honda Accord estacionado em frente ao edifício. Don fez questão de abrir a porta para mim, mesmo não estando em serviço. Pelo menos eu achava que ele não estava, afinal, trajava roupas comuns e não seus habituais ternos. Além disso, estava dirigindo seu próprio veículo, o que era algo bem incomum, pois geralmente vivia trafegando pela cidade no Escalade, seu veiculo de trabalho.
Don deu a volta ao redor do carro, tomou seu lugar no banco do motorista e em poucos segundos colocou o carro em movimento pelas ruas de Nova York. Permaneci em silêncio, aguardando que ele fosse o primeiro a me explicar por que estava ali. No entanto, ele não disse nada e depois de algum tempo ligou o rádio, deixando que uma música suave preenchesse o vazio. Esperei que ele me perguntasse para onde exatamente eu estava indo, entretanto, depois de percorrer algumas ruas, soube que ele sabia para onde deveria me levar. Foi aí que eu percebi que, mesmo trajando jeans e suéter e dirigindo seu próprio carro, Donovan não estava ali para ajudar uma amiga a chegar até o aeroporto. Ele estava ali a trabalho, seguindo uma ordem de Adalind.
― Don. ― chamei-lhe, virando-me no banco e o encarando enquanto ele dirigia.
― Sim? ― perguntou, sem desviar os olhos da estrada.
― Por que veio até o meu prédio me buscar?
― Por que você precisa de uma carona para o aeroporto.
― Você sabe que não foi isso que eu perguntei. ― retruquei.
Ele sorriu com o canto dos lábios, mas ainda não olhou na minha direção.
― E você sabe a resposta para essa pergunta. ― replicou e, desta vez, virou a cabeça e piscou um dos olhos para mim.
― Não tente ser engraçadinho comigo. ― prossegui e cruzei os braços.
