Oii leitores, seus lindos. Nova fic. Uma idéia louca me surgiu e bora dividir com vocês mais uma de minhas loucuras hahsuaus ao que interessa ❤
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Deserto da Patagônia, Argentina, ano de 2017.
Camila's Point Of View
"Tem alguma coisa errada com esse aparelho, Allyson." Falei exaltada.
"Por quê? O que houve?" A baixinha perguntou, saindo do fundo do nosso moderno trailer.
"Esse negócio não para de apitar. Diz que algo em constante movimento vem em uma velocidade imensurável pra cá." Informei.
"O equipamento é novo, Mila. Apenas não aprendemos a usá-lo ainda. Acalme-se." Disse em uma voz calma.
"Não Ally. Como quer que eu me acalme? E se for um meteoro? E se algo se chocar contra o planeta? Todos morreremos." Falei mais exaltada ainda.
"Bom, se realmente estiver vindo, com a velocidade que diz no painel, não há nada que possamos fazer."
"E você me diz isso nessa calma?" Perguntei inconformada.
"Você precisa namorar, Camila. Anda muito estressada." Falou rindo.
"Se esse negócio destruir a Terra, isso será impossível, Allyson Brooke."
"Uou, calma aí, mamacita. Eu não tenho culpa, okay? Será que você poderia parar de gritar comigo, por favor?" Perguntou um tanto irritada.
"Perdonáme, Ally. Estou nervosa." Passei as mãos em meu rosto tratando de me acalmar.
"Se não for nada de mais, me promete que vai trabalhar menos e buscar um amor? Uma namorada, uma ficante, qualquer coisa, mas saia um pouco de trás de toda essa loucura do universo e viva um pouco no planeta Terra."
"Eu não sou boa com pessoas." Falei já não olhando o painel.
"Tenta, mas vá viver." Falou firmemente.
"Você está parecendo a minha mãe, oras. Me deixe." Falei irritada. A culpa não era da Ally, eu só estava preocupada com o que o painel informava.
"Não, Camila. Se pareço sua mãe então tenha ciência de que eu falo para o seu bem."
"Mas eu não sei interagir com as pessoas. Elas me odeiam. Não sirvo pra isso. Prefiro meus livros e aparelhos, é mais fácil."
"Ás vezes com um simples passeio você conheça a pessoa certa pra você."
"E você quer o quê? Acha que o amor da minha vida simplesmente vai cair do céu?" Gritei, completamente fora de mim.
Um barulho ensurdecedor ecoou, olhei através da porta e vi uma enorme luz. Tapei meus ouvidos e me abaixei. De repente a luz se apagou e o barulho cessou. Olhei para fora e vi um objeto grande que parecia ser de metal. Meus olhos se arregalaram e fiquei sem reação. Esse território de pesquisa é meu. Sendo assim, logo toda a equipe do governo e da NASA estariam aqui. Ganharei muito dinheiro para ceder o território a eles e claro, pedirei para estar incluída nas pesquisas.
Olhei pra Ally e a vi ainda agachada. Escutei um choramingo vindo do lado de fora e olhei curiosa. Estamos no meio do nada. Esse deserto é o sétimo maior deserto do mundo por área. Como haveria alguém aqui?
Me aproximei receosa. Avistei algo se mexer, jogado longe. Me aproximei mais, pensando ser um bicho ou algo assim. Me surpreendi ao ver uma garota ao invés disso. Ela veio nesse negócio? Ela veio ...Não pode ser.
Ela estava nua. Caminhei até ela. Sua pele branca quase como neve. Ela se mexia choramingando e quando me viu, se levantou as pressas, me olhando com olhos repletos de medo. Os meus não deveriam estar tão diferentes, afinal de contas, ela era uma alienígena? E.T? Uma morena, linda, nua, de olhos marcantes na minha frente? Não. A última opção eu devo excluir da mente.
"Aon..de eu estou?" Perguntou assustada com os dentes batendo devido ao frio do Sul da Argentina.
"Você fala...o meu idioma." Falei mais pra mim do que pra ela.
"Aonde eu estou?" Perguntou novamente me analisando. Virou sua cabeça de maneira estranha.
"Você está no deserto da Patagônia." Preferi dizer isso. Vai que ela não veio nesse negócio e eu dizer -Hey, você está no Planeta Terra- Ela me acharia uma completa louca.
" E isso fica no planeta..."
" Planeta Terra." Meu Deus, ela realmente veio nessa coisa.
"Droga." Reclamou. Ela se olhou e só então pareceu perceber que estava nua. "Porcaria de nave, ligue meu Optimum." Disse dando um leve murro no objeto grande de metal. Olhei tudo apaixonada e ainda assim assustada.
"O que seria Optimum?" Perguntei curiosa.
"Maldita Via Láctea e seus seres primitivos." Xingou sozinha e arregalei os olhos.
"Você é de outra galáxia?" Perguntei espantada.
"Sou. E respondendo sua pergunta, Optimum é uma tecnologia distribuída em todo nosso planeta, que faz hologramas de roupas, assim ninguém nos vê expostos." Explicou." Ninguém é obrigado a ter que ficar vestindo panos quentes. Poderia me dar algo para me cobrir?" Oh, claro. Que mal-educada fui.
"E o que fazem no frio?" Perguntei retirando a blusa de meu corpo e entregando-lhe. Ela cheirou a blusa antes de colocar no corpo. Isso era normal?
"Nossa tecnologia nos isola disso também."
"Oh. Sou Camila." Falei ainda boquiaberta com a situação. Ela me olhava séria, seus olhos pareciam compenetrados em mim e seu jeito de mover-se parecia ser um robô, de tão estranho. Ela esticou lentamente o dedo indicador e o deixou suspenso no ar. Eu olhei confusa. "O que é isso?"
"Estou te cumprimentando, oras." Falou e, apesar de temerosa, resolvi imitar o gesto, erguendo o dedo e tocando a ponta do meu indicador no seu. Uma sensação estranha percorreu meu corpo. Não sei explicar bem o quê." Oi. Sou Lauren." Falou, me olhando como se estivesse me estudando. Afastei meu dedo achando isso meio estranho.
"Você é de onde e por que está aqui?"
"Eu estava na galáxia vizinha. Estava em Andrômeda, mas sou de um universo parelelo e estou aqui por causa do maldito flash de luz que a estrela Betelgeuse emanou. Me assustei e perdi o controle da nave." Explicou. "Era minha primeira missão."
Missão? Do que ela falava? Eu sabia que possivelmente havia vida fora da Terra, a NASA esconde isso de todos, porém, eu tinha uma prova viva de que era real. A ciência acabara de caminhar um grande passo, um gigantesco passo. Um imensurável passo.
"Vamos entrar, está frio aqui e lhe arrumarei algumas roupas" Falei e ela me olhou ainda mais assustada. " Confie em mim, não lhe falei mal algum."
"Papai diz para eu não confiar em ninguém fora de meu planeta."
"Veja bem, seu papai não está aqui e você só tem a mim. É pegar ou largar."suspirei baixo."Só quero fazer algumas perguntas, como por exemplo como falamos o mesmo idioma."
"Okay." Ela falou baixo me seguindo, completamente encolhida. Se notava o medo de tudo.
"De qualquer forma, Lauren..." Lhe disse calmamente, olhando en seus olhos, não queria assustá-la. "Bem-vinda ao planeta Terra."
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The Betelgeuse [Concluída]
Science FictionMelhor posição alcançada no Ranking: #3 em ficção Científica. Camila era uma Cientista e Astrônoma, em seu auge, aos 27 anos. Ela era fascinada com o universo e seus astros. Trabalhou na NASA por alguns anos, porém decidiu, depois de um longo tempo...