The Betelgeuse [Concluída]

Chapter Twenty Five

Deserto da Patagônia, Argentina, Ano de 2017.

Camila's Point Of View

"Pois bem, ligarei a nave para entrar em contato com meu pai." Lauren alegou e arregalei os olhos. Isso era possível?

"Você consegue o contato com ele?" Normani perguntou boquiaberta.

"Agora que a nave foi concertada sim, porém temos um problema." Falou receosa e ajeitei minha cabeça em seu pescoço, não desgrudando dela nem um segundo sequer.

"Diga." Dinah falou.

"A NASA vai reconhecer hiper tecnologia vindo daqui. Esse tipo de tecnologia não existe por aqui e bom, eles saberão que a nave foi ligada." Falou e logo em seguida fez uma pausa tomando ar. "Vocês precisam ir para a casa, dentro de umas três horas eu a ligo, já estarão fora de perigo."

"Eu não vou sair do seu lado, Lauren." Afirmei.

"Camila, você precisa. Se eles suspeitarem que estava aqui enquanto a nave foi ligada, eles saberão que está por trás disso." Falou com a voz temerosa.

"Eu não vou sair daqui e ponto final." Bati o pé. Eu tinha medo de deixá-la com sua nave, vai que ela decide ir embora e me deixar sem sequer uma despedida. Não, não.

As meninas aceitaram o fato e foram embora. Desligamos meus aparelhos para simular que eu estava indo embora e trancamos o trailer. Caminhamos até uma parte gramada e nos deitamos ali, esperando passar três horas para que pudessemos ligar a nave. Me aconcheguei no peito de Lauren e seus dedos se envolveram em meus cabelos. Ela deixou um beijo em minha testa e sorri.

"Porque não me disse que poderia falar com seu pai? Seria mais fácil para mim te pedir para ficar." Aleguei.

"Eu só lembrei uns dias atrás quando vim aqui com a Mani enquanto você viajava." Explicou. "Fiquei com medo de você não se importar o suficiente." Confessou e levantei minha cabeça para olhá-la.

"Qualquer um vê em meus olhos o quanto eu me importo, Laur." Falei lhe dando um beijo no canto de sua boca. "Então você vai ficar mesmo, mesmo?"

"Sim." Respondeu sorrindo. "Vou ficar mesmo, mesmo."

"Então acho que posso realizar um de meus sonhos bem aqui." Falei e ela arqueou a sobrancelha em confusão. Me apoiei em um de meus cotovelos. "Agora que sei que irá ficar eu posso fazer tudo certinho, posso começar o primeiro de meus planos com você. Agora eu posso dizer o quanto eu te amo e o quanto agradeço por te ter aqui comigo. Posso confessar que eu passava horas de minhas noites te olhando dormir, sentindo saudades precipitadamente de seu rosto sereno e calmo. Posso dizer que quando eu te beijo eu esqueço do mundo. Posso te dizer o quanto acho fofo esse seu medo por raios e trovões. Posso dizer o quanto me sinto segura em seus braços e também posso dizer que quando é você quem está em meus braços a sensação é de como se eu segurasse todo o meu mundo. Posso dizer que você me faz querer ser alguém melhor, você me faz pensar em um futuro longo e distante ao seu lado. Eu te amo. Eu te amo e eu não sei bem porque Deus te enviou para mim, mas eu jamais serei grata o suficiente. Eu sei que você não acredita nele e eu não me importo, isso vem da sua cultura." Tomei ar e encarei seus olhos tão focados nos meus. "Bem aqui de baixo desse céu estrelado, com a Betelgeuse e todas as outras estrelas, além da lua, como testemunha, eu estou pedindo você, Lauren Michelle Jauregui Morgado, em namoro. Você aceita namorar comigo?"

Foi como se um enorme peso tivesse saído de minhas costas.

"É tudo o que eu mais quero, Terráquea." Respondeu rindo e não pude evitar em beijá-la, em beijá-la pela primeira vez como namorada.

Pra quem realmente não sabia lidar com pessoas, lidar com ela era até fácil demais para mim.

"E Camila?" Ela perguntou entre o beijo e me afastei ligeiramente ainda a olhando. "Eu também te amo." Senti meus olhos se umidecerem e a afundei meu rosto em seu pescoço. Eu estava feliz, esse sentimento era mútuo.

"Não se atreva a sumir nunca de perto de mim, me ouviu?" Falei rindo e levei uma mão ao meu rosto, enxugando uma lágrima.

"Se um dia eu sumir, nos encontramos em outra vida, em um universo pararelo, Camila, mas com certeza nos encontraremos."

"Como pode saber, Lauren?" perguntei curiosa.

"Porque nossa história de amor é real. Se nos separarmos, eu vou te achar, Camzzi, não importa onde." Falou sorrindo, convicta.

"E quem te garante que nossa história de amor é real? Afinal, quase ninguém sabe." Perguntei apenas em brincadeira. É claro que eu acreditava que nossa história de amor fosse real.

"Para uma história de amor ser real é preciso apenas de duas pessoas. Ninguém mais precisa saber, meu amor." Falou rindo, beijando as costa de uma de minhas mãos. Meu amor. Eu adorava essas palavras saindo de sua boca.

"Para quem não acredita em Deus, não acha que acreditar em reencarnações é demais?" Perguntei voltando a me apoiar em um de meus cotovelos.

"Eu não acreditava no amor e cá estou eu, te amando loucamente." Olhou para o céu enquanto eu me perdia nos traços de seu rosto. Meu coração batendo acelerado com sua afirmação e um sorriso bobo em meus lábios surgiu. "Em meu planeta temos essa crença então sim, acredito em reencarnações." Seus olhos brilhavam tanto, se perdendo em estrelas e vê-la era tão mágico, tão incrível. Sorri com a visão.

"Vai ser legal dizer ao mundo que o amor da minha vida caiu do céu." Falei rindo.

"Sou o amor da sua vida?" Perguntou sorrindo, desviando seus olhos do céu e encontrando meus olhos castanhos.

"Você é o amor dessa minha vida e de todas as outras que vivemos e viveremos." Respondi.

Eu não acreditava em reencarnação. Não até agora. Veja bem, estou namorando uma Extraterrestre, linda, maravilhosa, perfeita. Isso sim é algo que ninguém jamais acreditaria, então porque eu deveria duvidar de vidas passadas e vidas futuras? Não sabemos. Não posso alegar que não existem, além do mais eu gosto do pensamento de me imaginar com ela pelo resto da eternidade.

"Acho que o universo conspirou a nosso favor." Falou se inclinando e a permiti me beijar. Seus lábios geladinhos pelo ambiente frio dali.

"Tenho suspeitas de que ele seja da família da Dinah por conspirar a nosso favor." Falei ao terminar o beijo com um selinho. Sua gargalhada ressonou por todos os lados dali.

"Com certeza ele deve ser."

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Estou colocando a fanfic nos trilhos pro caminho final dela, mas não se preocupem porque várias coisas ainda vão rolar por aí.

Ps: O epílogo foi o primeiro capítulo que escrevi, ou seja, comecei a escrever ela já sabendo o final. Acho que por isso foi tão mais fácil escrevê-la.

Bjoos e até a próxima atualização :*