Capítulo 3

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Sebastian estava transbordando de expectativa ao caminhar em direção ao avião.

— Ashton!

O menor olhou ao ouvir o som de sua voz e sorriu.

— Olá, Sebastian.

Estava na base da escada móvel, brigando com a alça de sua bolsa de viagem. O vento estava fazendo com que sua calça fina aderisse ao seu corpo de uma maneira que fez a pressão arterial do chefe subir um ponto.

Suas pernas pareciam intermináveis, esbeltas e bem torneadas. O tipo de pernas em que um homem se deixaria prender, de bom grado.

Não que ele tivesse alguma intenção de levar seu assistente para a cama. Até ele tinha os seus limites.

Ao menos era isso o que ele achava.

— Não precisa ficar nervoso. Nosso piloto é muito experiente.

— Na verdade, estou mais entusiasmado do que nervoso. Eu adoro voar. É muito divertido ver o mundo lá de cima. - o pequeno respondeu sorrindo.

Um sorriso se formou no rosto dele ao tomar o cotovelo de Ash e conduzi-lo escada acima.

Sebastian se recusou a discutir detalhes do trabalho durante o trajeto. Queria que Ashton relaxasse e desfrutasse do voo para afastar de vez qualquer ideia de "seguir em frente".

— Champanhe? — perguntou ele, tirando uma garrafa do refrigerador.

— Mas são apenas 14h. - Ashton arregalou os olhos.

— O que significa que são 20h em Cáspia. Não dizem sempre que é preciso fazer as malas e se vestir de acordo com o país de destino? Por que, então, não beber de acordo com ele também?

Ele estourou a rolha.

Ashton mordeu o lábio inferior.

— Está bem. Você é o chefe.

— Exatamente. Você deve fazer tudo o que eu disser — disse ele estendendo-lhe a taça. — À sua primeira viagem a Cáspia — continuou, batendo a sua taça na do outro.

O entusiasmo cintilava em seus grandes olhos verdes.

— Eu nunca deixei o país antes.

— Está brincando...

— Não. Viajei um pouco devido ao meu primeiro emprego, mas quase sempre para Los Angeles. Nunca fui à Europa.

— Nem mesmo para visitar os amigos?

Sebastian achava difícil acreditar naquilo. Conhecia várias pessoas que haviam freqüentado o mesmo internato que Ashton e encontrava muitas delas nas estações de esqui de Gstaad ou nas praias de Provença. Ashton pousou a sua taça sobre a mesa.

— Eu frequentei o St. Peter's graças a uma bolsa de estudos — ele esclareceu, erguendo os olhos para encará-lo ao mencionar a famosa escola particular. — Não sou realmente um deles.

— Eles quem?

— Você sabe, o high society, ou que outro nome quiser dar a isso. Se estou viajando hoje, é apenas pelo meu trabalho.

Sebastian colocou a sua taça ao lado da dele.

— Não quero ouvir nada mais a respeito de trabalho. Você é vital para o crescimento econômico da nação de Caspia. Tem uma carreira conosco.

Sebastian havia tomado aquilo como um desafio pessoal. Tinha de se assegurar que Ash permaneceria ao seu lado. E ele gostava de desafios. Era a maldição de sua natureza competitiva.

O príncipe de CáspiaOnde histórias criam vida. Descubra agora