Kim Taehyung pov's
Assim que cheguei na porta de casa, encarei a mesma hesitando se deveria bater ou não, mas logo optei por bater.
Toc Toc Toc
Ouvi uma voz muito conhecida por mim, gritando "Já vou, espere um momento." A porta se abriu, revelando o semblante minha Omma, ela está com aparência bem cansada e abatida, mas assim que me viu, arregalou os olhos e levou a mão até boca. Eu já estava esperando ela começar a gritar comigo, xingar até a minha quinta geração, me mandar ir embora e nunca mais voltar, mas não foi isso que aconteceu.
Senti meu corpo ser envolvido em uma braço apertando.
- Você voltou. Você está vivo. - Ela disse meio abafado por conta das lágrimas. Retribui o abraço e as lágrimas voltaram à escorrer por minha face novamente. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas foi tempo suficiente para derramar bastante lágrimas.
Depois de um longo tempo, ela me puxou para dentro de casa, ela não me interrogou como achei que faria, mas tenho certeza que quando tiver oportunidade, vai querer saber detalhadamente por que sumi sem avisar ninguém. Não exatamente ninguém, tem o Jimin, mas acho que ele não falou, só acho mesmo.
- Está com fome? - Omma perguntou já se levantando para ir na cozinha.
- Não Omma, eu estou bem, só preciso tomar um bom banho e dormir um pouco. - Falei sem ânimo e me levantando e indo em direção a escada.
- Taehyung. - Ela me chamou vindo até mim e logo me abraçando novamente. - Nunca mais suma desse jeito, você não sabe a falta que fez na minha vida. - Ela falou como se tivesse passado muito tempo, mas foram apenas alguns dias, não é?
- Não vou sumir Omma, eu prometo.- Falei e beijei o topo de sua cabeça. - Eu te amo.- Olhei em seus olhos.
- Eu também te amo, meu filho. -Ela disse e deixou um selar em minha bochecha.
Voltei a subir as escadas e logo avistei a porta do meu quarto. Toquei a maçaneta, girei e empurrei, logo senti o cheiro de livros velhos misturado com o cheiro de plantas recém regadas. Procurei pelo interruptor, assim que o encontrei, liguei a luz, o quarto estava do jeito em que o vi pela última vez. Não havia mudado nada.
Procurei por uma toalha no guarda-roupa, e fui para o banheiro, me despi e entrei no boxe, liguei o chuveiro e deixei a água quente cair e me fazendo relaxar e sentindo um pouco de dor por conta do corte em meu braço. Comecei a lembrar quando JungKook entrou no banheiro para me entregar um par de roupa, e eu estava me despindo, não tão constrangedor como dá outra vez em que eu já estava tomando banho, soltei uma risada baixa ao lembrar de seu rosto ruborizado e voltando lentamente para trás, tentando fingir que nada aconteceu.
'Queria que isso fosse um sonho, em que estou preste à acordar com você me dizendo que irá ficar tudo bem, e que está aqui.' - Pensei, as lágrima voltaram à involuntariamente. 'Parece que só serão eu e as lágrimas agora' - Conclui.
Terminei o banho e me enrolei na toalha, peguei a roupa que estava vestindo para colocar no cesto, mas assim que entrei sai do banheiro, tropecei no carpete e deixei a roupa cair, me xinguei internamente, fui no meu guarda-roupa e peguei uma blusa branca folgada e uma calça cinza de tecido fino, vesti e voltei à porta do banheiro para pagar a roupa que havia deixado cair, peguei e fui jogar no cesto, mas reparei na blusa, era mesma que o JungKook tinha emprestado no dia que nos conhecemos, peguei a blusa e joguei o resto no cesto.
Deitei-me na cama e abracei a blusa ainda chorando, logo adormeci.Acordei no meio da noite com o som de panelas caindo no chão, levantei sonolento, sai do quarto indo em direção à cozinha, assim que cheguei, deparei-me com um demônio estrangulando minha mãe, mas suas garras já haviam penetrado o pescoço da mesma.
Olhei ao redor, e vi uma faca em cima da bancada à peguei e fui em direção ao demônio, e enfiando a faca em seu pescoço, fazendo um pouco de seu sangue manchar a blusa que estava usando, ele grunhiu e soltou minha mãe, se virou para mim, mas logo desapareceu. Soltei a faca e corri para ajudar minha mãe, mas era tarde demais.- Omma, por favor, não me deixei também.- Falei entre lágrimas, já não aguentava perder JungKook, e agora minha Omma, é muito para aguentar sozinho.
Ela já havia parado de respirar fazia um tempo, ainda estava com ela nos meus braços. Respirei fundo, levantei e procurei um machado que sempre tinha cozinha, assim que achei, sai de casa indo em direção ao lago, que no caso era um portal. Como eu saiba que deveria ir lá? Simples, já havia visto aquele demônio, durante a guerra.
Assim que cheguei no lago, o avistei entrando na água, não demorei para correr até o seu alcance, e cravar o machado em suas costas, ele gritou, e tentou se virar, mas logo acertei um golpe em sua cabeça, fazendo-o cair no chão, subi em cima dele e comecei a dar vários golpes em seu rosto, até que aceitei o seu pescoço, no local que já estava machucado, acertei no mesmo lugar mais duas vezes e sua cabeça desgrudou-se de seu corpo. Eu estava ofegante, minhas roupas, meu rosto, minhas mãos estavam sujas de sangue.
Levantei, levei meu rosto e meus braços no lago, peguei o machado e olhei para o ser morto, voltei à olhar para frente e caminhei de volta para casa, já estava amanhecendo. Assim que entrei em casa, passei pela cozinha, minha mãe ainda estava lá, respirei fundo, e procurei na agenda telefônica por uma funerária, acertei tudo com a atendente e expliquei o que aconteceu com minha mãe, ela disse que iria mandar uma ambulância, apenas concordei. Fui para meu quarto, peguei uma roupa qualquer, e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, depois fui na cozinha apenas para pegar a faca, e esconde-lá. Não demorou muito para a ambulância chegar. Eles disseram que levariam minha mãe para o IML, apenas concordei. Assim que foram embora me joguei no sofá, até que olhei o calendário pendurado na parede.
- O que? 2017? Como assim? Não é possível, quando fui para lá, estávamos no começo de 2016? Como assim se passou um ano? - E esse foi um dos pensamento que se passaram por mim o resto da manhã.
O enterro dela foi no mesmo dia, só eu estava lá, as lágrimas sempre presente, não chamei ninguém, não achei necessário.
Quando sai do cemitério, já estava escurecendo, passei na rua da casa de Jimin, ele estava sentado na frente de sua casa com alguns garotos, assim que seus olhos se encontraram com os meus, ele levantou num pulo, ignorando as perguntas que seus amigos fizeram por causa de sua atitude repentina. Jimin veio correndo até mim e me abraçou, com o impacto fomos de encontro ao chão. Já estava acostumado.- SEU IDIOTA! COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE SUMIR DO NADA?? TÁ ACHANDO QUE É QUEM? - Ele dizia enquanto me dava tapas, e eu me defendia com os meus braços. - ONDE VOCÊ ESTAVA? EU TE PROCUREI NA DROGA DESSA CIDADE TODA? NOSSA, MAIS QUE EU VOU ESFREGAR A SUA CARA NO ASFALTO E LAVAR COM ÁLCOOL. - Ele continuava me batendo, mas segurei seus braços e o encarei.
- Calma Jimin, não precisa dessa agressividade toda. - Falei rindo.
- "Não precisa dessa agressividade toda" - Ele disse me imitando. - É claro que precisa. - Completou e se levantou e me ajudou a levantar também.
- Você fez falta. - Falei o olhando nos olhos.
- Eu sei. - Ele disse eu sorriu. - Você vai me contar agora o que aconteceu durante esse um ano de sua ausência. - Completou e me puxou para dentro de sua casa.
Não contei à ele o que realmente aconteceu, falei que resolvi fugir por que não aguentava o que estava passando na escola, contei que minha mãe havia falecido, falei que alguém tinha entrado dentro de casa de madrugada para assaltar, e ela estava na cozinha na hora que ele entrou, e que ela tentou reagir, mas acabou sendo morta, eu não poderia falar a verdade.
Ele não queria acreditar, chorou e começou a contar o que ela tinha passado esse tempo que estive fora, ela havia entrado em depressão, e enquanto ele falava, eu só simplesmente deixei as lágrimas caírem.Minha vida não vai ser a mesma, nunca mais.
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A different love
Fanfiction[ Sendo Reescrita ] Taehyung se considerava incompreendido, devido ao seu gosto peculiar pelo oculto. Gosto este, que o fizera perder várias amizades e acabar por ser a chacota da escola. Desde pequeno, ele sempre quis provar a existência de um mund...