Era uma vez, uma jovem.
Ela era um dos seres mais belos do mundo.
Um dia, ela foi atacada por um monstro.
Mas um homem foi salva-la.
E matou o monstro.
O homem disse...
"Você é minha garotinha especial e eu nunca...
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Ariel '
Elijah me encarava completamente incrédulo. Fiquei alguns minutos calada, esperando sua reação.
-Eu sei que te peguei de surpresa - disse ansiosa- apenas diga alguma coisa, seu silencio está me assustando, Elih.
-Sentimentos são coisas confusas - ele disse sério - você está confundindo que sente por mim.
-Eu estou apaixonada por você, Elijah -me senti leve ao admitir isso em voz alta.
Ele negou com a cabeça, e andou de um lado para o outro, preso em seus pensamentos.
-Quando te encontrei, uma menininha tão pequena e indefesa, prometi a mim mesmo que nada faltaria a você, que você teria tudo que eu perdi - sem tom era mais leve, a tensão havia sumido - eu amei você como uma filha, porque era disso que você precisava. E então você se tornou uma bela jovem, inteligente e curiosa, pronta pra desbravar o mundo, e eu estava ali, sendo o amigo você precisava, evitando que você se ferisse. Mas agora, você precisa de algo que eu não posso dar...
-Eu só quero ser amada- sussurrei- não é tão difícil assim.
-Eu amo você, sempre amarei - ele sorriu, ficando a minha frente- mas não do jeito que você deseja.
-Porque não ? Você me beijou, não foi minha imaginação - disse, incapaz de aceitar suas palavras.
-Um dia você se apaixonará por alguém igual você, que te amará tão intensamente, que mudará tudo - ele acariciou me rosto, secando as lagrimas que começavam a cair- alguém que mereça o seu amor, que veja o quão linda, especial, e magnifica você é.
Sorri entre as lagrimas, Elijah conseguia ser gentil nas horas mais desnecessárias.
-Mas esse não sou eu - ele beijou minha testa.
- Eu te amei por anos em segredo, sonhando com o momento em que diria a verdade -disse, me afastando, seguindo pra porta- não imaginei que doeria desse jeito.
-Eu não quero magoar você...
-Tarde demais pra isso, Elijah - abri a porta, e o encarei uma ultima vez.
Olhos castanhos brilhantes, como eu amava seu olhos. Seu olhar estava preocupado, triste. Eu queria poder consertar aquilo, mas não poderia, nunca conseguiria.
Controlei minhas lagrimas o máximo possível até entrar no meu quarto. Assim que tranquei a porta, deixei que tudo saísse.
Eu estava feliz, pelas verdades, pelo beijo. E estava machucada pela rejeição. Não era pro meu peito estar doendo assim, essa dor que me deixava sem ar.
Deitei na cama, e abracei o travesseiro, ficando parada, esperando que aquilo passasse.
...
-Bom dia, flor do dia - Rebeka abriu as cortinas, deixando a claridade entrar- meu deus, você estava chorando?
