Capítulo sem título 5

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Capítulo Cinco

Eles se levantaram e foram em direção à porta dos fundos, que se abriu assim que atingiram a varanda.

— Eu pensei que você nunca fosse voltar, Dill. Ele trouxe frango frito! E nós tivemos que esperar. Podemos comer agora? Estamos morrendo de fome. E há leite frio, e suco e cheerios e, oh, Soldado! Você vai ficar aqui? — Soldado não tinha certeza se Gom havia respirado alguma vez no discurso inteiro.

— Por um tempo, com certeza, talvez mais. Tudo bem para você?

Gom saltou novamente e Soldado o pegou abraçando-o apertado. Ele tinha sentido falta desse carinha. Gom segurou o rosto de Soldado em suas mãos e disse sério:

— Eu senti muita saudade. Estou feliz por você ter voltado, você nem sequer tinha que trazer tudo isso... mas... eu posso comer um pouco de frango agora?

Soldado riu e o abraçou novamente colocando-o no chão.

— Parece bom. Ainda tem algumas coxas lá?

Dillon gritou chamando todos os meninos para vir conhecer Soldado. Ele começou a colocar algumas das coisas em cima da frágil mesa no centro da cozinha e colocá-las sobre o balcão para que pudesse servir o frango para todos comerem. Havia duas grandes caixas de frango e alguns recipientes que tinham batata e feijão neles.

Soldado percebeu o mau estado do piso de linóleo, rachado e manchado em alguns lugares. Um par das portas do armário estava mal colocado, suas dobradiças enferrujadas. A geladeira no canto, perto do armário podia ser ouvida, fazendo um chiado perturbador. Ele não tinha certeza se iria durar muito mais tempo. Os sacos de mantimentos que ele havia trazido estavam alinhados ao longo do balcão, também rachado e manchado. Os outros sacos, sem comida, estavam no chão junto a porta do que ele pensava que seria uma lavanderia, se tivesse qualquer um dos aparelhos que geralmente denotam tal função.

Soldado viu como vários meninos entraram no quarto. Ele teria esperado que eles aparecessem rindo e discutindo sobre quem tem o quê, mas eles ficaram em silêncio e ficaram parados perto da porta.

— Dill? — O mais alto disse, hesitante.

— Tudo bem meninos. Vocês confiam em mim, certo? — Dillon olhou para cada um deles, por sua vez.

Eles acenaram com a cabeça, ainda olhando para Soldado com dúvida. Gom assumiu. Ele pegou a mão de Soldado e o puxou para o grupo.

— Tommy, este é o meu amigo, Soldado. Ele é muito grande e forte, mas você não precisa ter medo dele. Ele é muito bom. — Tommy parecia o líder dos jovens. Gom foi sincero em sua necessidade de Tommy aceitar Soldado e continuou. — Ele me deixou dormir sobre ele toda a noite. Ele não vai machucar nenhum de nós. Eu sei que ele é um bom homem. Dill gosta dele, também. — O pequeno general agora tinha firmeza em sua voz. — Agora, todos vocês sejam bons para ele, e ele poderá ficar. Eu quero muito que ele fique. Certo? — Agora ele estava de volta ao tom suplicante. Isto era claramente muito importante para ele.

Soldado falou:

— Ei, meninos. Eu conheci Dill e Gom na outra noite e gostei deles. Eu quero ajudar aqui. Eu não estou substituindo alguém ou

fazendo alguém sair. — Ele queria que eles soubessem que estavam a salvo aqui. Ele não estava mudando isso.

— Esta é a sua casa. Dillon disse que eu poderia ficar aqui por um tempo, mas eu acho que a escolha é realmente de todos vocês.

O SOLDADOOnde histórias criam vida. Descubra agora