Considerações úteis

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A palavra imitar significa reproduzir ou tentar reproduzir fielmente algo ou atitudes,
gestos de alguém. Tem para alguns um sentido negativo, pois temos, cada um de nós, uma personalidade individual. Essa é, com toda certeza, nossa maior riqueza.
O título do livro – Imitação de Maria:  o segredo de sermos agraciados por Deus – e seu conteúdo estão longe de discordar dessa verdade primordial da individualidade humana. Somos um universo, com nossas virtudes e nossos vícios.
A proposta deste livro é apresentar uma referência para vivermos bem a riqueza de ser quem somos: filhos amados de Deus Pai.
Não se trata de negar nossa personalidade, pelo contrário, é uma tentativa de moldá-la ao exemplo de Maria, de nos enriquecermos espiritualmente.
Poderíamos nos perguntar: Quais são as grandes referências de vida no mundo moderno? Talvez nos assustássemos ao perceber que grande parte dos cristãos tentam imitar, copiar ou reproduzir exemplos midiáticos que são uma negação do valor incondicional da vida em Cristo. Muitas vezes, de forma inconsciente ou consciente, tentamos ser algo que não somos, tanto interna como externamente... Corremos atrás da moda, para nos sentirmos aceitos em um grupo social. Nos iludimos e nos decepcionamos, pois tudo é passageiro. Percorri neste livro vários versículos bíblicos que se referem a Maria e percebi o quanto ela é agraciada por Deus. Minha intenção é apresentar uma mulher simples, do povo, que é proclamada bem-aventurada por todas as gerações, porque soube viver intensamente a vida, graças à sua entrega incondicional a Deus.
Imitar Maria é caminho de santidade, de realização plena.
Imitar Maria não é nos negar. É desejar ser aquilo que verdadeiramente somos: imagem e semelhança de Deus.

Feliz o coração da Virgem que,
pela luz do espírito que nela
habitava, sempre e em tudo obedecia à vontade do Verbo de Deus.
Não se deixava guiar pelo seu próprio sentimento, ou inclinação, mas realizava, na sua atitude exterior, as insinuações internas da sabedoria inspiradas na fé.
De fato, convinha que a sabedoria de
Deus, ao edificar a Igreja para ser o
templo de sua morada, apresentasse
Maria santíssima como modelo de
cumprimento da lei, de purificação
da alma, de verdadeira humildade e
sacrifício espiritual.
Imita-a tu, ó alma fiel!

(dos sermões de são Lourenço Justiniano – Sermo 8, in festo Purificationis B.M.V.:
Opera 2. Venetti 1751, 38-39)

Imitação de MariaOnde histórias criam vida. Descubra agora