Capítulo 7

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CAPÍTULO SETE

Sebastian despertou Ashton com beijos suaves. Ainda fez amor com o outro intensamente antes de pegarem suas roupas e seguirem com o carro montanha abaixo, pouco antes de o dia clarear.

Ashton teve vontade de desaparecer ao passar pelos guardas do palácio às 5h da manhã.

Não é preciso ser muito esperto para adivinhar o que nós estávamos fazendo, disse ele a si mesmo.

Sebastian, porém, não parecia nem um pouco incomodado.

Ele provavelmente costumava trazer várias pessoas desalinhadas e satisfeitas ao palácio àquela hora da madrugada.

Sebastian demonstrou uma certa cerimônia ao conduzi-lo pelos corredores. Aquilo foi muito gentil de sua parte. Ash não queria esbarrar com alguma de suas majestades reais até ter tirado todas as folhas de seu cabelo.

Depois o maior lhe deu um beijo de boa noite, com uma provocante lambida final.

Oh, meu Deus.

Ashton se jogou em sua cama envolto numa atmosfera de sonho e desejo. E dormiu como um anjo... Ao se levantar tomou um rápido banho e desceu apressadamente para o café da manhã. Descer os lances de escada correndo talvez não fosse sua melhor ideia matinal...

- Bom dia, Ashton - disse a rainha, desviando o olhar do jornal. - Você parece um pouco corado hoje. Está se sentindo febril?

Ashton engoliu em seco.

- Eu estou bem. Talvez tenha pegado sol demais ontem. Ou luar...

Tendo dormido apenas algumas poucas horas, se acomodou em seu assento e colocou um pouco de iogurte e mel numa tigela. Era a segunda vez que vinha para a mesa com os cabelos ainda úmidos.

Sebastian assobiou alegremente enquanto se servia.

Ashton teve vontade de chutá-lo debaixo da mesa e dizer a ele que disfarçasse um pouco o seu bom humor. Ele ia acabar entregando tudo.

Na certa, ele não estava nem um pouco preocupado com isso.

Sebastian era extremamente resmungão pela manhã, especialmente antes de tomar o seu café, preto como petróleo, vital para fazer com que ele voltasse a funcionar logo cedo.

Hoje, porém, ele estava todo efervescente antes mesmo do primeiro gole. Os olhos do rei brilharam ao ouvir Sebastian descrever a excursão que eles haviam feito no dia anterior por Cáspia. Era evidente de onde Sebastian havia herdado a sua natural alegria de viver.

Já a sua aparência vinha certamente de sua mãe, uma beleza severa com uma estrutura óssea afiada como uma arma letal. Ela conversou educadamente com Ashton, fazendo perguntas inócuas sobre os seus estudos universitários e sua vida em Nova York, mas sem o calor dos homens da família Mikolos, e Ashton ficou aliviado quando a rainha precisou se levantar da mesa.

O pai de Sebastian se recostou na cadeira. Ashton podia jurar que ele o estava avaliando. Aquilo teria sido desconcertante, não fosse pela sua expressão amigável.

- Sabe montar a cavalo, Ashton?

- Oh, na verdade, sim.

Sebastian pareceu surpreso.

- Achei que você havia crescido na cidade.

- Aprendi na escola, mas nunca mais montei desde então, de modo que é provável que já tenha me esquecido.

- Impossível - disse Sebastian, levantando-se e jogando o seu guardanapo sobre a mesa. - Gio, diga aos rapazes do estábulo para preparar Alto e Magna para nós imediatamente.

O príncipe de CáspiaOnde histórias criam vida. Descubra agora